15:42Negociação com verniz

Do Goela de Ouro

 

Ao ao definir pelo afastamento do desembargador  Clayton Camargo, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), passou um verniz para robustecer uma das suspeitas que era muito comentada nos bastidores do Centro Cívico, mas ninguém tinha coragem de falar. Camargo e o governador Beto Richa teriam acertado uma troca que envolveu o apoio à eleição de Fabio Camargo (filho de Clayton) para conselheiro do Tribunal de Contas (TCE) numa ponta, e pela outra a liberação para que o Governo do Estado tivesse acesso aos R$ 7,1 bilhões depósitos judiciais. O governador, como tem domínio no Legislativo, teria  tomado as providências para que deputados da situação – e até alguns da oposição – votassem em Fabio Camargo, deixando de lado o antes escolhido Plauto Miró (DEM) que, todos viram, ficou possesso com a manobra.  Ao desembargador Camargo caberia convencer os membros do Órgão Especial do TJ a aprovarem a liberação dos depósitos judiciais. Deu no que deu.

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8 ideias sobre “Negociação com verniz

  1. Jereuau

    O falecido comediante José de Vasconcelos contava a piada do cara que foi preso por roubar um porco, que transportava nas costas. Pego em flagrante, quando foi inquirido, respondeu:

    – “Porco? Que porco? Tira esse bicho daí…”

    Não adianta se fazer de morto.

  2. olavo

    Não é uma questão de ter coragem ou não para falar. É uma questão de ter responsabilidade. Uma acusação dessa gravidade só se fala com provas, com documentos, com gravações, com depoimentos de pessoas que afirmem ter acontecido porque participaram. Para o Goela de Ouro fica fácil falar, porque ele é um anônimo irresponsável, provavelmente com interessse político, que encontrou um blog irresponsável que aceita tudo, sem apuração, sem provas, sem documentos, sem qualquer compromisso com as regras do jornalismo sério.

  3. SALVADOR DA PÁTRIA

    Está tudo podre. Os deputados irão se esconder atras dos votos? É uma vergonha em pleno Sec. 21 termos de copnviver com isto.

  4. SFU

    Não penso ser uma irresponsabilidade de um anônimo a culpa por traçar o roteiro. Este, o roteiro, estava claro nas entrelinhas e na entreação que todos vimos e lemos na imprensa, nos dias que antecederam a indicação ao TCE. Ele, o roteiro, continuou absolutamente claro nas linhas e nas ações efetivas que foram conhecidas no pós-fato. Se tudo foi mera coincidência, então, haja coincidência!

  5. Robert Janussi

    E o ministro Falcão inovou a velha lavagem de dinheiro: chamou de “branqueamento de capitais” na sentença ao ex-presidente Camargo (http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/26561-cnj-afasta-ex-presidente-do-tjpr-para-investigar-sua-conduta).
    “Há fortes indícios de que o magistrado teria realizado negócios jurídicos aparentemente simulados, com o objetivo de fraudar o Fisco e, até mesmo, para possível branqueamento de capitais, condutas que, consideradas em seu conjunto, indicam perfil de comportamento que não é o esperado de magistrado, mormente em se tratando de presidente de Tribunal de Justiça, gestor de recursos públicos por excelência”, afirmou o ministro Falcão.

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