Da Geração Editorial
O Príncipe da Privataria revela quem é o “Senhor X”, o homem que denunciou a compra da reeleição
Uma grande reportagem, 400 páginas, 36 capítulos, 20 anos de apuração, um repórter da velha guarda, um personagem central recheado de contradições, poderoso, ex-presidente da República, um furo jornalístico, os bastidores da imprensa, eis o conteúdo principal da mais nova polêmica do mercado editorial brasileiro: O Príncipe da Privataria – A história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e Fernando Henrique Cardoso ganhou sua reeleição (Geração Editorial, R$ 39,90).
Com uma tiragem inicial de 25 mil exemplares, um número altíssimo para o padrão nacional, O Príncipe da Privataria é o 9° título da coleção História Agora da Geração Editorial, do qual faz parte o bombástico A Privataria Tucana e o mais recente Segredos do Conclave.
O personagem principal da obra é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o autor é o jornalista Palmério Dória, (Honoráveis Bandidos – Um retrato do Brasil na era Sarney, entre outros títulos). A reportagem retrata os dois mandatos de FHC, que vão de 1995 a 2002, as polêmicas e contraditórias privatizações do governo do PSDB e revela, com profundidade de apuração, quais foram os trâmites para a compra da reeleição, quem foi o “Senhor X” – a misteriosa fonte que gravou deputados confessando venda de votos para reeleição – e quem foram os verdadeiros amigos do presidente, o papel da imprensa em relação ao governo tucano, e a ligação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com a CIA, além do suposto filho fora do casamento, um ”segredo de polichinelo” guardado durante anos…
Após 16 anos, Palmério Dória apresenta ao Brasil o personagem principal do maior escândalo de corrupção do governo FHC: o “Senhor X”. Ele foi o ex-deputado federal que gravou num minúsculo aparelho as “confissões” dos colegas que serviram de base para as reportagens do jornalista Fernando Rodrigues publicadas na Folha de S. Paulo em maio de 1997. A série “Mercado de Voto” mostrou da forma mais objetiva possível como foi realizada a compra de deputados para garantir a aprovação da emenda da reeleição. “Comprou o mandato: 150 deputados, uma montanha de dinheiro pra fazer a reeleição”, contou o senador gaúcho, Pedro Simon. Rodrigues, experiente repórter investigativo, ganhou os principais prêmios da categoria no ano da publicação.
Nos diálogos com o “Senhor X”, deputados federais confirmavam que haviam recebido R$ 200 mil para apoiar o governo. Um escândalo que mexeu com Brasília e que permanece muito mal explicado até hoje. Mais um desvio de conduta engavetado na Era FHC.
Porém, em 2012, o empresário e ex-deputado pelo Acre, Narciso Mendes – o “Senhor X” –, depois de passar por uma cirurgia complicada e ficar entre a vida e a morte, resolveu contar tudo o que sabia.
O autor e o coautor desta obra, o também jornalista da velha guarda Mylton Severiano, viajaram mais de 3.500 quilômetros para um encontro com o “Senhor X”. Pousaram em Rio Branco, no Acre, para conhecer, entrevistar e gravar um homem lúcido e disposto a desvelar um capítulo nebuloso da recente democracia brasileira.
O “Senhor X” aparece – inclusive com foto na capa e no decorrer do livro. Explica, conta e mostra como se fazia política no governo “mais ético” da história. Um dos grandes segredos da imprensa brasileira é desvendado.
20 anos de apuração
Em 1993, o autor começa a investigar a vida de FHC que resultaria neste polêmico livro. Nessas últimas duas décadas, Palmério Dória entrevistou inúmeras personalidades, entre elas o ex-presidente da República Itamar Franco, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes e o senador Pedro Simon, do PMDB. Os três, por variadas razões, fizeram revelações polêmicas sobre o presidente Fernando Henrique e sobre o quadro político brasileiro.
