12:02"Passeio precisa voltar a ser espaço do lazer e da cultura”

Pela causa:

A recuperação do Passeio Público começou a ser discutida nessa segunda-feira (18) na Câmara de Vereadores. A iniciativa é do líder do PPS, Helio Wirbiski, que nessa semana coordena um encontro entre integrantes da Prefeitura, da sociedade civil e da Comissão de Urbanismo da Câmara para debater problemas e soluções.

Wirbiski explica que a ideia de revitalizar o Passeio Público nasceu nas redes sociais a partir de um grupo de moradores, escritores e intelectuais da capital. Mas para o vereador, apenas a revitalização não basta. É necessário possibilitar que o espaço volte a ser ocupado pela população curitibana.

“Hoje o Passeio está tomado pelo tráfico de drogas, pela marginalidade e pela prostituição. Precisamos possibilitar que ele volte a ser destino das pessoas de bem e das famílias. Mas para isso precisamos oferecer shows e peças teatrais, feiras gastronômicas e de artesanato, por exemplo”, explica.

O Passeio Público foi construído em 1886, por Alfredo Taunay, e é o primeiro zoológico da cidade. Em 1999, foi tombado como patrimônio cultural e histórico do Paraná e hoje abriga cerca de 400 animais, entre mamíferos, aves, répteis e peixes.

Nessa semana, vereadores e integrantes do IPPUC, das secretarias de Urbanismo de Meio ambiente, além da Fundação Cultural de Curitiba se reúnem para debater o problema. “Queremos que integrantes do movimento que teve a ideia também participem. A participação deles é fundamental”, garante Wirbiski.

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10 ideias sobre “"Passeio precisa voltar a ser espaço do lazer e da cultura”

  1. Tatiana Ozores Guimarães

    Passei minha infância toda indo ao Passeio Público andar de bicicleta e de pedalinho. Lembro da época que o Passeio abrigava o urso polar (tadinho) e os grandes felinos. Um lugar que merece ter de volta eventos culturais e muitas cças se divertindo com suas famílias.

  2. leitor

    Não sei em que mundo vive esse vereador. Passo quase que diariamente pelo Passeio, que nunca está vazio. Nunca vi tráfico de drogas ali dentro (até porque, veja bem, há ali um módulo da PM já tem alguns anos). Há as moças (algumas já nem tão moças assim) oferecendo seus serviços a quem desejar, claro. Mas há muitos aposentados, crianças, gente fazendo exercícios, e a feira de orgânicos mais tradicional da cidade. Uma sugestão ao nobre edil e aos “intelectuais”: antes de falar em revitalização do Passeio Público, deem uma passada por lá. Vida é o que não falta ao local. E não me venham com ideias de elitizar (que é quase sempre o que se quer dizer quando se fala em revitalizar) um dos espaços mais democráticos da cidade, por Deus!

  3. Augusto

    Não sei em que mundo (ou cidade) vive o “leitor” que escreve acima. Mas a descrição que ele fez não diz respeito ao Passeio Público de Curitiba. Um dica a ele: passe pelos fundos do passeio e veja quantas rodinhas com cachimbos nas mãos. Passe na lateral e veja quanta gente deitada na grama, com cachimbo na mão. acho que o passeio merece sim uma olhada com carinho!

  4. Roberval Taylor

    E os carros dos funcionários da Prefeitura que estacionam em pleno parque, vão fazer uma nova lei pra proibir?

  5. GUMERCINDO SARAIVA

    Oh, guri ZÉ BETO :

