Do ombudsman:

A entrevista dada ao programa Fantástico pela médica Virgínia Soares de Souza, suspeita de ter transformado a UTI do Evangélico em uma espécie de campo de extermínio, provavelmente foi pensada pela defesa para melhorar a imagem da doutora em um momento em que a comoção pelo caso estaria atenuada e uma visão mais objetiva do caso poderia surgir. Mas a tentativa da médica de se mostrar uma profissional compassiva não convenceu. Pior, a reportagem voltou a mostrar os diálogos frios, e mesmo debochados, com que ela se referia a “desentulhar” a UTI. Imagens fortes da dor da mulher de Ivo Spitzner, uma das prováveis vítimas do esquema, e o parecer de um médico sobre a anormalidade de ministrar paralisantes como o Pavulon combinados com a redução do oxigênio foram letais. Em lugar de melhorar, a imagem de Virginia só se consolidou.