6:06Alegria e selvageria

por Sergio Brandão

 

Gostaria de falar apenas sobre a façanha do meu time, de contar da alegria de ter visto a torcida carregar o time no colo e por conta disso ser talvez a principal responsável pela virada do quadro negro que se desenhou nos últimos meses. A cena emblemática foi a fila de ônibus que seguiu até Itú. Levou até lá uma turma incansável que gritou o jogo todo. O amor desta torcida moveu esta esperança que passou da arquibancada para o gramado nestas duas últimas rodadas.  Cresceu a dívida de jogadores e dirigentes com a torcida. A torcida que desta vez passa muito longe daquela que em 2009 viveu o rebaixamento e as cenas bárbaras que se seguiram no Couto Pereira. Muito próximas das cenas bárbaras repetidas ontem em Joinville, que tiram toda a graça do futebol.

Uma turma indecifrável que precisa ser controlada o mais rápido possível. Não pode mais  ficar solta pelos estádios, nas ruas, se misturando com gente de boa fé.

Me chamou atenção ver os mesmos rostos que já vi em outras cenas selvagens quando a mesma torcida também interditou a Vila Capanema, para jogos do Atlético.

A cena de hoje sujou mais uma vez uma final de campeonato, como em 2009. Talvez mais piores, porque o número de feridos graves parece ser maior.

Mais uma vez, o estado do Paraná – só que agora na véspera de sediar a Copa do Mundo, é palco de mais um mau exemplo. Pior: como parceiros na selvageria, tiveram a torcida do Vasco, em casa que não era nem de um nem do outro. Desrespeitaram a cidade, o torcedor de Joinville, que nada tinham a ver com a confusão. Apenas emprestaram a casa para o que deveria ser mais uma festa.

Os noticiários só falam disso. As cenas são pesadas. Assustam, são primitivas.

Preferia ver repetidas vezes os gols da rodada, principalmente do Lucas, Claro. Mas é a selvageria de Joinville que ganha destaque na imprensa esportiva.  Perdeu mais uma vez o futebol.

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