13:02A resposta da Fundação Cultural de Curitiba sobre o Paiol Cultural

A Coordenação de Comunicação Social da Fundação Cultural de Curitiba enviou a seguinte “Nota Oficial” a respeito do texto “Carta ao Prefeito Gustavo Fruet ou A esmola”, do jornalista  Rogério Pereira:

 

Em resposta ao texto “Carta ao Prefeito Gustavo Fruet ou A esmola”, de autoria do Diretor da Biblioteca Pública do Paraná – Sr. Rogério Pereira, a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) reconhece que é inegável a qualidade do evento “Paiol Literário”.

 

Mas vem aos leitores do blog esclarecer que em momento algum cogitou cancelar o “Paiol Literário” ou deixar de oferecer as condições necessárias para a continuidade do evento. O fato é que o Sr. Rogério Pereira veio até a FCC com uma proposta comercial em mãos, no valor de R$ 30 mil, para cobrir os custos de passagens aéreas, hospedagem, assessoria de imprensa, mediação e cachê dos convidados para oito edições do evento.
Lembramos que existem procedimentos a serem observados para o apoio a projetos e eventos no município, dentre os quais aqueles previstos pelo Decreto nº 1644/09 que estabelece em determinados casos o lançamento de edital para tais fins, sempre respeitando os princípios de isonomia e transparência na administração municipal.

Também é importante esclarecer que, ao contrário do que foi divulgado por Rogério Pereira, não constam nos registros da FCC aportes de dinheiro em seu nome ou de sua empresa, a Editora Letras & Livros Ltda.
Para dar continuidade ao evento, a Fundação Cultural de Curitiba fez uma contraproposta na qual oferecia assessoria de imprensa, cessão do espaço, passagens aéreas e estadias, divulgação no Guia Curitiba Apresenta, site da FCC e redes sociais. Até agora não recebemos uma resposta do promotor do evento. O Teatro do Paiol, lugar símbolo da Fundação Cultural de Curitiba, é patrimônio dos curitibanos e continuará aberto para as mais diversas expressões culturais.

 

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18 ideias sobre “A resposta da Fundação Cultural de Curitiba sobre o Paiol Cultural

  1. Rodolfo

    Claudio, por que esmola?

    Também sou produtor cultural e não recebo nada da FCC. Para viabilizar meus projetos, todo ano participo dos editais de lei de incentivo. Por que que o Sr. Rogério (senhor este que se mostrou muito mal educado ao baixar o nível da conversa apenas por receber uma negativa) deve receber dinheiro público diretamente, sem prestação de contas e sem contrapartida, e eu não posso? A FCC não está lá para ajudar os “amigos”. Se o projeto dele é tão bom, viável e com essa projeção toda, acredito que ele conseguirá na iniciativa privada o recurso. Ou será que não?

  2. Holden Caulfield

    Rodolfo,

    O Rogério pode baixar o nível, gritar e espernear, porque ganhou tal direito ao criar e sustentar o melhor, senão o único, evento literário de qualidade para a província que sonha ser mais. Porque nos deu o Rascunho, o único Jornal de Literatura decente que circula no país (sim, no país, saído daqui da provi. Quanto orgulho, não?). E isso há anos… Veja bem, lá no começo ele era como você. Precisava de processos e burocracia para mostrar que tem uma boa idéia. Não precisa mais disso. Você talvez ainda precise. Torço para que chegue um dia em que você faça como ele. Grite, desça o nível, fique emotivo. Como um bom intelectual ou artista genuíno que já mostrou o que tem de bom e precisa mais.

    Saudações

  3. lina faria

    Mas e o patrimônio intelectual do cara não conta nada? Um programa de sucesso se for para ter continuidade, tem que se respeitar o investimento do Rogerio. Uma marca, um produto como o Paiol Cultural, que só vingou pelo prestigio do Rogerio com os escritores, tem que ser respeitado, sim.

  4. Sandra Mara

    Qual seria a contrapartida do sujeito neste caso, uma vez que a Fundação Cultural deveria bancar tudo?

  5. Rogério Pereira

    Em relação à resposta da Fundação Cultural de Curitiba, esclareço:

    1) Quem esteve na Fundação Cultural de Curitiba foi Rogério Pereira, editor do jornal Rascunho.

    2) O que a FCC chama de “proposta comercial”, eu a defino como parceria para a continuidade de um projeto importante como é o caso do Paiol Literário. O valor de R$ 30 mil é o custo para a realização do projeto. Sempre deixei claro ao senhor Igor Cordeiro que a FCC poderia oferecer o que fosse possível, pois todos os anos o Sesi Paraná e o Rascunho também investem no projeto. A isso, chamamos parceria. No entanto, a oferta, como já afirmei, não passou de uma ultrajante esmola oficial. A esta esmola, os dirigentes da FCC chamam “condições necessárias para a continuidade do evento”. Só pode ser ironia.

    3) Sim, conheço os editais de apoio à cultura de Curitiba. Sou bem informado. Inclusive, em 2013, fiz parte da comissão julgadora de projetos de incentivo à leitura da FCC. No entanto, ressalto que desde 2006, o Paiol Literário é realizado em parceria entre a FCC, o Sesi e o Rascunho. Esta parceria se deve, desde o início, à relevância do projeto para Curitiba e para a literatura brasileira.

    4) Se não constam registros dos “aportes financeiros”, em 2012, ao Paiol Literário na FCC, não é problema meu. A FCC foi parceira do projeto em 2012, quando foram realizados oito encontros do projeto.

