17:22Fora da prisão

Da Folha.com, em reportagem de Estelita Hass Carazzai

Médica acusada de matar pacientes em UTI sai da prisão no PR

A médica Virgínia Helena Soares de Souza, acusada de promover a morte de pacientes na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba e que estava presa preventivamente desde o dia 19 de fevereiro, foi solta na tarde desta quarta-feira (20).

Virgínia, que era chefe da UTI desde 2006, foi denunciada sob acusação de sete homicídios e formação de quadrilha. Outras mortes também estão sendo investigadas pela polícia.

A Justiça expediu o alvará de soltura na tarde desta quarta-feira. Por volta das 16h, a médica deixou o Centro de Triagem 1, no centro de Curitiba. Ela não falou com a imprensa e saiu no carro de seu advogado.

Segundo sua defesa, ela seguiu para sua casa, em Curitiba, para “descansar”. Ela nega as acusações e diz que elas se devem a um “entendimento errôneo de termos médicos”.

Além de Virgínia, outras sete pessoas foram denunciadas à Justiça sob acusação de envolvimento no esquema. Todas negam as denúncias.

MORTES

A Justiça do Paraná aceitou na semana passada a denúncia (acusação formal) contra oito pessoas acusadas de provocar a morte de pacientes. Entre eles estão quatro médicos, três enfermeiros e uma fisioterapeuta. Eles devem responder pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha. Todos negam as acusações.

De acordo com o Ministério Público, os profissionais agiam sob o comando da ex-chefe da UTI. A denúncia, que diz respeito a sete mortes, afirma que ela ordenava a aplicação de bloqueadores neuromusculares ou anestésicos, e então diminuía a quantidade de oxigênio nos respiradores ligados às vítimas, provocando a morte por asfixia.

Todos esses passos, segundo o Ministério Público, estão registrados nos prontuários. “Não havia indicação terapêutica justificada para que os pacientes recebessem esses medicamentos”, afirma a promotora Fernanda Garcez.

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3 ideias sobre “Fora da prisão

  1. Palhares

    (…)Todos esses passos, segundo o Ministério Público, estão registrados nos prontuários. “Não havia indicação terapêutica justificada para que os pacientes recebessem esses medicamentos”, afirma a promotora Fernanda Garcez.

    Zé, promotor público público, eita bicho danado entende de tudo.

    Agora eu não entendi, nesse suposto açougue, qual era o papel da fisioterapeuta? Esganar os doentes terminais renitentes?????????????

  2. Carlos

    Este é o nosso judiciário. Se ela fosse negra, pobre, tivesse roubado um ônibus coletivo pra pagar o vicio, usando um revolver calibre 32 enferrujado, nao sairia. Uma vergonha. Alias desculpe, ela só matou dezenas de pessoas q um dia talvez fossem morrer. Nao usou revolver, mas sim a profissão. Ela é uma serial q pode ficar em liberdade desentulhando mais UTIs. Palhaçada esta decisão.

  3. Peter Zero

    O criminologista Cesare Lombroso conseguiu deixar na população mundial um ranço de pré-julgamento, que ajuda a condenar ou absolver alguém somente pela aparência. Se a médica é culpada ou não as provas mostrarão, no entanto, por não ser tão provida de beleza física, já está condenada pelos que se baseiam num padrão preconceituoso.

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