7:59A Copa em Curitiba não pode perder seu encanto

por João José Werbitzki, o JJ

 

Qualquer cidade do mundo, grande, média ou pequena, sonha e ambiciona ser sede da Copa do Mundo de Futebol da Fifa. Qualquer uma, menos Curitiba – conforme revelou pesquisa divulgada pela Gazeta do Povo, que destaca que 42,9% dos curitibanos não apoiam a Copa na capital paranaense e que 58,5% não pretendem assistir a nenhuma partida da Copa disputada na cidade. Para 87,8% dos curitibanos o dinheiro da Copa seria melhor investido em outras obras – mesmo que ninguém saiba dizer quanto dinheiro está sendo investido, nem o que está sendo feito em obras da Grande Curitiba (além da ampliação e finalização da Arena da Baixada).

 

O clima é pessimista, sombrio e até – me desculpem – idiota, pois a maioria parece ser contra só por ser, sem conhecimento mais profundo de tudo que a Copa representa para a Grande Curitiba e para o Paraná, em obras de infra-estrutura, em produtos e serviços, como hotelaria, alimentação e turismo local e receptivo. Como desenvolvimento profissional e pessoal que permanecerão no cotidiano das pessoas, pós-Copa.

 

Esqueçam o futebol e o estádio do Atlético. Uma Copa do Mundo projetará Curitiba mundialmente, como uma das melhores cidades do Brasil, o que atrairá mais e mais turistas, por anos, além de novos negócios, muitos bons negócios em novas empresas, produtos e serviços.

 

Futebol é só um detalhe, nos ganhos com a Copa, que deverá proporcionar ao país um lucro estimado de 183 bilhões de reais (investindo 36,4 bilhões de reais, sendo 12,7 bi em obras de estrutura, mobilidade e transporte, 5,3 bi nos aeroportos e 7,2 em reformas e construções de estádios).

 

A Grande Curitiba e o Paraná podem tranquilamente, chegar perto dos 10% deste lucro global  de 183 bi, ou seja: uns 18 bilhões de reais. Imaginem os benefícios que esse dinheiro trará para o empresariado com 0 lucro, para o governo com o imposto, e para o povo com a  melhoria da sua qualidade de vida.

 

Mas, as pessoas formam as opiniões a respeito do que sabem ou não sabem (ou que pensam que sabem), o que revela que os Governos de Curitiba e do Paraná não estão fazendo direito a  sua lição de casa, em informação e motivação da população para o grande evento que é a Copa do Mundo da Fifa.

 

Curitibanos ambicionam ver jogar na Arena da Baixada seleções como as da Itália, Argentina, Alemanha, Portugal, França, Inglaterra e Espanha, dizem as pesquisas. Mas a maioria não quer assistir a jogo algum, mesmo sem saber os preços. Pessimistas, nem imaginam uma seleção brasileira em Curitiba, revelam as pesquisas da Paraná Pesquisas.

 

Quando da Eurocopa em Portugal, aquele país se preparou motivando a todos os portugueses por quase 3 anos de campanhas de patriotismo, de prestação de serviços de qualidade, de atendimento primoroso aos turistas e de desenvolvimento de produtos e serviços para aquele grande evento. Mais do que comunicação, informação, educação e conhecimento.

 

Mas, o que acontece em Curitiba?

 

Além da tradicional autofagia curitiboca (aqui nada, nem ninguém presta), falta informação qualificada, para transformar a Opinião Pública. O que pode e deveria estar sendo feito há anos.

 

Nada ou quase nada se vê em comunicação para a Copa, que acontecerá em menos de um ano.

 

Muita gente ainda acredita que a Copa é do Atlético Paranaense e que o clube será o único beneficiado com o evento, quando na verdade o clube está sendo punido por ficar sem seu estádio para jogar por mais de 24 meses,  que ocasiona pesadas perdas de receitas, com sócios, ingressos e produtos licenciados, além de patrocínio.

