de Julio Cortázar
Dito tudo
não resta
evidentemente
nada a dizer.
*
Dito isto,
mas o quê?
Para saber
seria preciso situar-se
atrás do poema,
no não escrito do escrito,
coisa mais difícil.
*
Afinal de tudo
não resta nada.
*
Passando de uma coisa à outra,
outra coisa é brilhantina
único fabricante Brancato.
*
Pensando bem,
não seria necessário
dizer o que disse antes, não é?
*
Desculpe, mas…
Quase sempre prelúdio
de algo indesculpável.
*
Sinto muito, mas…
Vamos, vamos.