16:34O juiz da maconha

O juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel, da 4ª vara de Entorpecentes de Brasília, entrou de sola para aquecer o debate sobre a liberação da maconha no Brasil. Ele absolveu um réu confesso que foi preso ao tentar entrar no presídio da Papuda com 52 trouxinhas de cannabis. O Ministério Público recorreu da sentença dada em outubro do ano passado. Maciel alega na sentença de absolvição que a maconha é tão recreativa quanto o álcool e o cigarro. “Soa incoerente o fato de outras substâncias entorpecentes, como o álcool e o tabaco, serem não só permitidas e vendidas, gerando milhões de lucro para os empresários dos ramos, mas consumidas e adoradas pela população, o que demonstra também que a proibição de outras substâncias entorpecentes recreativas, como o THC, são fruto de uma cultura atrasada e de política equivocada e violam o princípio da igualdade, restringindo o direito de uma grande parte da população de utilizar outras substâncias”, escreveu o magistrado. Ele entende que a proíbe a maconha não justifica sua inclusão na lista das drogas ilícitas e que isso constitui uma ilegalidade do ato administrativo. Citou os casos da liberação no Uruguai e na Califórnia e o uso medicinal, além, claro do recreativo, provando, ainda segundo o juiz, o baixo potencial nocivo. Haja fumaça!

Compartilhe

Uma ideia sobre “O juiz da maconha

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.