 

É correto afirmar que o Atlético terá o mais moderno estádio do país e o único coberto, graças à Copa, mas deve-se destacar que mais de 70% da Arena já haviam sido construídos pelo clube e que o saldo a investir é insignificante, diante dos lucros que a Copa trará para Curitiba e o o Paraná. E criam climas de guerra a respeito da finalização desta obra vital.

 

Sem a Arena da Baixada pronta, nos padrões de qualidade exigidos pela Fifa, Curitiba fica sem a Copa – o que será um atestado fenomenal de incompetência dos governos do Paraná e de Curitiba, assim como – agora – do próprio clube.

 

Um prejuízo de 18 bilhões de reais ou mais deve ser colocado na balança, quando se fala em mais 50, 80 ou 120 milhões de reais na finalização da Arena. Isso é café pequeno. Dinheiro de troco, diante dos 18 bilhões de lucratividade possível.

 

Vamos deixar de participar do banquete da Copa porque não queremos pagar 10 reais de estacionamento?

 

Não está na hora do governador Beto Richa, do prefeito Gustavo Fruet, dos dirigentes do Atlético e das instituições que financiam a obra se sentarem, fechados numa sala e dela só saírem com a solução do probleminha?

 

Curitiba fora da Copa seria uma vergonha histórica e uma pá de cal na carreira política do governador  e do prefeito, assim como do atual presidente atleticano.

 

Se não concordam com a administração da obra da Arena da Baixada, que troquem o administrador.

 

O que não podemos é ficar sem a Copa, como não podemos ter tanta gente desinformada sobre os benefícios de uma Copa do Mundo, que qualquer cidade do mundo daria a alma para ter, pela projeção e negócios que gera.

 

Não é possível que o governo e o Atlético não se acertem.

 

Não é possível que percamos a Copa por causa do dinheiro do vallet.

 

É o futuro de Curitiba que está em jogo.

 

Vamos nos unir e jogar para ganhar?

 

Ou vamos prosseguir nessa velha retranca provinciana?

 

PS.:Falta dinheiro?

 

Fácil: a Caixa compra o naming rights da Arena por X anos (ela já está em quase todos os times brasileiros, mesmo! e não tem problema de caixa).

 

Ou o governo pressiona alguma destas empresas que tantos benefícios receberam para aqui se instalar (HSBC, Volkswagen, Renault, Nissan e outras) a entrar como parceiras neste jogo, que não podemos perder.

 

Jamais.

 

*Publicado no blog do JJ  (www.blogdojj.com.br)

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20 ideias sobre “A Copa em Curitiba não pode perder seu encanto

  1. Wilson Portes

    Caro amigo JJ, parabéns pela sua lúcidas e ainda oportunas observações;

    Concordo em gênero, número e grau.

    Abração

  2. Pedro Bó

    Excelente avaliação. Mostra que há na província quem entenda o que está em “jogo”. Pena que, além dos governantes, a própria mídia local – que vive ou sobrevive do produto – não consiga enxergar a relevância da Copa. A preocupação paroquial reside em questionar o buraco da rua ou no preço da ponte. Tristeza do Jeca.

  3. Angela

    Mais um blá-blá-blá vazio o estilo “se você não é a favor da Copa em Curitiba é porque não ama Curitiba”.
    Eu amo Curitiba, e acho uma idiotice o dinheiro investido em um estádio (dinheiro, aliás, que nem se sabe ainda qual a quantia exata, pois todo mês o Sr. MCP aparece com uma alta de custos). Acho uma idiotice essa Copa em Curitiba. A cidade já é pólo turístico.
    Todos os argumentos do texto são BALELA.

  4. CHC

    O Estrategista
    ..Compartilhar:FacebookTwitterLinkedInGoogle Plus.30/07/2013 às 16h56 8 | Postado por: André Rocha Seção: Análise de ações, Conjuntura
    Os clubes, suas dívidas impagáveis, a Caixa e a Copa do Mundo
    É tentador analisar os clubes como se estes fossem empresas abertas. Adotando-se a metodologia do fluxo de caixa descontado, qual seria o valor de mercado dos principais clubes brasileiros? O endividamento dos clubes é sustentável? O patrocínio da Caixa Econômica Federal a alguns clubes livrou o futebol brasileiro de um vexame às portas da Copa do Mundo no país.

