8:43MST dispara contra André Vargas por causa de homenagem a Cecílio do Rego Almeida

No site oficial do MST (ler abaixo), o deputado federal André Vargas (PT), vice-presidente da Câmara dos Deputados, é escrachado por ter apresentado em 2009 projeto de lei para dar o nome do  trecho da BR-277 entre as cidades de Paranaguá e Curitiba (PR) de Rodovia Cecílio do Rego Almeida. Os Sem Terra reproduzem uma reportagem de Igor Felippe Santos, do site Viomundo, onde se informa que a homenagem foi aprovada quarta-feira passada depois do parecer favorável, Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, do deputado José Mentor, outro petista. O empreiteiro, que morreu em 2008, é apresentado como “o maior grileiro do mundo”. Tempos atrás, quando foi questionado a respeito do projeto em um programa de entrevista da TV Band de Curitiba, Vargas foi sucinto na resposta: “Foi ele quem fez a estrada”. Confiram a íntegra da reportagem:

http://www.mst.org.br/node/14541

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13 ideias sobre “MST dispara contra André Vargas por causa de homenagem a Cecílio do Rego Almeida

  1. SFU

    Este nosso mundo é muito estranho mesmo! Um dia após o outro, faz-nos ver os giros oportunistas de 180 graus que aos políticos acometem. Quem poderia imaginar, há 10, 15, 20 anos atrás que tal fato pudesse ocorrer em 2013? Inimaginável, para os padrões moralistas, ideológicos, radicais petistas de outrora. Mas, hoje, moralismo e ideologia já não mais fazem parte das concepções petistas. Radicalismo, sim! Incoerência, também! Enfim, 180 graus depois.

  2. Parreiras Rodrigues

    E dona Dilma discursa na hora de arrumar emprego a troco de apoio e chama isso de primícia da governabilidade.

    Levou Lula prá ver um boneco de cera num caixão lá em Caracas e que fingia ser Hugo Chávez.

    Mass não o leva prá Itália prá ver Francisco I. Lá moram parentes dos assassinados pelo Battisti, sabe, aquele que ele não extraditou…

    E, prá arrumar dizer que tá enxugado o quadro, vai juntar duas superintendencias, a do Vale do Tio Chico com a do Centro Oeste. A sigla dá SUVACO.

    Ma vai criar a superintendencia rural do Baixo Amazonas. A siglá dá SURUBA. (tá lá na coluna do Cláudio Humberto)

  3. fano poli

    Com certeza o Dep.André Vargas é desinformado a firma que construiu a estrada Curitiba-Paranagua chamava-se Lyzimaco da Costa SA e o Dr. Cecilio na época era estagiário e depois foi dono da referida empresa que era de propriedade do Dr. Lysimaco e do seu irmão Alberto Franco Ferreira da Costa. Quem enfrentou a floresta da Serra do Mar de forma corajosa enfrentando todas as dificuldades possíveis em uma época de poucos recursos e a pé foi o Dr. Lyzimaco, engenheiro extremamente valente e conceituado, com inteligência acima da média para desenhar e executar o projeto da estrada que a meu ver deveria levar o nome dele, pois se isso não for efetuado será a maior injustiça da história do Estado do Paraná. Com a palavra o Governador Beto Richa e demais politicos para não deixar que uma injustiça seja feita a um homem de valor, e que se dê ao Dr. Cecilio outra homenagem que lhe seja mais justa.

  4. Andre

    Concordo plenamente com o que escreveu o Sr. Fano…conheço a história da familia Ferreira da Costa e assino embaixo!!!!!!!!

  5. ROMARIO RIOS

    As eleições de 2014 estão chegando e é preciso agradar os financiadores de campanha.

  6. Antônio Nunes

    É o PT, mais uma vez, querendo re-escrever a história do jeito que melhor lhe convém. Parece que o Brasil nasceu só em 2003 e que só construíram este país aqueles que bajulam o rei.

  7. Carlos

    Não é possivel tanta irresponsabilidade e ignorância. Todos sabem que o dr Lysimaco construiu nossa atual ligação capital x Paranaguá. Ele comandava a frente de seus funcionários. E q a empresa q mantinha com os irmãos foi a responsável pela construção da estrada. O Dr Cecilio foi uma grande pessoa, mas este credito nao é dele. Deveriam os políticos dar o nome sim ao dr Lysimaco Ferreira da Costa.