    Para nosso gaudio o vereador Hélio está bem concebido na sua proposta. Revitalizar não é suficiente, porisso a proposta do edil está boa. PARABÉNS A ESTE NOVO EDIL, UM TAURA MUI GUAPO.
    Quanto ao xiru LEITOR que me precede neste blog, acho que ela passa sobrevoando o Passeio de helicóptero.
    A barra é pesada. Na verdade, ao longo dos anos as administrações de Curitiba, mataram o passeio. O fó é o Batel com calçadas de granito ( onde mora o Ducci ) e a Ecoville, do gaudério Betu. ( A Fernanda comprou cobertura nova pra ELE ).
    O PSDB, acabou com um dos espaços mais democráticos de Curitiba. A menina TATIANA conheceu bem o ambiente. Nos sábados a tarde era a inteliggencia curitibóca que frequentava o Bar do Pasquale, com a turma do Lerner, Leminski e outros tantos embalados pela banda A Chave.
    Nos domingos pela manhã era a classe média emergente que levava seus filhos ao Passeio , a tarde o proletariado se lambuzava com algodão doce, pipóca e muito choro de criança.
    A noite … sempre foi das mariposas.

  6. Elton

    Augusto,
    Se você não quer se misturar com pobres. Compre um helicóptero. O crack tomou conta da cidade e não é um privilégio do Passeio Público meu caro. A prostituição salta aos nossos olhos quando precisamos utilizar um telefone público no centro da cidade e os panfletinhos dos serviços sexuais estão espalhados pela cidade, outro dia avistei um desses enquanto pedalava no parque barigui…
    O Passeio Público que você e muitos querem faz parte do seu ideal nostálgico dos curitibanos elitistas que acham que os serviços públicos tem que ser oferecidos aos que não precisam destes serviços – os mais abastados ou a elite intelectual que se acha dona dos espaços públicos, relegando aos pobres a periferia, para não poluírem o cartão postal da “cidade modelo”.
    Concordo que tem que se coibir o uso de drogas no Passeio Público, mas isso não tem nada a ver com a gente humilde que visita o local. Se antes era uma espaço da burguesia curitibana por falta de outras opções de lazer para esta camada social, hoje a realidade é outra, os abastados já estão morando bem longe do centro da cidade, em bairros onde as ligações de esgoto não estão ligadas nas galerias de água pluvial e eles estão livres do cheiro da merda que emana dos bueiros onde deveria correr água das chuvas.
    Faz mais de seis anos que não entro no local, a ultima vez que fui foi com meu filho, quando ele tinha uns quatro anos, hoje tem dez, ainda tinha o pedalinho e, com ou sem prostitutas, tinha muitas famílias se divertindo.
    Quem não quer se misturar com pobres que vá para o Santa Mônica ou para o Country Club…

  7. Lucas

    Concordo com o leitor. Acho o Passeio Público cheio de vida, e essa iniciativa deve ter por traz um grande empreendimento imobiliário querendo fazer limpeza social no lugar pra deixar seu negócio ainda mais lucrativo .

  8. vinhoski

    O que acontece no passeio público acontece nas redondezas do zoológico também.

    A única diferença é que a revitalização/elitização do espaço só vai aumentar o valor imobiliário do primeiro, enquanto que o segundo nada…

    A revitalização que o nobre edil pretende induz a alguma proposta/projeto a ser discutido. Então, antes que ele conclame por participação popular, ele que seja mais eficiente e venha com uma idéia/design/planta já concebida para agregar discussão e opiniões. E, principalmente, orientar como será a inserção deste tipo de idéia no orçamento público e sua execução. Ele parece as cheerleaders da NFL… só atiça para aparecer na mídia…

    E sim, passo no passeio regularmente, e o crack e a prostituição alcança níveis meteóricos, mas não muito diferente do que acontece atrás do MON ou nos bosques do Parque Barigui.

    Então, com uma idéia que, a princípio, qualquer um concordaria, é possível ver entremeios que o maior acesso/público não é o objetivo…

  9. Jeremias, o bom

    Claro que saudável dar uma melhoradinha no Passeio. São muitas as praças de Curitiba que precisam de melhoradinha…
    Mas falar em revitalização é uma estultice digna de quem não conhece o Passeio atual, que é tão agradável e cheio de vida como sempre foi.
    Claro que já não tem o leão, nem o camelo, nem o Jaime Lerner dando pipoca aos macacos.
    Só se revitaliza aquilo que perdeu a vitalidade. E o Passeio não perdeu.
    Vão lá conferir!

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