    O fluxo de caixa descontado é a métrica mais utilizada pela análise fundamentalista para se avaliar uma empresa. Os fluxos de caixa futuros da empresa são trazidos a valor presente a uma determinada taxa de desconto. Do valor presente do fluxo de caixa daí obtido abate-se a dívida líquida atual da empresa (dívida bruta menos caixa), chegando-se ao valor de mercado das empresas.

    Tomando por base o balanço de 2011, os 12 clubes de maior torcida apresentaram dívidas elevadas e apenas quatro apresentaram superávit no ano: Santos, Corinthians, São Paulo e Vasco. O superávit ou déficit nas demonstrações financeiras dos clubes correspondem ao lucro ou prejuízo líquido das empresas de capital aberto. Embora o superávit ou déficit não representem a geração de caixa, com estes resultados, a maior parte dos clubes provavelmente apresentou fluxo de caixa operacional negativo ou, na melhor das hipóteses, ligeiramente positivo em 2011.

    Assim caso o resultado de 2011 se repita nos demais anos, o valor de mercado dos times tende a ser negativo. Alguns podem alegar que os clubes possuem ativos como estádios e direitos econômicos de jogadores. Contudo, os rendimentos derivados dos estádios já estão computados na demonstração de resultados e os direitos sobre os jogadores são uma mera expectativa de direito. Muitos destes jogadores não apresentarão desempenho esportivo condizente com o valor contabilizado o que deve gerar provisões e os ganhos obtidos com aqueles que tenham sucesso funcionarão como um alívio momentâneo de caixa, porém insuficientes para suportar o pesado endividamento e os custos e despesas dos clubes.

    Analistas utilizam o indicador de dívida líquida sobre o Ebitda (geração simplificada de caixa) para calcular o grau de endividamento. Caso o indicador supere três vezes, o sinal de alerta deve ser acionado. Os clubes apresentam baixo Ebitda, logo o indicador perde sua função. Assim, utiliza-se a receita bruta. Entre os doze maiores clubes brasileiros, seis possuem indicador de dívida sobre a receita ao redor de duas vezes o que mostra a grave situação enfrentada pelos clubes.

    .

    O endividamento de alguns clubes se elevou substancialmente em decorrência de reavaliações realizadas quando outra corrente política assumiu o poder como aconteceu com o Vasco e o Flamengo. Assim, mesmo clubes com dívidas menores podem ver seu endividamento inflado repentinamente caso a oposição assuma os destinos do clube.

    É comum escutarmos que os clubes não conseguem gerar receita em decorrência de sua incompetência. Embora muito possa ser melhorado, não tem sido fácil para os clubes obterem patrocínios. O Corinthians, poderoso pelo tamanho de sua torcida concentrada no Estado mais rico da Federação, passou alguns meses de 2012 sem ostentar patrocínio apesar dos títulos recentes. A situação só foi aliviada, no fim do ano, com o anúncio do patrocínio da Caixa Econômica Federal.

    Aliás, o banco público tem sido a salvação de muitos clubes. Segundo o site Máquina do Esporte, a Caixa poderá investir R$ 111 milhões anualmente em 11 clubes, dentre eles quatro gigantes: o próprio Corinthians, o Flamengo, o Vasco e o Cruzeiro (ainda não confirmado).

    Esses recursos vieram em boa hora, pois parte das dívidas fiscais e trabalhistas já se encontram em fase de execução, gerando penhoras em alguns clubes. Assim, o dinheiro da Caixa serve para postergar o problema, mas não deve ser suficiente para cobrir os gastos correntes e as amortizações e os encargos das dívidas fiscais e trabalhistas pretéritas.