EXÍLIO NA EUROPA
Ao contrário do magnata da comunicação Charles Foster Kane, personagem do filme Cidadão Kane, de
Orson Welles, que, ao ser chantageado pelo seu adversário sobre o seu suposto caso extraconjugal
nas vésperas de uma eleição, decide encarar a ameaça e é derrotado nas urnas devido a polêmica,
FHC preferiu esconder que teria tido um filho de um relacionamento com uma jornalista.
FHC leva a sério o risco de perder a eleição. Num plano audacioso e em parceria com a maior
emissora de televisão do país, a Rede Globo, a jornalista Miriam Dutra e o suposto filho, ainda bebê,
são “exilados” na Europa. Palmério Dória não faz um julgamento moralista de um caso extraconjugal e
suas consequências, mas enfatiza o silêncio da imprensa brasileira para um episódio conhecido em 11
redações de 10 consultadas. Não era segredo para jornalistas e políticos, mas como uma blindagem
única nunca vista antes neste país foi capaz de manter em sigilo em caso por tantos anos?
O fato só foi revelado muito mais tarde, e discretamente, quando Fernando Henrique Cardoso não era
mais presidente e sua esposa, Dona Ruth Cardoso, havia morrido. Com um final inusitado: exame de
DNA revelou que o filho não era do ex-presidente que, no entanto, já o havia reconhecido.
Na obra, há detalhes do projeto neoliberal de vender todo o patrimônio nacional. “Seu crime mais
hediondo foi destruir a Alma Nacional, o sonho coletivo”, relatou o jornalista que desvendou o processo
privativista da Era FHC, Aloysio Biondi, no livro Brasil Privatizado.
O Príncipe da Privataria conta ainda os bastidores da tentativa de venda da Petrobras, em que até
a produção de identidade visual para a nova companhia, a Petrobrax, foi criada a fim de facilitar o
entendimento da comunidade internacional. Também a entrega do sistema de telecomunicações, as
propinas nos leilões das teles e de outras estatais, os bancos estaduais, as estradas, e até o suposto
projeto de vender a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. “A gente nem precisa de um
roubômetro: FHC com a privataria roubou 10 mil vezes mais que qualquer possibilidade de desvio do
governo Lula”, denuncia o senador paranaense Roberto Requião.
SOBRE O AUTOR
Palmério Dória é repórter. Nasceu em Santarém, Pará, em 1949 e atualmente mora em São Paulo,
capital. Com carreira iniciada no final da década de 1960 já passou por inúmeras redações da
grande imprensa e da “imprensa nanica”. Publicou seis livros, quatro de política: A Guerrilha do
Araguaia; Mataram o Presidente — Memórias do pistoleiro que mudou a História do Brasil ; A Candidata que
Virou Picolé (sobre a queda de Roseana Sarney na corrida presidencial de 2002, em ação orquestrada
por José Serra); e Honoráveis Bandidos — Um retrato do Brasil na Era Sarney ; mais dois livros de
memórias: Grandes Mulheres que eu Não Comi, pela Casa Amarela; e Evasão de Privacidade, pela Geração
Editorial.
Não li mas vou faze-lo. Só de ver o comentário sobra o livro já estou aguardando o outro livro que fatalmente o autor deverá publicar sobre o atual governo LULA e DILMA e suas atrapalhadas. Ah! Sem esquecer do mensalão.
Que FHC viva muitos e muitos anos… Mas, um dia, terá que partir para a outra dimensão e lá poderia ficar no quarto círculo do Inferno de Dante, local destinado aos perdulários, gastadores e dissipadores de fortunas. Mas ele fez isso com um país, o Brasil, por isso o sofrimento será maior. Ele irá para o nono círculo, o mais profundo, destinado aos traidores da Pátria.
O livro deve ser bom, mas se publicarem tuod que aconteceu no governo LULA e o que está acontecendo agora teremos um BEST SELLER
Frases do autor do livro……
“Perto dos tucanos, o Zé Sarney é amador.”
