17:41PARA NUNCA ESQUECER

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Jimi Hendrix partiu no dia 18 de setembro de 1970

Quando foi o adeus, se é que ele existe para os deuses? Naquele disco triplo de vinil do Woodstock realizado num planeta distante, ouvíamos o final da apresentação devastadora do melhor guitarrista de todos os tempos com alguns acordes tão suaves que era possível ouvir o silêncio daquela multidão na celebração que encerrava uma era. Não, não foi em Altmont com o assassinato a facadas do homem que apontou uma arma para Jagger, Richards ou algum outro integrante dos Rolling Stones. Quando o Hell Angel fez aquilo o sonho já tinha acabado e a morte de Hendrix engasgado no próprio vômito, na Londres sempre mãe, foi apenas o desfecho de um sonho rápido e engolido rapidamente pelo que é o mundão. A guitarra do mestre revirou o Vietnã e todas as guerras onde o Império ataca e atacará e, depois, como se desse o último recado, foi tão doce e delicado que os anjos desceram na lama daquela fazenda e ficaram ouvindo. James Marshall Hendrix talvez estivesse cansado da vida aos 27 anos. Ele beijou o céu e cuspiu no inferno muitas vezes cavalgando drogas de todos os tipos, principalmente o LSD alucinógeno. Muitos de seus contemporâneos sobreviveram e hoje são militantes caretas que descobriram uma verdade única: que são loucos de nascença e não precisam de nada para viajar, apenas de seus respectivos talentos na música, uma das formas de se comunicar com Deus. Perdemos o talento de um Deus, ficamos com seu legado – e aquela música, que sinaliza para sempre um caminho, utópico, mas um caminho, o da paz – pelo menos da do espírito.

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