    A diretoria da Caixa pode não ter tido esta intenção, mas o banco público impediu que grandes agremiações apresentassem um quadro de penúria financeira em pleno ano de Copa do Mundo no país. O vexame foi contornado, mas até quando?

    —————–

    Caro leitor,

    O blog O Estrategista ficará hospedado na home do Valor apenas até o dia 20 de agosto. Mas você já pode me acompanhar no blog http://estrategista.net/ , na fan page https://www.facebook.com/estrategista.net e no twitter @andrerochaRV ou mandar e-mail para [email protected] . Lá você encontrará os posts com a qualidade que você se acostumou a ler no Valor, cursos, dicas, maior interatividade e um inovador programa de investimento e educação. Visite e dê sua opinião, sugestões e críticas. Espero você lá.

    Abraço, André Rocha
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  5. arne saknussen neto

    Sofismas, caro J.J. Sofismas. Você usa muitos argumentos no condicional.” Lucro estimado”. “Deverá proporcionar”, “Curitiba e o estado podem receber investimentos de 18 bilhões de reais…” “Lucratividade possível”. Que calculadora você usou para chegar a estes números? As do presidente Lula que bancou este projeto faraônico e perdulário? Desculpe-me caro J.J., mas sua paixão está cegando-o. Você citou Portugal. Talvez como exemplo de mobilização. Mas a Eurocopa deixou uma dívida pesada aos portugueses, o que acabou até pesando na crise que assola o país. Leia os arquivos dos jornais portugueses na internet e se atualize sobre o caso. Mesmo os londrinos estão se questionando sobre os gastos públicos para as olimpíadas. O jornal “The Guardian” (um pouco melhor e mais famoso que os nossos pessimistas jornais locais) publicou um editorial afirmando que os brasileiros que protestam contra os estádios da copa mostraram a coragem que os londrinos não tiveram ao questionar os gastos com as olimpíadas. Você cita o “legado da copa”. Das zilhares de promessas, sobrará muito pouco. Obras viárias que sairiam cedo ou tarde.E foram fiando cada vez mais minguadas. E ainda que os atleticanos -não se preocupe, não sou coxa – sintam-se um pouco envergonhados em admitir que o maior e quase que único beneficiado será o clube, a verdade é que ele será sim o maior beneficiado. O seu clube foi vítima da ganancia da diretoria e de políticos oportunistas. Toda a cúpula do governo estadual que embarcou na aventura é torcedora ou faz parte do conselho do clube. Nelson Justus, Alexandre Cury, Mário Celso Cunha, Romanelli, Requião, Pessuti, Doático, só pra refrescar sua memória. O Atlético já tinha um ótimo estádio, mas quis mais. O mais moderno do sistema solar. E se “sacrificou” pelo ideal da copa em Curitiba. Poder público desapropriar área privada para entregar a uma entidade privada, como acontece em Curitiba só não é mais imoral do que o que está sendo feito com o Itaquerão, em São Paulo. Tudo bem, afinal é o time do “cara”, o são Lula. Imagine, caro JJ, se o poder público resolvesse desapropriar a sua casa para construir uma mega casa de shows sertanejos. A mais moderna do Brasil. A maior do mundo. E desse para o pessoal da Wood’s (nada contra o pessoal da Wood’s). Seria legítimo? Seria moral? Bom; vamos à exposição midiática que você cita. Como publicitário, você acredita que 4 jogos num período de duas semanas são suficientes para mostrar uma cidade ao mundo? Durbham, na África do Sul virou um pólo de atração de negócios? A Cidade do Cabo aumentou o turismo? O seu otimismo chega a ser comovente, caro J.J. Mas seja menos dramático. “O futuro de Curitiba está em jogo…” Menos J.J. Muito menos… Floripa continuará linda e atraindo turistas sem a copa. As cataratas do Iguaçu continuarão jorrando e atraindo turistas. Com ou sem copa. E com ou sem copa Curitiba não virará uma Paris. Para finalizar caro JJ, quem vai participar do banquete da copa? Mesmo que tenhamos a lotação total da baixada com estrangeiros, serão pouco mais de 160 mil pessoas. Ok. Coloque mais 40 mil. Imprensa, etc. 200 mil pessoal circulando na cidade. Os congressos movimentam mais do que isso por ano. O litoral do Paraná recebe 2 milhões de turistas por ano. E o governo não gasta por lá um décimo do que está gastando na baixada. E mesmo que recebessemos todo este povo, a nossa capacidade hoteleira é de 18 mil leitos. Dados oficiais do site da copa em Curitiba. Bom dia, e boa copa!

