8:40O lado escuro dos números

Do analista dos Planaltos:

 

A pesquisa da Paraná Pesquisas sobre a administração Gustavo Fruet, divulgada hoje na Gazeta do Povo, disparou o alarme na prefeitura de Curitiba. Não foi só a queda na aprovação de 11 pontos percentuais em 7 meses de governo. Segundo o diretor do instituto, Murilo Hidalgo, o que os números revelam no momento é um sentimento de frustração do eleitor. Para 29% dos entrevistados a gestão de Fruet está sendo pior do que o esperado. “A expectativa em torno dele era muito grande. Isso acaba sendo ruim para o prefeito. Há um sentimento de que as coisas não vão da forma que eram esperadas”, diz Hidalgo.

Para 40% dos eleitores curitibanos, o pedetista simplesmente não vem cumprindo suas promessas de campanha. Cavalo de batalha de Fruet na campanha de 2012, as ações da prefeitura na área da saúde decepcionam o curitibano. Na pesquisa espontânea, quando as pessoas dizem o que pensam sem nenhum estímulo do pesquisador, 30% dos entrevistados disseram que Fruet não tem investido o suficiente no atendimento médico da população. Na estimulada, quando são apresentadas opções, 60% apontam a saúde como área mais problemática do governo. O desmanche de programas bem sucedidos, como o “Mãe Curitibana”, deve ter pesado nessa avaliação.

O foco das atenções e dos esforços da prefeitura foi o transporte coletivo. A redução das tarifas foi a realização mais lembrada. Ainda assim, foi citada positivamente por um número baixo de pessoas: 8,75%. As polêmicas que o prefeito se envolveu em torno do subsídio do transporte coletivo não trouxeram os dividendos políticos que esperava. Tanto esses confrontos quanto as manifestações pelo passe livre tiveram impacto negativo na avaliação da administração. A frustração do eleitor (40% dizem que Fruet não cumpre o que prometeu, para 33% que acreditam que cumpre e 18% que avaliam que cumpre “mais ou menos”) se soma a um governo que não tem marca, que ainda não disse a que veio.

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2 ideias sobre “O lado escuro dos números

  1. antonio carlos

    A decepção com o Guga é que ele se dizia pronto, mas até agora não disse pra quê? E ainda levou este tremendo azar de pegar esta crise institucional, tudo que é publico não presta. E não presta mesmo. Falar mal da administração anterior é moleza, difícil é fazer melhor. E é isto que o Guga não está conseguindo fazer.

  2. leandro

    Correta a avaliação. Acrescento que a atual administração ainda não descobriu o que veio fazer, é uma questão de gestão participativa e compartilhada. No momento que o Prefeito, cheio de boas intenções, se acerca de assessores teóricos, sem a verdadeira prática de ter a ” mão na massa” e eu falo de mão na massa de trabalho, não mão em outra coisa, todas as ideias do Prefeito começam a balançar. Agregado e esses fatores, temos ainda o abandono de bons programas como o “Mãe Curitibana” se é verdade essa afirmativa se assim for é um total primarismo administrativo e politico. Me parece que os assessores do Prefeito estão procurando uma marca pessoal a ele, mas, não há necessidade de acabar com bons programas que existem e existem, se a atual administração não os encontrou é porque está mal assessorada e o IPUC não aproveita bem seus técnicos que são de raa capacidade em planejamento.
    Tudo isso pode ser notado com as informações e constatações que são notadas na convivência com a administração .Esse fato pode ser explicado pela multiplicidade de correntes politicas e partidárias que compõem a administração municipal. Curricularmente seus assessores são brilhantes, com títulos de doutores e mestres, mas não sabem administrar a maquina da Prefeitura e de suas empresa e fundações. Corre notícias dentro da Prefeitura que alguns secretário e presidentes de órgãos , como agencias, fundações comentam que o desejo é dar cabo dessa estrutura e molda-la de acordo com o pragmatismo do P, ressalvam-se algumas instituições que ainda são dirigidas por técnicos e principalmente aqueles que são originários dos quadros do Município e assim tem mesmo compromisso com a Cidade, não pensam em uma gestão e executam com competência, conhecimento de causa suas missões. Claro que dá para perceber que o Prefeito sabe bem disso mas, tem compromissos políticos que atrapalham sua gestão. Quem sabe se até a próxima pesquisa e com os ajustes necessários e a colocação de pessoas não tão intelectualmente preparados possa a Prefeitura dar as respostas às promessas de campanha e parar com a choradeira falando sempre o velho papo de ” …pegamos um problema e uma herança da gestão anterior…” Isso irrita e quem pensa o mínimo sabe que é uma desculpa por não saber o caminho das pedras, pois, na campanha imagina-se que cada candidato deveria saber o barco que estava entrando e mesmo depois de eleito teve condições de avaliar a situação da Prefeitura. Bem mesmo se estava tão ruim como dizem , a missão é tocar o barco , mas aí precisa ter timoneiro e marinheiro comprometidos com a cidade e não com partidos, muito menos com vaidades pessoais. Disso tudo imagino como se sente o Prefeito, pois há choradeirta de vários assessores quando não aqueles que só profetizam o caos. Portanto quando a administração municipal achar os trilhos e alguns pararem de perturbar os funcionários com medidas que eles mesmos não cumprem, como exigir horário e os superiores não o fazem, como ficar praticando comportamentos não adequados com o convívio administrativo e , no português claro, “enchendo o saco dos funcionários” com picuinhas, como por exemplo fiscalizar sanitários, fato este que acontece em um determinado órgão da Prefeitura e o pessoal de lá sabe do que afirmo e olha não sou da Prefeitura, mas o papo corre. Então atitudes como essa tiram a camisa dos funcionários invés deles vestirem essa camisa.

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