9:30Excesso de eventos pode danificar móveis históricos do Palácio Iguaçu

O historiador Jair Elias dos Santos alerta: “O excesso de eventos de grande porte no Salão Nobre do Palácio Iguaçu pode danificar os móveis históricos do prédio”. Ele explica que o perigo ocorre porque “constantemente tem se realizado eventos de grande porte no Salão Nobre, composto por mobiliário nobre e histórico” (ver fotos). Afirma que para a realização destes atos é necessário à retirada do mobiliário e estas mudanças podem comprometer a conservação dos móveis. O correto, segundo ele, é que o espaço seja utilizado para eventos pequenos, “que não tenham a necessidade de se retirar os móveis”. O historiador, autor do livro do livro “Palácio Iguaçu: coragem de realizar de Bento Munhoz da Rocha Neto”, os eventos com grande número de pessoas deveriam ser realizados no hall do Palácio, por ser um espaço mais amplo e de fácil organização.

Santos faz um alerta sobre o fato de o prédio ser tombado pelo Patrimônio Histórico do Estado e que, por isso, deveria ter um plano de uso para evitar o comprometimento do seu acervo. Para o historiador também é fundamental a recuperação da decoração original, proposta por Júlio Sena por ocasião da inauguração do prédio em 1954. “O Palácio foi decorado com motivos nacionais e ainda temos parte da decoração original presente no prédio. É necessário que isso seja preservado”.  Ele conta que para decorar o Palácio, Sena percorreu vários países da Europa. “O Salão Nobre, por exemplo, com seus detalhes dourados, lustres e formatação do piso, foi inspirado no Palácio de Versalhes”, revela.

Outra mudança criticada pelo historiador é a troca da mesa de reuniões do Salão dos Governadores por uma mesa oval. “É outro equivoco que estão cometendo contra a preservação da decoração do Palácio. Enfim, se não houver um cuidado especial, o pouco que sobrou da originalidade do Palácio Iguaçu será destruído em pouco tempo”.

Segundo o historiador, o Salão Nobre sempre foi destinado aos atos mais solenes. Nele foram realizadas diversas cerimônias de posse, visitas presidenciais e velórios de ex-governadores. Possui mobiliário em estilos Luiz XV e Luiz XVII, bem como objetos de arte com diversas procedências, entre os quais um grandioso e rico jogo de porcelanas. No espaço central há um painel em óleo sobre tela que representa a instalação da Província do Paraná. Foi pintado pelo consagrado paranaense Theodoro de Bonna.

 

Salão Nobre antes da reforma

Salão Nobre do Palácio Iguaçu antes da reforma

PREMIO CIENCIA E TECNOLOGIA 2013

Evento recente no Salão Nobre reformado

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10 ideias sobre “Excesso de eventos pode danificar móveis históricos do Palácio Iguaçu

  1. juca

    Primeiro o historiador em pauta não deveria presumir que o povo que frequenta ou possa vir frequentar os ambientes do Palácio Iguaçu seja meliantes e vândalos tipo dos mascarados que atacam as cidades sob o patrocínio de alguém. Segundo o Palácio está lá para ser mostrado a sua população com orgulho como qualquer outro prédio histórico e esse tipo de pessoa é como os ecochatos. Se assim fosse com todos os espaços públicos e obras que representam alguma peça histórica , não deveriam ter em nenhuma prçaa ou museu com esculturas como a de Tiradentes que ficou toda “borrada” de fezes dos pombos.

  2. Jair Elias dos Santos Júnior

    Prezado Juca, você deveria ler a matéria com mais atenção. O alerta que estou fazendo é que a retirada frequente dos móveis do Salão Nobre pode comprometer a preservação dos mesmos. Somente isso. Em momento algum mencionei que os visitantes do prédio são vândalos. O Palácio Iguaçu é um espaço público, com um valioso acervo de obras de artes dos mais renomados artistas do Brasil, um importante referencial da cultura paranaense. Defendo a criação de uma central de visitação, abrindo o Palácio aos domingos para o nosso povo. E tenho certeza que isso é possível fazer. No mais, prezado Juca, faltou discernimento e atenção no seu comentário.