  6. Jerome Walke

    1. 18 bilhões? hahahahahahahahahaha
    2. Lucrar com impostos? ihh véi, já deram isenção
    3. Fácil é dar a própria arena como garantia, suspender o teto retrátil e a areninha

  7. Coronel Perseu Jacutigassa

    Cidade sede . Sim, claro que Curitiba será “projetada mundialmente “, teremos a mesma projeção que, por exemplo Port Elizabeth, da Africa do Sul (quem não deseja conhecer Port Elizabeth hoje em dia, hein ?)
    Punido ? Punido não. Isso tudo é investimento, são perdas programadas que valem muito a pena . Os tais “prejuízos” serão muito bem compensados quando (e se) o clube particular de futebol estiver usufruindo de um patrimônio que nunca seria possível sem o dinheiro público (meu, seu, nosso).
    Todo mundo viu que o CAP só manteve a “casca” do antigo estádio e na verdade CONSTRUIU OUTRO, dizendo que é “reforma”.
    Ademais, esse papo de que a obra custaria muito mais do que o projeto apresentado, todo mundo sabia que aconteceria. Agora usam esse papo para fazer o poder público de refém, numa extorsão midiática.
    Tem muita gente ganhando. As próprias entranhas do clube já se revelaram…
    “idiota” é quem não vê isso.
    Vou conhecer a “encantadora” Port Elizabeth que eu ganho mais…

  8. leandro

    Grande matéria. Todavia algumas considerações seguem: Primeiro a matéria demonstra a verdade de quem a emite é um torcedor ferrenho do Atlético. Quanto a não querer a Copa em Curitiba, é a opinião demonstrada nas pesquisas e isso é o reflexo de vários fatores, como a descrença da população do Poder Público, a arrogância do presidente do Atlético e entre outras, a principal falta de transparência nos gastos com a Copa. Neste ponto há que separarmos , um gasto com a construção da Arena e outros com as obras do chamado PAC da Copa, mobilidade acessibilidade e outras. Em ambos os casos há incoerências, quer de projetos, como de valores principalmente. Quanto os projetos eminentemente públicos, aqueles que chamam de legado da Copa, ruas, praças, viadutos, Linha Verde, aeroporto etc, a coisa não esta clara para a opinião pública, nem o que realmente será feito nem o valor. Pois neste caso de obra pública que se incorpora na cidade e na vida da população com retorno a ela, parece que no entender do povo faltam três programas que atualmente são manifestamente protestados e procuradas solução pela população, que são : Segurança, Saúde e Educação. Isso em relação ao tal PAC da Copa não está claro ao povo onde teremos melhoria. O que se sabe que é muito dinheiro e as coisas estão meio nebulosas e misturadas e nada praticamente claro e acabado, como por exemplo, a Linha Verde.
    Há outros fatores que poderiam ser demonstrados para acrescentar ao comentário postado, mas isso poderá também ser procurado junto ao Tribunal de Contas que está perfeitamente com o conhecimento da situação desde o início. Outro fator que entendemos ser o maior problema do comentário, pois se reveste da paixão clubística, é a construção da Arena do Atlético e isso não se pode negar é do Atlético, mas tem recursos públicos diretamente envolvidos e indiretos, Aqui cabe um parêntese, não há idiotice alguma na contestação sobre o assunto e não há nenhuma possibilidade que se possa comparar tudo isso com as ações de governos passados com a vinda da Renault, Audi e outras industrias para mudar o modal do desenvolvimento do Estado. Bom, voltando a questão da Arena, claro que a situação é no mínimo incômoda, pois não se ajustou o orçamento.da obra e surgem três valores e este é um dos motivos que houve a suspensão dos repasses do BNDES, onde o Tribunal de Contas apontou este ponto. Fato que já havia sido informado e nunca até então foi levado a sério tanto pelos entes públicos como principalment4 pelo CAP S/A. Outro ponto que ficou muito estranho e não foi bem explicado foi a suposta afirmativa do Secretário Estadual d Copa quando teria afirmado que haveria a possibilidade de não se cumprir com os pagamentos futuros, se foi verdadeira esta afirmativa
    isso é o fim da picada. Sob o ponto de vista da transparência, o Atlético pelo seu Presidente não proporcionou nenhuma facilidade, como costumeiramente vem fazendo até na área do futebol. Uma putra questão que poderá ser levantada como sem muita explicação são as desapropriações dos imóveis, com a finalidade pública pelo próprio decreto expropriatório e a incorporação dessas áreas a um patrimônio particular. Então na realidade são alguns pontos que levam todas essas questões contra a Copa. Agora afirmar que a Copa não é do Atlético, é verdade, mas diretamente o legado ao Clube é grande, também e verdade que se todas as demais obras forem concluídas haverá um “legado” para a população, mas não podemos deixar de lembrar que é dever do Estado ( Governos) executarem obras com Copa ou sem Copa retornando a população os impostos pagos. Por fim , claro que a Copa é um evento esportivo , para a população é também recreativo, mas para a FDIFA é lucrativo e aquelas povo da periferia, da classe mais pobre e que mais precisa de segurança, educação e atenção à saúde não terá legado nenhum com a COPA, nem poderá assistir os jogos na Arena pois não tem renda para pagar o ingresso e finalmente não se trata de implicância e sim de realidade e como benefício da dúvida poderia afirmar que falta além de tudo que já sabemos, a comunicação clara verdadeira do que se está gastando no que e com o que e de onde são os recursos para a COPA..

