17:41Pedágio na gaveta

Da assessoria de imprensa do deputado Elton Welter

Relatório sobre pedágios permanece engavetado e usuários continuam sendo lesados, denuncia Elton Welter

O Pedágio cobrado no Paraná voltou a ser tema de discussões no Plenário da Assembleia Legislativa e gera mais polêmica sobre preços no Paraná

O deputado Elton Welter, utilizou o grande expediente da Sessão de quarta-feira (06) quando abordou o alto preço do pedágio paranaense e um relatório executado para encontrar uma solução para esse problema no Estado.

Ele recordou que foi formada uma comissão tripartite, composta por quinze membros, sendo cinco do governo, cinco dos usuários e cinco dos concessionários ainda em dezembro de 2010 no governo Pessuti, com prazo de duração de dois anos para analisar a situação das rodovias pedagiadas.

A comissão, redefinida pelo atual governador em 2011 após recomendação do  TCU para fazer o levantamento dos dados das concessões de pedágio deveria entregar esse trabalho ao governo, no dia 30 de novembro do ano passado, mas até agora nada foi divulgado oficialmente.

Raposas no galinheiro – Welter informa que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e o Sindicato dos Engenheiros do Paraná (SENGE) que integram a comissão tripartite, entregaram um relatório na data estabelecida, mas, o documento só é conhecido por poucas pessoas,

“Somente na próxima sexta-feira (08) que o responsável, que é o diretor do DER do Paraná irá se pronunciar sobre um documento que está em suas mãos há 90 dias. E o problema não é só esse. Na avaliação dos usuários, a representação das concessionárias não deveria ser tripartite, porque é para fiscalizar quando concluísse o relatório, daí sim poderia haver uma discussão com as concessionárias, que acabaram por participar da sua elaboração” revelou Welter.

Para o petista há um equívoco na avaliação, pois, quem está sendo fiscalizado acaba discutindo junto, “é o mesmo que colocar a raposa para cuidar do galinheiro” comparou.

O deputado leu o relatório e constatou que há um descaso total do Estado em relação ao interesse dos usuários, pois não há um debate franco, aberto e transparente, segundo ele. “O Estado não controla o valor dos investimentos, não sabe quanto as concessionárias faturam e portanto, não sabe fazer a gestão desse negócio, não consegue acompanhar” disse.

Ele afirmou ainda que por conseqüência, conivência e leniência do Estado, as concessionárias é que ditam as regras e o governo do Paraná não tem informação a respeito.

Preço alto – Welter afirmou em seu discurso que o Paraná tem o pedágio mais caro do mundo. “Estive no DNIT em Brasília esta semana e tomei conhecimento que o departamento tem feito concessões de pedágio no Brasil com um custo aproximado de R$ 3 para cada 100 km, onde duplica-se as estradas primeiro e cobra-se depois, bem diferente dos valores cobrados por aqui e da prática de recebimento. As pedageiras no Paraná recebem antes e duplicam as estradas depois, quando duplicam. Um modelo que é muito bom para quem vai gerenciar as estradas, mas não para o usuário” criticou.

Gangsterismo – Elton Welter pediu a atenção do legislativo para uma avaliação profunda caso esses contratos entrem em pauta para renovação. “Não podemos aceitar que esse modelo que lesa o usuário, o cidadão e acaba por encarecer o preço final dos produtos que percorrem as rodovias paranaenses seja mantido. Não pode haver de nossa parte uma conivência com esse absurdo” advertiu o deputado.

Ele traçou um comparativo do quem sendo feito com o que acontecia no início do século passado. “É uma prática que sangra os paranaenses e que equivale ao que era executado pelos gangsters norte americanos na década de 1920. Em 1998 quando foi decidido baixar o pedágio pelo ex-governador Lerner, houve um estelionato eleitoral para garantir sua reeleição, como foi, aqui em Curitiba esta semana quando o atual governador cortou o subsídio do transporte coletivo, uma decisão meramente política” afirmou.

Aprofundando o debate – Welter propôs que a Assembleia, a FIEP e outras entidades, subscrevam o relatório e o encaminhem ao Tribunal de Contas do Estado e ao Tribunal de Contas da União.

“A impressão que temos hoje é que quem dita às regras de fato, são as concessionárias, porque o Estado não fornece informação, não dá informação e aí ficam os usuários à mercê, sem poder formular e fundamentar melhor os dados para que as tarifas de pedágio sejam mais módicas”.

Documentos apontam que as concessionárias deveriam duplicar durante a vigência do contrato, “cerca de dois mil quilômetros de rodovias pertencentes ao sistema rodoviário estadual, dentro de um Cardápio de trechos a serem escolhidos pelas empresas concessionárias no processo licitatório, onde quem ofertasse a maior quantidade de trechos para a manutenção, seria o vencedor do processo licitatório” informa documento oficial em poder do deputado.

Na realidade as empresas vencedoras ofereceram duplicação para 200 quilômetros de rodovias, ou seja, atendendo apenas 10% do que havia sido proposto.

Compartilhe

Uma ideia sobre “Pedágio na gaveta

  1. Lori

    200km? é muito. Acho que não foram nem 20km.

    Por favor quais foram os trechos duplicados até hj pelas concessionárias que eu não sei.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.