9:16Sem nomes aos bois

Do ombudsman

 

Um comentarista deste blog esclareceu que o nome do governador Beto Richa não é citado na coluna do jornalista Celso Nascimento no jornal Gazeta do Povo desde maio, assim como o próprio veículo o faz em algumas reportagens, o que deve causar urticárias no Palácio Iguaçu. Isso não é novidade na imprensa brasileira, onde trombadas sempre existiram entre poderosos e jornais. Com a ressalva de que aqui não se está comparando os casos, apenas para refrescar a memória, vale lembrar que o notório Adhemar Barros, por exemplo, só era referido no jornal  “O Estado de São Paulo” como sr. A. de Barros, como vingança dos Mesquita porque ele foi, na condição de interventor nomeado por Getúlio Vargas, um dos executores da “encampação” do jornal pelo Estado Novo. Durante muito tempo,  Jânio era apenas “sr. J. Quadros” no Estadão. Maluf era citado pelo nome e sobrenome, mas quase sempre acompanhado da informação “procurado pela polícia internacional”. Outra história emblemática, também envolvendo o Estadão, é uma pérola: o jornal nunca citava o nome de alguns deputados “inimigos”. Um dia, dois deles se estapearam no plenário e, desde o título, eles eram identificados na notícia apenas pelo partido a que pertenciam e pelo sexo (um dos briguentos era uma deputada, a única da Assembleia)! Aquim em Curitiba o jornal Indústria & Comércio (nos seus bons tempos, na década de 90) só se referia a Requião como Mello e Silva, variando às vezes para Roberto Mello e Silva, mas nunca Requião. Paulo Pimentel, na coluna Etc., dificilmente escrevia Requião. Preferia apenas Roberto ou “inquilino” do Iguaçu ou do Canguiri.

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2 ideias sobre “Sem nomes aos bois

  1. antonio carlos

    Ouvi de uma pessoa muito bem instalada lá para os lados do Centro Cívico que o Beto está muito chateado, já nem dorme direito, até perdeu o apetite.

  2. Divaldo

    É preciso fazer justiça. A defesa que o jornalista Celso Nascimento está a fazer no caso Cid Vasques x Gaeco é bem esclarecedora para os leitores.
    Fato interessante e não divulgado é que o procurador José Anacleto Abdush Santos é quem está dando as tintas ao Secretário de Segurança. Durante a acefalia da PGE, Anacleto corre por fora com importantes apoios para ser o Procurador geral. Novidades à vista portanto.

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