  9. juca

    A verdade é que a população necessita de outras coisas e não de Copa, necessita de médicos, hospitais, escolas, de professores de qualidade bem remunerados, de segurança pública. Um pais, onde se morre por febre amarela ( Osvaldo Cruz deve estar se revirando no túmulo), de Dengue, Tuberculose, doenças tropicais , onde o IDH é baixo onde está com a 8ª economia do mundo mais o povo é pobre, só é mediano na própria mídia governamental. Com tudo isso você vem justificar a Copa do Mundo como um grande feito. com recursos públicos aplicados em estádios particulares e outros que nem acessos tem ( arena do Recife), meu “amigo” idiotice é não contestar todo esse gasto com a Copa, idiotice é achar que jogar dinheiro público em obra privada é mesmo jogar na privada, idiotice é achar que a Copa trará um legado , idiotice é comparar a Copa no Brasil com eventos da Europa, porque não poderia comparar com o que aconteceu na África do Sul, idiotice é ficar quieto e achar que o Atlético foi induzido a fazer o estádio para a Copa, quando todos sabem que quem forçou a barra foi o própria Atlético perlo seiu Presidente e idiotice a acreditar que a população é cega e não percebe quanto esta perdendo de dinheiro público com isso.

  10. Geraldo Martins

    A realização da Copa no Brasil é inoportuna, por razões que deveriam ser mais do que óbvias, num país com esgoto a céu aberto e gente esperando atendimento no chão de corredores de hospitais caindo aos pedaços.
    A justificativa de que a Copa deixará uma “herança bendita” de melhorias na infraestrutura é apenas “wishfull thinking”. A maior parte das obras que não são estádios vai sendo deixada de lado e acabará esquecida, como os “pacs” da vida.
    Para quem duvida, basta pensar nos Jogos Panamericanos, que foram produzidos com as mesmas justificativas de agora, e revelaram-se infundadas. Sobre isto, um superfaturamento que deveria ter colocado umas boas duas dúzias de gestores na cadeira.
    Agora, delírio absoluto é o número de R$183 bilhões como lucro!
    Acho que quaisquer dois tostões de pensamento bastariam para rir-se desta cifra. 183 bilhões de reais é muito dinheiro, amigo!
    Vamos então fazer alguns exercícios simplistas: a cidade de São Paulo obtém uma receita anual de 2,9 bilhões de reais com o turismo de eventos. Por ano! A maior sede de eventos da América Latina!
    A expectativa oficial de visitantes estrangeiros durante a Copa de 2014, em todo o Brasil, é de 500 mil pessoas. E o gasto médio por turista de eventos no Brasil é de 120 dólares por dia. É claro que a receita total não vem apenas dos turistas, mas a referência geral é esta.
    Faça todas as contas. Lucro de 183 bilhões de reais em uma Copa do Mundo? Nem a pau, juvenal!

  11. josé carlos de andrade

    Rapaz, falta de informação qualificada deve ter você. Em primeiro lugar, existe uma ilegalidade gritante nesse processo. Que é exatamente e INEXISTÊNCIA de processo formal para a escolha de quem receberia dinheiro público para fazer um estádio. Não houve um processo formal deixando claro que existiria dinheiro público para uma entidade privada que quisesse sediar os jogos. se fosse clara a situação outros interessados poderiam se oferecer, ou só o CAP, o caso é que não houve o processo. Aliás, se pegarmos as gravações veremos que o discurso no início era… “NÃO HAVERÁ RECURSO PÚBLICO EM OBRA PRIVADA.”
