6:39Os cachorros e o morador de rua

“Quando um cachorro morde um homem, não é notícia; quando um homem morde o cachorro, isso é notícia”. O bordão  criado em 1880 pelo jornalista John Bogart, editor  de cidades do New York Sun, e relembrado por Nirlando Beirão em artigo na edição desta semana da revista CartaCapital, vale também para o noticiário atual, onde a invasão e resgate de cachorros usados em pesquisas num laboratório no interior de São Paulo é assunto diário e Everson de Araújo, 36, morador de rua de Londrina que teve 70% do corpo queimado depois de um ataque criminoso enquanto dormia, não causa espanto e comoção. Se bobear, tem gente que apoia tal barbárie. Por que? Ninguém se espanta quando a vítima é morador de rua.

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2 ideias sobre “Os cachorros e o morador de rua

  1. antonio carlos

    Pois é, a indignação dos ativistas pró-bichos foi tanta e tamanha, que até fogo em dois carros puseram. E do coitado do morador de rua que um maluco tocou fogo, nenhum ativista até agora demonstrou a menor indignação. Em que ponto chegamos, damos mais valor a cachorros mal tratados( ou animais não humanos como gostam de dizer os ativistas) do que a moradores de rua.

  2. Renato Glotter

    O problema, neste caso, está na incompetência dos jornalistas e não nos protestos dos defensores de animais. Isso é procurar pelo em ovo. Usando esta mesma lógica dá para dizer qualquer coisa comparando dois fatos quaisquer.

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