8:11O metrô e os votos

A construção do metrô de Curitiba é irreversível. Só se transforma em fumaça se o governo federal não comparecer com o dinheiro, o que é pouco provável. Não foi coincidência que ontem, em Ponta Grossa, a presidente Dilma Rousseff falou em transporte público. A questão política vai pesar no que vai acontecer em Curitiba, mesmo que os técnicos da prefeitura e o secretário de Planejamento Fabio Scatolin não gostem de falar sobre o assunto. Viabilizado o metrô, de preferência em sua extensão total, esta seria a grande obra de Gustavo Fruet, cuja administração até agora é apenas mais uma administração. Batido o martelo em Brasília, as obras começariam em maio do ano que vem e demorariam cinco anos, ou seja, terminariam em 2019. No ano que vem Fruet será o principal cabo eleitoral da candidatura de Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná, caso não aconteça nenhum acidente de percurso até lá. O trabalho do tatuzão também será o principal cabo eleitoral para a campanha de reeleição do atual prefeito. E, obviamente, Dilma Rousseff, que passa pelo inferno astral depois das recentes manifestações, com a popularidade despencando muito rapidamente, precisa reverter isso até a virada do ano. Tudo isso pesa muito para a liberação do pedido feito pelo prefeito em Brasília. Se existem os R$ 50 bilhões para mobilidade urbana, é outra história. Como disse a própria Dilma, em eleição se faz o diabo para ganhar. Isso é política!

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3 ideias sobre “O metrô e os votos

  1. poor devil

    Para o nosso azar, ou desgraça, para os que não acreditam em azar, como eu, o metrô curitibano como as demais obras do PAC, agora até de nome trocaram, se sair do papel já é muito. Até quando vamos ficar nos espremendo nos ônibus superlotados? Depois os puristas de toda ordem reclamam que o transito está um caos.

  2. leandro

    O interessante nas administrações públicas, e isso em todo Brasil e em todas as obras, acontece a tal “politica administrativa” que na maioria das vezes é confundida com politica partidária. Isso sempre tem consequências bem desastrosas para a população, com atrasos e custos mais elevados com os famosos aditivos. No caso do metrê de Curitiba, a situação não foge muito dessa regra pois, discute-se o metrô aqui desde que foi implantado aquele primeiro expr4sso, lembra do vermelhão. De lá para cá muitos estudos projetos foram feitos e na oportunidade sempre foi dito que no futuro as vias exclusivas do expresso poderiam abrigar linhas do metrô sem a necessidade de grandes desapropriações. Fato e verdade foi isso mesmo, mas, estamos falando de um tempo que foi se esvaindo no que diz respeito ao planejamento da cidade, principalmente com o esvaziamento do IPPUC na condução do planejamento da cidade, pois aquele instituto não era só de planejamento, mas funcionava como órgão consultor e organizador da politica urbana de Curitiba, tanto na produção como na organização dos espaços. É so lembrarmos dos equipamentos que hoje estão aí em várias áreas para sentir a forte presença do planejamento que havia ( vias rápidas, expressas, terminais de transporte, parques bosques áreas de preservação ), Claro a cidade crsceu mais habitantes, maiores demandas sem o devido acompanhamento organismo público nesse crescimento. Sempre foi dito que no caso do metrô ele seria lima opção, porém não a única. Depois de várias gestões recentes para a implantação desta modalidade de transporte de massa, vem uma nova discussão que já dura seis meses e chega-se a conclusão que o metrô de Curitiba precisa ser melhor executado e isso resulta em um aumento do custo que é perto do dobro do anterior, aí que me pergunto nessas horas de mudança de comando da gerência da cidade que representa também uma questão politica e pior partidária resultando além da demora na tomada de decisões um acréscimo de valores e com a alteração também vem as diversas justificativas, uma dela é de que o que fora planejado não é de bom tom sua implantação. Mas se o IPPUC está lá , o mesmo, os técnicos pelo que me consta não mudaram, então o que mudou foi a visão, foi o componente politico de administrar a cidade.
    Curitiba precisa resgatar se é que ainda há tempo, as cabeças pensantes, nada ligado a questões de politica partidária do passado, mas sim pessoas que conhecem o caminho das pedras e fizeram acontecer. Muitos não estão mais entre nós, mas deixaram seus conhecimentos, outros estão fora da administração pública mas estão aí e em condições de dar ou pelo menos opinar com seus conhecimentos e todos são de diversas correntes politicas, mas sempre foram de um partido principal o de Curitiba, muitos foram e são só técnicos , poucos tem títulos em seus curriculosde doutorados e mestrados, mas tem títulos da vida e do conhecimento prático da cidade e com certez se forem colocados num bairro como a CIC, Vila Verde e Cajuru e outros de olhos vendados sairão de lá sem precisarem de ajudas de GPS, porque conhecem a cidade na prática e não só de bancos acadêmicos.
    Assim, Curitiba precisa resgatar seu planejamento e a vontade de fazer acontecer . Curitiba, precisa ter na sua equipe motivação e vivenciar o processo quer de transformação como da continuidade do que está aí e é bom, Neste caso é bom os atuais administradores lembrarem que muitos que participaram de outras gestões e ajudaram a acontecer estão ainda prestando serviços a cidade. Tenho certeza que mesmo com as mudanças que se pretende fazer em Curitiba muita coisa que existe e é planejamento do passado é bom e pode ser aproveitado isso aliado a determinadas posturas parte do comando do Prefeito mas não com certas atitudes de seus comandados que pensam que sabem tudo e que somente eles estão certos. Assim deixo aqui uam sugestão ao Prefeito, que ele se utilize das cabeças existentes na Prefeitura e mesmo dos que já estão fora de lá, chame a participação que eles irão contribuir na gestão da cidade

  3. Diomar Campos

    Você nao esta sendo muito otimista em achar que até 2019 o metro esta pronto?
    Veja a linha verde…

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