    Então a meu ver a partir dai todos os contratos são ilegais. Me admira o MP e o TCE que não viram ou não quiseram ver isso… Em segundo lugar Ilegalidade do Potencial Construtivo, pois este deve ser repassado em metros quadrados e não em dinheiro. Em terceiro lugar a aceitação desse potencial construtivo como garantia de empréstimo, pois só se saberia a quantidade de metros sabendo-se pra qual localidade vai e dai sim se saberia o seu valor. Isso se fossem seguir a lei municipal que regula a transferência de PC.
    Agora dizer que a COPA é responsável pelos investimentos é querer nos chamar de burros…. O dinheiro existia não precisava fazer COPA para arrumar estrada, aeroporto, porto, etc… era uma necessidade do país, para atender produtores, fabricantes, a população…. Você está querendo me convencer que só almoça quando chega visita na sua casa… caso contrário passa fome….

  12. josé carlos de andrade

    Sem falar nas desapropriações, um absurdo.. a COPA é evento privado, o estádio é patrimônio privado, e o poder público agiu como um interventor no mercado, regulando o preço dos imóveis. e ficou mais claro ainda quando a PMC passou a exigir o valor de 12 milhões do atlético pelas desapropriações. A PREFEITURA não é agente imobiliário para intervir no mercado imobiliário a favor deste ou daquele particular.

  13. leandro

    É parece que deu “xabú” na matéria inicial do JJ, pois, a maioria dos que comentam o feito manifestaram opiniões diversas mas todas contrárias ao evento e principalmente com relação a aplicação de recursos públicos que na realidade é uma verdadeira vergonha, tanto aqui como em qualquer lugar do Brasil, seja em área privada como é em Curitiba, como no resto do pais, onde tanta coisa mais importante e prioritária que o povo necessita. Mas a culpa não é só dos que agora defendem a Copa, mas sim daqueles quer comemoraram na escolha do Brasil, como um troféu e uma conquista, quando na realidade a coisa serviu somente para capitalização política, não sei se todos lembram do Lula vibrando, junto com vários outros politicos, Sergio Cabral etc, quando o Brasil foi escolhido pela FIFA, neste momento a coisa começou. Promessas foram feitas tudo iria mudar no pais o povo melhoraria de vida a Copa seria a salvação econômica do Brasil, o desenvolvimento seria sustentado com o legado da Copas. Lembram de tudo isso. Agora tá aí a situação e vejamos não só aqui na cidade, lembram do tal trem bala das modernizações dos aeroportos enfim o grande PAC da COPA. Aqui em Curitiba, eu sempre falei contrário, mas minha opinião é de cidadão não de mídia, vez ou outra digo alguma coisa neste blog, mas você devem lembrar que um comentarista Airton Cordeiro, com propriedade sempre se manifestou contrário, além da dúvida se a Copa seria muito boa para o pais, dadas as circunstâncias em que vivemos, mas principalmente no usado do dinheiro público e deu no que está dando, bem vamos ver até onde e como vai terminar isso, mas o fato é que há recursos públicos de forma mal aplicada na área privada no Clube Atlético Paranaense.

