11:38Semana Literária, tributo a Karam

Da coluna do jornalista Aroldo Murá no ICNews:

 

1- A mim não surpreendeu o jornal O Globo, do Rio, ter dedicado página inteira de seu segundo caderno de  24 de junho a Manoel Carlos Karam, anunciando a reedição o seu “Comendo bolacha Maria no dia de são nunca” pela editora Arte & Letra, de Curitiba. (http://oglobo.globo.com/cultura/humor-fino-ironia-implacavel-8789643)

Karam foi apresentado na ampla reportagem de Leonardo Cazes como parte de uma importante geração de escritores brasileiros alinhados com os pós-modernistas americanos e franceses, entre as décadas de 1960 e 80. Do grupo, além de Karam (catarinense que se desenvolveu em Curitiba) fazem parte Valêncio Xavier, Carlos Sussekind, Zuca Sardan.

O jornalista e escritor influenciou fundamentalmente na obra de Joca Reiners Terron e Marçal Aquino. Dentre outros.

 

COM CARUSO, O GRUPO DE UNIVERSITÁRIOS

2- É preciso registrar: Manoel Carlos Karam, com quem convivi de perto, formando um grupo  no antigo Curso de Jornalismo da UCP, (depois PUCPR) anos 1960 já era uma  presença marcantíssima. A inteligência ímpar tinha uma forma toda sua de enxergar e se relacionar com o mundo. O que nunca impediu que o clássico mestre Leopoldo Scherner, nosso professor de Literatura, fosse seu incondicional admirador de primeira hora. Foram grandes amigos.

Da patota universitária de Karam faziam parte Raimundo Campos Caruso, Diogo Bello e Antonio Senival Silva.

Karam nos deixou em 2007, e Senival em 2011.

Nunca se afastou de seu grande amor, a também jornalista Kátia Kertzmann.

Na capela do Crematório Vaticano, no velório de Karam, pela primeira vez vi Jaime Lerner chorar em público, sem meias medidas, pela partida do amigo.

AINDA É “NOVIDADE” PARA MUITOS

3- Classifiquem como queiram a obra de Karam, olhem como queiram sua linguagem (experimental, em certos momentos?). O importante é que Karam e sua obra são parte da cultura curitibana. E a crítica literária do país o vê com admiração, embora ainda possa ser considerado uma “novidade” nacional.

Agora, o mais importante: graças à visão do acadêmico, jornalista e escritor Ernani Buchmann (braço direito de Darci Piana, na Fecomercio), a Semana Literária e a Feira do Livro de Curitiba serão dedicadas a Manoel Carlos Karam. Anotem: de 16 a 22 de setembro, na Praça Santos Andrade, realização do SESC e Fecomércio.

 

 

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