    5) É mentirosa a afirmação: “Até agora não recebemos uma resposta do promotor do evento”. Na quinta-feira (16), por telefone, deixei bem claro à senhora Mirele Camargo que o Rascunho não aceitaria a esmola oferecida pela FCC. Isso me parece uma resposta do promotor do evento. Mas repito: vamos realizar o Paiol Literário em outro espaço, em parceria com o Sesi Paraná. Entendido? Entenderam?

    6) Dou por encerrada esta discussão. Tenho mais o que fazer que ficar respondendo burocratas desinformados e ignorantes.

  6. mario

    Parabéns aos gênios da FCC que conseguiram tirar o Paiol Literário do Paiol. Era a melhor programação que o teatro tinha. Rodolfo, continue participando dos editais. Fique fora desta discussão, você não entendeu ela. Você pelo jeito não tem ideia do tamanho do Paiol Literário.

  7. mario

    Rogério, você tem que se mudar de Curitiba para ser reconhecido. Aqui, além dos burocratas, tem a inveja. O Alex Klein teve que ir fazer Festival de Música em Jaraguá do Sul.

  8. leandro

    A explicação da FCC, vinda través da famosa “nota ofical” reafirmas o que já era sabido pela própria Fundação.Assim se já tinham conhecimento do caso, que havia o risco de criar problemas, deveriam,: Primeiro ter mais jogo de cintura para compor com o Rogério que nam conheço. Se3gundfo se a situação ficasse sem concições, então a Fundação poderia ter se antecipado e já ter esclarecido a opinião pública do fato, ou seja ter feito uma vacina contra o problerma prestas a ocorrer, mas não fez e assim deixou o barco corrar. È isso que falta aos “intelectuais”. Não saberm o caminho das pedras e pior não perguntam a quem saber como funciona as c oisas, mas não, pois, o primeiro pensamento é de que tudfo que até então está feito não esta certo e “feremos uma nova Curitiba” ora pois pois será que Cabral voltará? Parec4e que isso é uma proigramação verbal e partidária em dizer qwue tudo está errado, que nada foi correto e que faremos melhor. Quem sempre afirmopu “nunca antes neste pais…”

  9. Rodolfo

    Opa, Mario! Por que devo ficar de fora? Se não concordo não posso me manifestar? Claro que entendo o tamanho do Paiol Literário. Não questionei a importância do projeto, mas isso não é critério para receber grana pública! Me parece, na verdade, que um monte de gente está incomodada com o fim do balcão de negócios que sempre existiu nos órgãos da prefeitura!

  10. Brigitte Sovierzoski

    Se a pessoa em questão tem um cargo público de direção, não deveria negociar verbas públicas para um projeto de uma empresa privada de sua propriedade. Convém fazer uma escolha. Além disso a administração pública tem todo direito de cancelar parcerias, convênios, contratos, etc, por conveniência administrativa, a qualquer tempo.

  11. osny bermuda

    pelo jeito o mário pegou o paiol literário atrás do armário… queria saber quantos destes defensores já foram ao evento uma vez sequer… hihihihihi

  12. Maringas

    O Sr Rogério Pereira poderia levar seu evento para o auditório da Biblioteca Pública do Paraná. O aporte de verba necessário para complementar a parceria com o Sesi Paraná, pode vir do Governo do Estado, cujo governador é assíduo frequentador de eventos literários e culturais em geral.

  13. Heráclito

    Como “contribuinte” continuo participando. Afinal o dinheiro do SESI, no fundo, no fundo , também é publico. Portanto, nós “contribuintes” temos o orgulho de dizer que ajudamos financiar um evento cultural importante. Pena que a discussão travada nesse nível realmente parece ser despropositada em relação a importância do projeto. E esse parece mais um daqueles casos em que a criatura engoliu o criador. O SESI também deve estar de orelha em pé nessa hora.

  14. arne aknussen neto

    O comentário do Maringas é ótimo! O governador adora eventos culturais como corridas de kart, de fórmula 1, fórmula Indy, WTCC, de fórmula truck, de trenós (em Aspen, de preferência), de motocicletas, Paris-Dacar, erc.

  15. João

    Um gosta de carros e nunca se preocupou em esconder isso de ninguém. O outro finge ser intelectual, finge que gosta de ciclistas e de cachorrinhos, finge que é casado… A irmã do que finge, quando era da turma do Beto (e foi por muito tempo) pagava pau pra Rascunho e Cia.

  16. Fabio

    Pois é… quem perde é sempre a população mesmo… deixando de apoiar eventos literários como esse, nós os simples mortais, ficaremos mais uma vez pobres de cultura. Se as orelhadas da atual gestão da FCC, ficassem restritas somente com esse evento, daríamos um desconto, o pior é que tudo está muito no discurso e de concreto mesmo não temos nada ainda. Alguém sabe com a política cultural que a FCC estabeleceu com essa nova gestão? Quem, o que, como e porque? (Quem alcançar com cultura, o que fazer para alcançar e levar cultura, como será feito e porque será feito). Acho que ficaremos sem respostas por 4 anos caso nosso prefeito insista em manter pessoas sem experiência nenhuma em cargos tão importantes, não na questão financeira, mas na geração de ideias e perspectivas para uma população tão zerada a nível cultural. O negócios é rezar, vai que uma reza ajuda né!

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