  3. juca

    Li sim. Continuo pensando da mesma maneira. Não tenho achismo, não faço presunção de que alguém ou alguns que frequentes eventos possam se transformarem em vândalos. Até hoje o que aconteceu? Somente o desgaste natural das coisas. Num determinado momento da história do Paraná, entre os anos de 90 a 94 houve um certo abandono das instalações do Palácio Iguaçu e coincidentemente entre 2003 e 2010 idem, o que necessitou de uma reforma nas instalações do prédio.

  4. juca

    Se o tal de Jalin quis afirmar que eu seria comissionado, deu um tiro no pé, pois não sou não. Conheço o Palácio não de recepções e sim de visitas de diversas vezes e também de manifestos principalmente contra os que se acham donos da verdade. pois não faço parte da elite que se diz intelectualizada e na verdade são partidarizadas. Você e o historiador deveriam denunciar e apontar as condições não só do pseudo abalo nas obras históricas do Palácio, mas também das outras que se encontram na cidade. Se assim for não poderemos ter nenhum evento na cidade e muito menos buscar os parques que foram feitos em gestões passadas na da prefeitura e na época muito contestados pelos opositores e estão aí sobrevivendo o que o historiador poderia chamar de destruição . Também creio que o governo do estado não pode ser acusado de desleixo com a obras históricas do Palácio Iguaçu, caso contrário continua presunção de que poderá acontecer e isso não é verdade. Se prestaram atenção nas fotos, todos poderão verificar que nada há de errado, quer nas peças históricas, como muito menos no povo que lá se encontra, gente como nós e que nada de mau existe que estjam no recinto que no ver do historiador deveria servir só para a “realeza”, coisa do passado e que não está sendo desrespeitada no presente, posição totalmente elitizada preconceituosa e sem propósito, pois não se tem notícia alguma de casos de destruição de “peças históricas” no local.

  5. leandro

    Puro preciosismo do historiador, agregado a um exagero absurdo. O povo como bem mostra as foto esta sentado em cadeiras comuns , não utiliza espaços considerados históricos e nem poltronas e mobiliário citado a não ser que o historiador como todos que se encaixam nessa categoria de radicalismo achem que a população que ali se encontra são marginais e ou tem prego na bunda para estragar as poltronas padã9o LUIZ XIV.

  6. Diomar Campos

    Tá, a historia é legal e tal, temos que conservar, massss, que salinha feia hein…
    Bem que poderiam deixar ela para “museu” e fazer algo mais atual e funcional…

  7. Jair Elias dos Santos Júnior

    Caro Leandro, converse com os funcionários do Palácio Iguaçu (não os inquilinos, e sim os concursados), e principalmente com os mais antigos para ouvir a opinião deles sobre o “tira e põe” dos móveis históricos. Você não entendeu a reportagem, não soube interpretar uma simples observação ou por má fé esteja querendo deturpar as minhas observações. Estou alertando o fato da constante retirada dos móveis, de vasos (alguns chineses) e de outras peças, o risco que isso pode representar para a preservação do acervo. É uma observação apenas, um alerta, somente isso.
    Vou continuar a denunciar sempre o desrespeito com o patrimônio público, como por exemplo, o sumiço de obras de artes, lustres e outros que simplesmente “tomaram doril” do principal prédio público do estado. Eu tenho como provar o que estou escrevendo. E obrigado por considerar “preciosismo” a minha observação. Serei sempre “precioso” para defender o patrimônio de todos os paranaenses, e em especial do Palácio Iguaçu.

  8. leandro

    Tá. Tá. Tá Entendi sim, mas continuo com minha opinião e você com a tua. A propósito trabalhei no Palácio Iguaçu até poucos dias não sou cargo em comissão e sim funcionário e não percebi nenhuma reclamação sobre o assunto, pois os funcionários que são responsáveis por transportar os móveis fazem e bem feito. Você que está vendo fantasma onde não tem ou então já é mais um querendo criar um fato que acho que é o caso, sabe como é ano eleitoral e coisa e tal, vamos torcer para não quebrarem um vaso chinês né!

  9. juca

    Ô “professor “Jair, se você afirma ter provas sobre op desaparecimento de quadros e qualquer obra de arte do Palácio Iguaçu , deve denunciar não só ao chefe da Casa Civil, mas na Policia e Ministério Público, na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Aí eu tô com você, mas não adianta falar sem ter cpmo provar;

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