  8. Parreiras Rodrigues

    As iniciais do homenageado: CRAL – pronunciado o l com som de ú. Crau no nosso bolso…

  9. Ihhhhh

    O cheiro da morte e o cheiro da vida
    Por Edmar Macedo*

    Naquela tarde de 11 de dezembro de 1992, no Teatro Guaíra, no centro de Curitiba, eram diplomados os vereadores da cidade. Aquela eleição tinha sido marcada pelas denúncias (com gravação de imagens inclusive) de que uma parte dos vereadores (o chamado “grupo pró-cidade”) teria sido financiada pela máfia do transporte coletivo. Pois bem, com denúncia e tudo, a maioria deles foi eleita.
    Naquela tarde da diplomação lá estavam representantes de vários movimentos sociais, militantes de partidos de esquerda. Quando subiam ao palco os acusados de receber a “caixinha” do transporte coletivo, lá estava a maré de vaias e apupos. Até que um dos líderes da quadrilha, digo, do “grupo pró-cidade”, fica irritado com aquilo tudo e, acompanhado de seguranças, se mete no meio da plateia distribuindo sopapos. Quem se junta a ele, com uma tropa maior ainda de seguranças particulares, é o empreiteiro e grileiro de terras Cecílio do Rego Almeida. A pancadaria foi generalizada; apanharam todos: jovens, mulheres, líderes comunitários, membros das pastorais sociais da Igreja e quem mais estivesse pela frente.
    Já na saída, os seguranças de Cecilio cercam um militante do PT, Oscar Fachini. Apanhou muito, do próprio Cecílio, que gritava histérico que ia “matar esses comunistas”. O então vereador Angelo Vanhoni era um dos que tentavam defender os manifestantes daquelas bandos de seguranças. E não acabou aí. Todos foram para a delegacia (antes passaram no hospital) prestar queixa contra os que haviam promovido aquela selvageria. No caminho entre a delegacia e o IML para os exames de praxe, Cafu, militante da APP-Sindicato e do PT, e mais uns são cercados pelo próprio Cecílio e seus seguranças, que agora não espancavam, mas ameaçam de morte se houvesse o prosseguimento da queixa.
    Terminada a noite, estávamos todos exaustos, amedrontados, mas com um sentido de dever cumprido. Afinal estava tudo mais ou menos no seu lugar: nós protestávamos contra a corrupção e a máfia que dominava a política da cidade. Cumpríamos nosso papel de militantes do maior partido de esquerda brasileiro, o PT. E a direita raivosa e truculenta reagira com violência digna do fascismo. Mas estava tudo mais ou menos dentro do esperado.
    O que não era esperado é que depois daquilo o PT, partido que capitaneava aquele sentimento de protesto, fosse se integrando cada vez mais à ordem, fosse se transformando paulatinamente em um sustentáculo desta mesma ordem e por fim morresse como partido operário capaz de fazer mudar esta ordem de coisas. Mas, enfim, morreu.
    E como todo corpo morto e insepulto, o PT exala cada vez pior cheiro. Todas as barbaridades cometidas nestes anos de governo federal, com Sarney’s, Collor’s, Renan’s, Osmar’s e Fruet’s, e seus séquitos sedentos por cargos e benesses à custa do povo, seja em Brasília ou em Curitiba. Reforma da Previdência e caixa dois. As elites satisfeitas. O povo anestesiado, é bem verdade. Mas ainda assim o defunto cheira mal… A mais recente golfada deste cheiro de morte foi quando, recentemente, o deputado federal André Vargas do PT resolveu dar o nome de Cecílio do Rego Almeida a uma rodovia. O Oscar Fachini, que faleceu anos depois em uma emboscada no interior do estado, onde estava morando (provavelmente por conta de sua atuação junto aos movimentos sociais) não é nome de nada, nem de rua. Apanhou naquela tarde do Cecílio, e sua camiseta que tinha o símbolo do PT desenhado na frente ficou manchada de sangue.
    Estive no velório do Oscar. Tinha uma bandeira do PT no seu caixão. Queria muito o Oscar aqui ainda, entre nós. Mas nem imagino o desgosto dele ao sentir o cheiro de podre que exala o PT que ele tanto defendeu.
    Talvez fizesse como eu, saísse à rua para um ar melhor. Hoje me filio ao PSOL. Quero o cheiro da vida!

    *Edmar Macedo foi membro do Diretório Municipal do PT-Curitiba. Militou neste partido de 1989 a 2012. Foi diretor de várias entidades estudantis, entre elas a UBES e a UPE. Foi sindicalista e chefe de gabinete parlamentar. É formado em História e mestre em Sociologia. Hoje é técnico-administrativo em educação da UFPR. E agora é militante do PSOL!

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