9:45Para Paulo Baier

Em outubro do ano passado o signatário fez uma pequena homenagem para o grande Paulo Baier, este mesmo que agora, justo agora, ficou no meio de uma absurda guerra entre a diretoria do Atlético Paranaense e o empresário dele, por conta do que pode acontecer no ano que vem. Baier não merece isso. Segue aqui o que foi escrito – com a ressalva de que, pelo que fez e faz pelo Clube Atlético Paranaense, é pouco para o que representa.

 

Paulo Baier não nasceu em Ijuí (RS) há exatos 38 anos. Nem vestiu a camisa de outros clubes. Ele apareceu no planeta bola dos atleticanos no dia 13 de junho de 2009 num jogo contra o Sport e ficou para sempre porque a relação entre uma torcida e o que se faz ídolo é eterna. Ele não é o craque dos craques, não assombra com jogadas lúdicas, mas se torna único na paisagem rubro-negra por algumas características que fogem à análise racional – daí a magia. Aqui já foi escrito que ele poderia ser encontrado batendo papo num daqueles armazéns/bar antigos que sobrevivem nos bairros de Curitiba e abriria um sorriso enorme, colocando os dentes grandes à mostra, se a gente encostasse no balcão e o convidasse para um copo de cerveja acompanhado de um tira-gosto. Dentro de campo flutua em campo num ritmo e passadas características, sem pressa, como se conhecesse todos os caminhos e atalhos para receber aquela que o respeita, porque a trata com carinho. A senhora bola pode sair com pedra dos pés de outros jogadores, mas ao chegar no dele pede desculpas pelo que acabaram de fazer e se transforma num ser dócil e pronto para atender as ordens que saem lá não se sabe de onde. Paulo Baier salvou o Atlético de degolas, fez 50 gols em 152 partidas, conforme atesta o site Furacão.com, atravessou todo um período triste de times desconjuntados e comandados por um número absurdo de treinadores, e sempre pairou acima de tudo, talvez porque o que o distingue, dentro e fora do campo, é sua absurda simplicidade. Há aqueles que não acreditam nos deuses dos estádios, mas eles existem e o gol que o camisa 10 fez contra o América Mineiro no dia 6 de outubro, no Ecoestádio, na vitória de 5 a 4, aos 49 minutos do segundo tempo, foi o presente que deu para a torcida que o incorporou a outros momentos inesquecíveis, como o famoso dos quatro gols de Ziquita. Depois daquele jogo, Paulo Baier deu entrevistas dizendo que queria renovar o contrato que termina no final do ano para jogar mais pelo Atlético Paranaense. Nem precisava falar. Todos os atleticanos sabem que ele é rubro-negro desde antes de nascer.

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2 ideias sobre “Para Paulo Baier

  1. Velho de Guerra

    Atleticanos, o movimento “Fica Paulo Baier” irá se concentrar aonde? Vamos pedir a presença do Apóstolo Waldemiro (atleticano roxo), Silas Malafaia (atleticano desde os tempos do Sicupira), Apóstolo R.R. Soares (também rubro negro) e o mentor Edir Macedo, porque eles sabem passar a sacolinha. Haverá problema se apracer o Pastor Oinareves, o Moura.
    Concentração milagrosa aonde?

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