  14. pedro

    Se o JJ escrevesse bem, até valeria a pena perder tempo com argumentos pró-copa, mas…

  15. Adalgiso Pessognaa

    Você precisa rever seus conceitos, JJ. O Arne Sakinusen e o Coronel Perseu desmontaram seus argumentos. Concordo com eles e com os outros idiotas que não querem copa em Curitiba. Fique em boa companhia com os geniais e honestissimos Kury, Justus e cia.

  16. Ricardo Traste

    JJ, se você dependesse do SUSto para fazer tratamento de saúde ou se tivesse filhos em escolas públicas, certamente não viria a público com uma asneira desse quilate.

  17. Jaiminho - o carteiro

    Quanta paulada heim JJ???
    Acho que vc deve ter perdido mais do que os dois dedos do pé, perdeu a chance de ficar calado sobre a COPA em Curitiba, apesar que isso deve ter sido ordens do seu coronel.
    Já imaginou se vc tivesse que se tratar do seu problema de saúde no hospital do Trabalhador? Acho que também seria contra a COPA em Curitiba e faria um texto sobre a importância de se investir em saúde pública, acorda JJ!!!!!!

  18. Jeremias

    Eu também quero me unir a todos que você chama de idiota!
    O fanatismo só vê idiotas ao seu redor.

  19. Arthur Borges

    O mais interessante é todo esse pessoal que agora é contra a Copa. Vale lembrar que quando fizeram uma porcaria de maquete de papelão utilizando o terreno do Pinheirão, todos esses que aqui comentam estavam plenamente a favor da Copa.
    Agora que não será de benefício do seu Clube, todo mundo é contrário, é um roubo, é uso de dinheiro público e mais um monte de comentários sem fundamento. É muito fácil criticar a Prefeitura, o Estado e o Atlético, mas NINGUÉM dá ou deu uma solução melhor do que a que foi tomada! Não vale falar AGORA que é contra a Copa, afinal esse prazo acabou 4 anos atrás!
    Em TODOS os estádios está sendo utilizado dinheiro público. No caso da Baixada foi feito um acordo de 3 partes. É justo apenas o Atlético pagar toda essa conta? Claro que não, e os benefícios que outros setores da sociedade, economia e governo terão? Serão raros os torcedores dos times rivais que concordarão com isso, mas nós atleticanos não estamos nem aí…
    Esse papo que poderia ser utilizado o dinheiro em hospital, creche, etc. é de uma besteira sem tamanho! Os recursos para isso vem de outro lugar, de um orçamento e é dele que isso se concretiza. Vá para as ruas e exija isso em vez que ficar chorando igual criança! Além do mais quem ENTENDE de potencial construtivo sabe que nenhum centavo foi desviado da construção de hospitais para usar na Baixada.
    Sugiro que antes de escrever e falar baboseiras, ESTUDE toda a situação. Com certeza você não passará por ignorante!!!
    Na época, foi discutido e votado pelos vereadores. Por que não foram para as ruas naquela época? Agora é tarde, senhores! Aceitem o fato e se ainda quiserem, chorem em casa, porque em público já ficou ridículo todo esse choramingo…
    Bem que falam que em 11 cidades-sede está uma festa e todo mundo trabalhando focado em aproveitar esse evento. Aqui está um velório… Mas não para todos, graças a Deus!

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