A primeira coisa que o ministro Celso de Mello fez ao acabar a sessão de ontem no STF foi dar entrevista. Poderia já ter informado o voto, mas essa turma da capa preta gostou muito do espaço que ganhou na imprensa e nas conversas de botequim. De uma hora para outra se transformaram em celebridades, mas com o verniz do conhecimento supremo e o poder de definir o destino das pessoas. Aprenderam rapidinho a criar um suspense, como o de agora, igual ao das telenovelas ou, antigamente, o que acontecia nos seriados de tv, onde um capítulo terminava quando o mocinho estava em perigo total e a gente só saberia o que aconteceu com ele no dia seguinte (a gente sabia que ele escaparia, ao contrário de agora, quando os que já foram condenados estão prestes a se livrar do perigo da prisão). Os ministros do STF fazem exatamente o contrário de seus pares da Corte Suprema da matriz, ou seja, dos EUA, mas isso é outra história.