10:29Altos salários e pouca bola

por Sérgio Brandão

 

A torcida Coxa tem o seu papel a partir de agora, independente de jogador, técnico, juiz, bandeirinha etc. Só que fica mais difícil pedir apoio quando o novo técnico, Péricles Chamusca, chega para trabalhar, começa a correr contra o tempo perdido e os três maiores salários do clube ( Alex, Deivid e Lincoln) não participam da apresentação e nem treinam. Estavam em São Paulo, se organizando na reunião do “Bom Senso FC”, um movimento que pede uma conversa com a CBF sobre o calendário de 2014, entre outras tantas coisas. Os caras nem garantiram 2013, não justificaram o salário deste ano e já estão reclamando de 2014? Este é um dos grandes problemas do futebol de hoje e que também precisa ser corrigido pela CBF ou pelos clubes: os altos salários para pouco bola.

Jogador de futebol vive num mundo que não é o nosso. Se isso acontece com qualquer um de nós, com qualquer brasileiro, em qualquer empresa, é demissão sem direito a choro.

Tudo bem que a vida profissional deles é curta e sofre um grande desgaste físico com sucessivas partidas, mas o momento do Coritiba é de doação. Por isso, é difícil pedir apoio da torcida. O momento exige concentração num trabalho que está sendo feito mal e porcamente.

A hora da mão na cabeça destes caras já passou. Mimam tanto esta turma, com salários e salamaleques, que os mais desequilibrados se perdem com tanto dinheiro que ganham – e alguns acham que podem tudo. Como o goleiro Bruno, do Flamengo… outros seguem o caminho de Adriano. Os mais sutis, o caminho de Vagner Love. Os bagunceiros apenas fazem barulho. Coisa que os jogadores do Vitória fizeram numa boate, depois da goleada em cima do Atlético Paranaense no domingo.

Os mais equilibrados, como Alex, Lincoln e Deivid, apenas se acham.

E tudo fica por isso mesmo.

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