16:44O tempo da minha vida

De João José Werbitzki, o JJ

 

O tempo passa cada vez mais depressa, quanto mais velhos ficamos.

Que angústia, pensar que logo, logo, o nosso tempo acabará e que nunca teremos feito tudo que gostaríamos de fazer nesta vida.

Bem…ninguém consegue. Deixamos legados, mas a maioria deles é esquecida. Bens que acumulamos são jogados na lixeira, como nossos livros, CDs, vídeos, cassetes e roupas (se não forem doadas).

A vida, quase sempre, é interrompida antes do que desejaríamos. Sei que é uma amargura de pensamento, mas penso que todos o terão em algum momento das suas vidas.

Alguns, até, menos corajosos, colocam um fim em suas próprias vidas. Outros pedem para morrer, para não mais sofrer. Mas a imensa maioria não pensa no assunto e vive como se a vida não tivesse fim, um dia.

Como se a Morte não existisse. E ela não só existe, como é inevitável. A qualquer momento. Num átimo de segundo.

Pois é, talvez por não pensar no futuro mais distante, os mais jovens se consideram imortais e invencíveis correndo até alguns riscos desnecessários com o consumo de algumas coisas e com atitudes que podem colocar suas vidas em perigo.

Bem, isso não acontece só com os mais jovens…

Mas depois dos 50, a forma de pensar muda. E como muda. Muda ainda mais depois dos 60. O tempo passa mais depressa.

Passa voando, pela janela, com o Natal chegando cada vez mais rápido. Os aniversários chegam depressa demais.

A ampulheta do tempo de vida vai ficando com cada vez menos areia na parte de cima…e não tem como não perceber isso, ou pensar nisso de vez em quando.

O jeito é aproveitar o tempo que resta, da melhor forma possível, enquanto pudermos. Enquanto alguma doença não nos debilitar.

Não, meus pensamentos não são pensamentos sombrios, nem covardes, muito menos amargurados. Apenas uma realidade que a gente sente, de vez em quando. E que precisa ter consciência dela.

Para viver cada vez melhor, o tempo que nos resta – com as pessoas que amamos e nos amam (mesmo que não noscompreendam, muitas vezes). Aproveitando cada momento, como preferir.

Assim é…a nossa vida. Curta demais…

Que pena que só percebemos isso quando ela já está mais perto do fim.

 

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Uma ideia sobre “O tempo da minha vida

  1. leandro

    Puxa ! Quando cheguei no segundo parágrafo do que o JJ escreve fiquei assustado e pensei que ele estava de novo falando de “legado” da Copa. Mas não me enganei, depois de ler o texto completo reparei que nada daquilo que antes ele falou está aqui demonstrado e sim um belo teto que merece a nossa aprovação.

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