8:53Crise no trigo

Da assessoria de imprensa de Reinhold Stephanes:

 

Stephanes critica ausência de políticas de incentivo a cultura do trigo

 

O ex-ministro da Agricultura e chefe da Casa Civil do governo do Estado do Paraná, Reinhold Stephanes (PSD) criticou nessa sexta-feira (28) a falta de políticas públicas eficazes por parte do governo federal para incentivar a cultura do trigo no Brasil de forma a garantir a autossuficiência do país na produção do grão.

A crítica foi feita em razão da decisão da Argentina de interromper a exportação de 370 mil toneladas de trigo para manter estoque de segurança no país, o que afeta diretamente o embarque do grão para o Brasil. A previsão é que haja restrições às exportações de trigo na Argentina até dezembro.

Para Stephanes esse era um risco previsível e que poderia ter sido evitado. “Em 2008 alertei o governo sobre a necessidade de incentivarmos a produção no Brasil. Consegui, com muito trabalho, convencer sobre a importância dessa política e lançamos o Plano Nacional do Trigo que tinha como meta aumentar em 25% a safra do ano seguinte. Reajustamos, inclusive, em 20% o preço mínimo. Infelizmente essa política foi totalmente abandonada”, afirmou.

O ex-ministro afirma que sob o ponto de vista técnico, a produção do grão é estratégica porque se trata de uma cultura de inverno que ajuda a proteger o solo e compõe melhor os custos de produção dos agricultores para as culturas de verão. “A resposta da produção é rápida e com um bom plano de incentivos, em três a cinco anos, o Brasil já pode alcançar a autossuficiência”, destaca.

Stephanes lembra que a consequência automática da interrupção das exportações da Argentina é o aumento de preços e, consequentemente, da inflação. Dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) apontam que os consumidores do Paraná já estão pagando valor 35% maior pela farinha de trigo especial em comparação com o mês de junho de 2012.

Ainda segundo o ex-ministro, o mesmo problema pode ocorrer com o feijão. Na segunda-feira (24), a Câmara de Comércio Exterior (Camex) cortou, até 30 de novembro, o imposto de importação sobre o feijão, em uma tentativa de aumentar a oferta e aliviar a pressão inflacionária. “Mais uma vez trata-se de uma cultura para a qual o Brasil tem todas as condições de ser autossuficiente. Falta apenas vontade política e um plano eficaz de produção”, concluiu.

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Uma ideia sobre “Crise no trigo

  1. antonio carlos

    Falou tudo ex-ministro, agora vamos comprar e pagar o preço do trigo que o diabo amassou. Incompetência e imprevidência sempre custam caro.

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