— Palmério Dória
“Com dinheiro vivo, bufunfa, massaranduba.”
— Palmério sobre como a reeleição foi comprada
“Bolsa Pimpolho.”
— Palmério sobre como Globo protegeu filho de FHC
Intriga-me não o livro em si, nem a seriedade do seu autor, mas sim, o momento do lançamento.
Longe de querer defender o personagem principal, o ex-presidente FHC por quem nem nunca morri de amores, tanto que ajudei a fazer o diretório do P erda T otal na minha Santa Isabel do Ivai e até ter votado no também decepcionante Lula.
Sei que existem milhões de pessoas que viveram o que vivi: Desacreditar dum governo, nutrir esperanças pelo Opositor e depois, viver tremenda frustração.
Serrão todos iguais?
O livro tem dois propósitos, como tudo que tem vindo da turma do PT. Um deles é do autor faturar, o que acho normal, afinal tem muita gente que gosta desse tipo de leitura, uns acritam e outros duvidam, mas isso é uma coisa. O Outro ponto é o normal das atitudes do PT, que de divide em: Eleitoreiro, pelo momento, Oportunista, como sempre. Vejam que o militante do PT espera a oportunidade para atacar qualquer fato, qualquer pessoa mesmo dos seus. O mais interessante é que não falam toda verdade, pois uma “obra literária” como essa e sendo lançada nessa época e nesse ano poderia também falar das privatizações que o atual governo está fazendo, da falência da Petrobrás, da mentira sobre a não inflação, das ações e do resultado do mensalão, do assessor da casa civil em Brasília que está sendo procurado por pedofilia, do rapto, sequestro, facilitação ou nome que se dê ao caso do senador Boliviano, da não cassação do deputado Donadoni da amizade com Collor de Mello, Renan Calheiros, Sarney e outros, entre outras coisas que aconteceram. Ops! Estava esquecendo as negativas que o LULA teve sobre o desconhecimento do mensalão. Se o autor da atual obra fizer um complemento com esses assunto, teremos doi volumes no mínimo com uma grande obra da “senvergonhice”, onde nós além de sermos os que pagam as contas, gastaremos um dinheiro para comprar os livro do futuro mebro da Academia Brasileira de Letras.
Pois é, Leandro. Como disse, o momento do lançamento desse livro é intrigante, tanto quanto o conteúdo.
O pessoal vai prás ruas num mês berrar contra certas coisas.
Dai, o governo, cobrado em mobilidade, em saúde, em educação, infraestrutura, escandâlos, responde com plebiscito.
Em seguida, quem ganha as ruas são os block bestas, quebrando tudo o que encontram pela frente, inclusive coisas deles mesmos como lixeiras, placas de sinalização, ônibus e seus pontos, vidraças de câmaras de vereadores,
Dai, pinta o rolo da Siemens phodhendo tucanos.
Ninguém mais fala em Rose Noronha.
Dai vem o Palmério e lasca 400 páginas em cima dos chunchos do FHC.
Dai ninguém mais fala em refinaria de Pasadena, empréstimos secretos do BNDES, Lula faturando comissões em contratos de Odebrecht, OAS, Camargo Correa com países da África cujas dívidas foram perdoadas por ele e por Dilma.
Da refinaria da Petrobrás estatizada – manu militari p pelo cocaleiro Evo Morales, nem um pio.
Estou também escrevendo um livro: CAÍRAM AS CORTINAS DE FERRO – AS DE FUMAÇA NÃO!
Pensei que só eu fosse contrário a determinasdas coisas, mas percebo qu tem mais gente, que bom. Mas não quero auto elogio nem elogiar outros, acho que nós poderemos publicar um livro que também será para a saúde do povo. Seria um titulo mais ou menos assim: ” Os efeitos da 51 no Governo. Doença ou a mentira aliada a cachaça”.
Este blog é ótimo!
Adorei os comentários acima!
É tudo muito engraçado!
Valeu.