As contas do segundo ano de governo da presidente Dilma Rousseff foram aprovadas hoje pelo Tribunal de Contas da União. Com 22 ressalvas e um balaio de recomendações. Igualzinho ao que acontece aqui no Tribunal de Contas do Paraná e em todos os outros do país. O dia em que uma Corte de Contas desaprovar conta do Executivo, o prédio que estiver abrigando os conselheiros vai se transformar em tenda de milagres.
Se a conta estadual for desaprovada imediatamente trava-se o recebimento dos recursos federais, por isso não se desaprovam as contas, pois se geraria um caos no estado inteiro.
Outra coisa é impunidade pela má gestão, nada impede que haja a aprovação com ressalva e se remetam cópias para MP para se instaurarem ações penais, se incluam os nomes de ordenadores na lista de inelegíveis etc.
Contudo, a indicação política afasta completamente essa e outras possibilidades. A base política sempre se garantem com o amigo, companheiro de bancada e similares na fiscalização.
Enquanto o sistema de indicações não mudar e retirar por completo a indicação da ALEP e do governo estadual, tudo continuará igual.
Os governos pintam e bordam e a fiscalização passa a mão na cabeça do poder, alisando e acariciando os cabelos e as madeixas de quem os indicam.
A independência dos TCEs é tão grande que ele está livre para aprovar todas as contas do Executivo estadual, sem deixar de fazer as tradicionais ressalvas que, na verdade nunca ressalvam nada. O mesmo se dá com o TCU, independente até o ponto de não desagradar a chefia do Executivo Federal. Por que existem estes tipos de tribunal? Para empregar amigos e parentes, e satisfazer o ego de deputados e senadores.