Sobre a informação divulgada ontem pelo Tribunal de Contas e aqui publicada, Jayme de Azevedo Lima, ex-presidente da Paranaprevidência enviou a seguinte mensagem em forma de comentário
Na qualidade de ex-presidente da PRPREV e com vistas as ressalvas do TCE, comunico o seguinte:
O déficit apontado é escritural e não de Caixa, é crônico por falta de aportes no passado , os outros apontamentos são ressalvas originárias de falta de comunicação e as contas foram aprovadas, não há nenhuma crítica de administração. A realidade é que em 10 anos a PRPREV tinha 4.2 bilhões e depósitos, na minha administração com profissionais da área financeira em 2 anos o caixa foi 8.5 bilhões, deixei com ajuda da PGE,do jurídico da PRPREV e um grupo de trabalho uma nova legislação que deu uma sobrevida ao fundo de 75 anos, avanços administrativos e de RH, plano de carreiras e plano de cargos e salários, com relação aosvalores da taxa de administração alocados, utilizamos apenas 50%, terminamos a reforma do Edif. Caetano Munhoz da Rocha, e demos inicio a outra reforma no antigo IPÊ da Mal. Deodoro , criamos o Fundo dos Militares, a PRPREV é a maior e a melhor do Brasil, os déficits serão sanados com o tempo,e finalmente a legislação que deixamos dará condições de perenidade ao Fundo de Previdência sem contar com o patrocínio do governos . A diretoria que tive a honra de trabalhar deixou pronto a lei que cria o Fundo Previdenciário Complementar, uma das medidas salutares que precisam ser aplicadas. Previdência será um dos temas mundiais face a longevidade das populações , muito precisará ser revisto, e o que temos hoje no Brasil é semelhante a Grécia que faliu por causa da Previdência , há tempo de mudar só precisamos de seriedade dos governos e administradores .
Por fim, a diretoria que me sucedeu não permitiu que eu assinasse o balanço em questão, porque seguramente faria modificações de ordem escrituras saneadoras para evitar o ocorrido.
Não se deve julgar as pessoas apenas pela clareza de raciocínio e objetividade de argumentação. Mas para executivos estes atributos são essenciais. Neste caso, o ex-presidente ultrapassou os limites. O texto é obscuro, tortuoso, incompreensível. Agora sim acredito que a situação do Paraná Previdência é muito preocupante!
A “relatividade” (no pior sentido possível) dos atos de gestão pública é expressionante, i.e., devo fazer isso, mas faço aquilo ou faço aquele outro; depois ninguém é responsável pelo desvio de rota e se der problema e o navio estiver a deriva, também não há problema algum, até porque tais gestores, já em terra firme, acenam para quem está dentro do navio e não consegue saber se está num Titanic ou não, que logo receberá pela internet a senha do seu destino …