8:52O assassino quer ensinar a viver

Da coluna do jornalista Claudio Humberto, enviado pelo leitor de nome José

 

BATTISTI, QUE MATOU 4, ENSINA O “DIREITO DE VIVER”

Condenado à prisão perpétua na Itália por matar a sangue-frio quatro inocentes na década de 1970 e refugiado no Brasil por uma canetada do então presidente Lula, o terrorista Cesare Battisti fará palestra que até parece piada pronta: o tema será “Quem tem direito ao viver”, dia 6, no fórum da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. O evento é organizado com recursos do Ministério da Educação.

 

PÉ DE MEIA
A UFSC vai usar dinheiro público para a passagem (R$ 1,5 mil) e estadia de Battisti, que vai falar da “vida de exilado” no Brasil.

 

PORRALOUQUICE
Organizador da palestra de Battisti, o professor Paulo Lopes diz que a ideia é “ouvir exilados, encarcerados, os demônios da sociedade”.

Compartilhe

11 ideias sobre “O assassino quer ensinar a viver

  1. Giovanni Splendore Rosso

    O problema de certos leitores desse blogue e que eles não contextualizam – ou não tem capacidade cognitiva – a história tem que ser contada como causa e efeito. —————————————————————————————————————————————

    Tomás Rosa Bueno

    Do início dos anos 70 em diante, a Itália começou a ferver. De norte a sul, o absenteísmo subiu a níveis inauditos, a sabotagem da produção industrial generalizou-se, as greves se sucediam, os bairros se organizavam em coletivos que regiam cada vez mais aspectos da vida social, da ocupação do espaço coletivo aos preços praticados pelo comércio local, as universidades se esvaziavam enquanto a juventude se recusava cada vez mais maciçamente a enquadrar-se nas “opções” de trabalho, lazer e educação que a sociedade lhe oferecia. Rádios piratas pipocavam por toda a parte e em uma região como o “centro storico” de Roma, dezenas de coletivos de ruas e de praças decidiam tudo, de quanto se pagaria de aluguel a quanto os supermercados locais poderiam cobrar por um quilo de arroz ou um pacote de velas. Os cinemas eram obrigados a franquear a entrada pelo menos um dia por semana e um show do Lou Reed em um estádio de Roma teve menos público dentro do que policiais e jovens do lado de fora atirando pedras para dentro, porque o “artista” se recusara a fazer um show gratuito em praça pública, contrariando o que já se tornara uma tradição para as bandas de rock que visitavam a cidade.

    Em toda a Itália, a ordem reinava, mas não governava.

    A este movimento perigosamente subversivo o Estado italiano, corrupto até a medula e infiltrado em todos os níveis pela máfia e por neofascistas, e cujos serviços de informação agiam sem qualquer controle, respondeu com o terror. Incitando inocentes úteis com a capa vermelha da “ação radical” ou conduzindo ele próprio as suas operações mediante os grupos clandestinos ligados à “operação Gladio” (informações mais completas aqui, em italiano, e aqui, em inglês), instaurou a chamada “estratégia da tensão” uma onda de atentados a bomba, assassinatos e sequestros que mataram centenas de italianos. A operação foi um sucesso e o movimento popular que tanto assustava os donos do poder no país (e que já começava a render frutos nos países vizinhos) foi dizimado e os serviços de informação puderam convocar as dezenas de agentes provocadores que haviam infiltrado (e muitas vezes até fundado) os grupos de “luta armada” a se “arrependerem”, passando a denunciar e acusar os seus ex-companheiros, que em pouco tempo estavam todos mortos ou atrás das grades, condenados com base em “provas” fornecidas pelos agentes do Estado infiltrados no movimento. Ou destruídos pela droga, cuja distribuição maciça pela polícia transformou Roma na capital europeia da heroína.

    Os chamados “anos de chumbo”, que contaram com a plena e entusiasmada colaboração do partido dito comunista e com a cumplicidade dos “socialistas”, serviram para preparar a base social da tomada do poder do Estado italiano pelos grupos que até então tinham agido nas sombras da ilegalidade, promovendo a ascensão ao governo de indivíduos como o Silvio Burlesconi e outros ligados diretamente ao crime organizado, aos movimentos neofascistas e aos remanescentes da operação Gladio e da loja maçônica Propaganda Due, a P2. Todos os membros do governo italiano, sem exceção, da extrema-direita do norte do país aos socialistas, têm as mãos manchadas do sangue das centenas de italianos assassinados durante os anos do terror. É a esta paródia sinistra de “governo democrático” que a nossa direita tupiniquim e os seus aliados de ocasião querem entregar o Cesare Battisti.

    http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-terror-de-estado-na-italia-e-cesare-battisti

  2. admin Autor do post

    battisti é assassino condenado pela justiça italiana, um fugitivo protegido pelo governo brasileiro. o trololó da contextualização é papo para boi dormir. inventa outra embromação.

  3. Giovanni Splendore Rosso

    Não Sr. Zé Beto isso é papo de manipulação sua. A verdade deve prevalecer SEMPRE!!! Quem manipula , mente. Uma verdade(sic) como a sua não pode ser imposta, seja por líderes de qualquer formato político ou não. A verdade somente será descoberta por quem já encontrou o discernimento, somente quem é capaz de discernir é também capaz de encontrar as próprias respostas.

    PS
    Os cultos nem sempre são sábios, mas todo sábio é culto.

  4. Giovanni Splendore Rosso

    Sr. Admin.

    A minha viseira, e feita de policarbonato, um material transparente, tem auto critica, não se deixa manipular… mas altamente resistente. O sr. não usa viseira, usa o óculos de Pangloss que deve ter sido comprado pelo senhor, ou ganho de algum parasita reacionário de direita do erário.

  5. SFU

    A pergunta sobre a viseira está plenamente adequada. Mesmo que não exista para alguns, a ambliopia mental também pode causar essa falta, agora sim, de contextualização. Negar a condição de criminoso a esse elemento, para usar a linguagem policialesca, é desconsiderar as Instituições avançadas que existem na Itália, esta situada na Europa, onde se busca extirpar legalmente as causas dos maus momentos vividos há alguns anos, causados por terroristas sanguinários e desumanos, como este elemento em análise, e que trucidaram pessoas, levando-as, ou à morte, ou à deficiência permanente. A história está aí, com seus registros implacáveis, os anais da Justiça italiana estão lá, com suas decisões bem fundamentadas e, final e lamentavelmente, os mortos ainda são chorados pelos seus familiares.

  6. roberto

    Giovanni Splendore Rosso, I suppose you are Italian as I am, and probably for you life isn’t sacred.

    A verdade, o que è a Verdade? A Sua verdade?

    Veritas filia temporis..Lei si è fermato agli anni settanta..

    Roberto

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.