A chacina que aconteceu ontem de madrugada no bairro Atuba, onde quatro jovens foram mortos, é mais uma das muitas que confirmam este tipo de barbárie que brotou em Curitiba e Região Metropolitana junto com a proliferação do consumo do crack. Elas acontecem como acerto de contas entre o traficante e os devedores e também para o bandido demonstrar na região que domina o que pode acontecer quem roer a corda com ele. Muitas vezes os executores são viciados que, sem dinheiro para comprar a droga, são pagos com o produto. Em alguns casos há confrontos entre quadrilhas vizinhas, mas sempre é o crack que alimenta o horror.
Fico escandalizado quando vejo a preocupação de muita gente, notadamente ativistas, se preocupando prioritariamente com o combate às bebidas alcoólicas. É óbvio que a bebida alcoólica só faz bem para quem fabrica e vende, e para mais ninguém. Mas relativizar o consumo da maconha, a cocaína e o crack é coisa de hipócrita. Ou de viciado ou de traficante.