Do observador do Planalto Central:

A súbita decisão da presidente Dilma em comparecer à missa de início do Pontificado do Papa Francisco, no Vaticano, desencadeou uma correria em Brasília. Inicialmente para preparar antecipadamente uma resposta à “imprensa canalha”, que publicará o motivo da viagem: obter a foto de D. Dilma beijando o anel do Sumo Pontífice, imagem fundamental para 2014.  Mas os assessores palacianos já desmentem que ela usará a fita de Filha de Maria ou do Apostolado da Oração. Já a orientaram para, pelo menos durante a estada em Roma, renunciar aos seus princípios marxistas. E tem mais:

– Guardará mentalmente o significa de Dilma, nome de uma santa entre os mais de 10 mil registrados no Vaticano. Santa Dilma é padroeira do Bolsa Família e das desonerações.

– Foi instruída a lembrar que fez a primeira comunhão numa igrejinha de Minas Gerais dedicada à Nossa Senhora das Dores, recentemente demolida para dar espaço a um conjunto do Minha Casa Minha Vida. Se tiver oportunidade, não deve perdê-la para recomendar esse programa como grande projeto ao novo Papa.

– Terço é terço, rosário é outra coisa. Será recomendada levar um (branco) entre os dedos durante a audiência. Vestir véu de rendas preto, não vestir vermelho para não parecer um cardeal.

– E terá até segunda- feira para aprender o “Salve Rainha” e o “Confiteor”. A “Ave Maria” e não o “Ave Dilma” ela já aprendeu com o ministro Gilberto Carvalho, seu carmerlengo de plantão.

E boa viagem.