9:18Várias maneiras de olhar as pesquisas e a inflação

por  Luciana Rafagnin*


A presidenta Dilma Roussef é a grande favorita às eleições do próximo ano. A se manter a intenção de votos registrada nas pesquisas, ele vence no primeiro turno, pois terá mais votos do que a soma de seus adversários.

Esta é a conclusão insofismável que se pode tirar das duas pesquisas publicadas nos últimos dias: Datafolha e CTN-MDA. Os números são parecidos. De acordo com esta última, Dilma tem a preferência de 52,8% dos eleitores, contra 17% de Aécio Neves, 12,5% de Marina Silva e 3,7% de Eduardo Campos. No universo daqueles que optaram por um candidato, Dilma obteve 61,4% das indicações, contra 38,6% dos demais concorrentes somados.

No entanto, a maioria das análises divulgadas pelos principais meios de comunicação ressaltou a queda na aprovação do governo Dilma, queda de oito pontos porcentuais, significativa se vista de uma forma isolada, mas
completamente insuficiente para embasar a impressão que se tenta provocar: a de um desabamento.

Não há nada disso. O jornalista Jânio de Freitas, na própria “Folha de S. Paulo”, mostra como uma coisa é a realidade, outra é a forma como se quer enxergar essa realidade. O jornalista compara os dados da pesquisa
Datafolha relativos ao governo Dilma com os números alcançados pelos ex-presidentes FHC e Lula com os mesmos dois anos e meio dos respectivos primeiros mandatos. Conclusão: Dilma está melhor, muito melhor que os
antecessores. FHC tinha 39% de ótimo/bom. Lula, 36%. E nenhum dos dois teve problemas para se reeleger.

A inflação é considerada a principal responsável pela queda de oito pontos na aprovação do governo. Mas, de acordo com o jornalista, “não foi propriamente a inflação sentida, foi a inflação ouvida e lida”. Explica-se: a “alta” da inflação não deve levá-la acima de 6,5% ao ano. A maioria dos analistas fala em descontrole. Ora, no final do governo FHC, a inflação projetada para 2013 era de 40%. Foi assim que Lula começou a governar.

Porém, esses mesmos analistas consideravam (e continuam considerando) FHC como o construtor da estabilidade.

A maioria absoluta dos eleitores, que apoia Dilma e seu governo, “sente” a inflação de uma forma real, nem menor nem maior do que de fato é. O tamanho da inflação e o modo como o governo a enfrenta significam, hoje,
52% de preferência por Dilma. Ou mais de 60% dos votos válidos.

(*) Luciana Rafagnin é deputada estadual, líder do PT na Assembleia Legislativa do Paraná

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Uma ideia sobre “Várias maneiras de olhar as pesquisas e a inflação

  1. leandro

    Bem! Se é verdade ou não, vamos saber na hora certa e que será na eleição presidencial. O andar da carruagem assim indica. Claro que mecanismos meio transversos estão e serão aplicados com mais intensidade pelo governo federal e todos aqueles que o apoiam. Vejamos, o BLSA FAMILIA, um grande instrumento financeiro de aplicação para “ajudar” a população chada de carente, mas também é um imenso captador de votos. Já temos outra vertente de captação eleitoral que é MINHA CASA MINHA VIDA. Agora, mais diretamente ontem foi lançado o programa que completa o minha casa minha vida, que e´o RECHEIE A MINHA CASA, pois, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil, não está bem resolvido, vão financiar móveis e eletro domésticos para complementar a casa do pessoal. Também criaram as facilidades da compra do automóvel, os empréstimos consignáveis que proliferam numa enganação aos coitados que procuram esses empréstimos e ainda com chamadas publicitárias de que para o aposentado nem cadastro precisa.Então penso: O incentivo ao consumo no crédtio não gera mais inflação? Os mecanismos não são instrumentos eleitorais?Não seria muito mais correto, o governo criar mecanismo para o desenvolvimento sutentavel bem como a geração de renda a população e via de regra a estabilidade e não atutela pelo vales e mais vales que a população fica refém? O setor que compete ao governo na área de infraestrutura esta apodrecido, basta ver portos, ferrovias que mesmo concessionadas não tem a fiscalização contratual das agências, se formos nessa direção e como a segurança está péssima, já já o governo vai criar um vale revolver. Resta a deputada que é do PT nos fornecer as respostas que o governo deve e com todas essas concessões dos vele isso vale aquilo, deixa a população refém eleitoral. Tem mais coisa ainda, que poderá ser lembrada e falada mais adiante, que se trata da copa do mundo e olimpíadas, que mere3ce um capítulo a parte na história. Pois se o povo parar e pensar e calcular o que se está gastando e financiando pelo BNDS, em estádios, com o nome bonito de Arena e outras obras que já eram necessárias com copa ou sem copa e diante disso nos faz pensar que se não houvesse a copa não teríamos nada dessas tais obras do PAC da COPA? Então tudo isso terám a lei do retorno e assim vamos rezar e torcer que o retorno seja favorável a população e que essa saiba votar e escolher seus representantes principalmente do Congresso, pois lá é que se dá respaldo ao governo federal. Assim, e com todos esses mecanismos eleitoreiros o governante de plantão sempre será beneficiado até que o povo se liberte economicamente e não fique refém de um grupo que usa muito bem a propaganda mas não pratica o que informa.

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