A assessoria de Comunicação da Mitra da Arquidiocese de Curitiba enviou a seguinte “nota de esclarecimento”:
Em decorrência da nova Lei Seca, que proíbe a ingestão de qualquer quantidade de álcool pelos motoristas, enviamos abaixo, em nota de esclarecimento, a recomendação do arcebispo, Dom Moacyr José Vitti, aos sacerdotes, sobre a ingestão do vinho durante as missas:
Diante das normas sobre a nova Lei Seca, Dom Moacyr José Vitti, arcebispo da Arquidiocese de Curitiba, concedeu entrevista para alertar o clero sobre a ingestão da quantidade de vinho (Corpo de Cristo) durante as celebrações. Na entrevista, afirmou que todos os padres deveriam portar a sua identidade clerical (carteirinha) para apresentar às autoridades competentes, no caso de uma blitz, porém, ciente de que a carteirinha não isenta qualquer motorista de uma possível multa.
A respeito do sacramento, todo sacramento é composto de “matéria” e “forma” (teologia tomista). No caso da Eucaristia (missa) a “forma” são as palavras “… isto é o meu corpo…Este é o cálice do meu sangue…” e a “matéria” pão e vinho (elementos visíveis, palpáveis). Dom Moacyr não quis modificar nem a matéria e nem a forma. Houve um mal entendido, porque no decorrer da entrevista ele comentou que “em casos extremos, especiais, a Santa Sé pode permitir o uso do suco de uva, como por exemplo, os padres que têm a doença do álcool ou outras doenças” (Nota do Cân. 924 do Código de Direito Canônico). Foi entendido que o arcebispo estava autorizando os padres a usarem o suco de uva, o que gerou polêmica. Foi um mal entendido.
O presidente da CNBB, cardeal Dom Raymundo Damasceno, orientou a Arquidiocese de que “não podem ser usados nas missas o vinho sem o álcool e nem o suco de uva, pois esta ordem compete unicamente a Santa Sé”.
Dom Moacyr solicita que os sacerdotes que celebram várias missas nos fins de semana, e que devem se deslocar, respeitem um prazo de tempo para passar o efeito alcoólico. Solicita também que diminuam a quantidade da matéria (vinho) a ser ingerida.
Esperamos ter explicado o mal entendido e continuemos celebrando nossas missas para a maior glória de Deus!
Padre, se beber não case, quer dizer, não dirija.
A Igreja ou quaisquer outra agremiação religiosa não possuem privilégios, como já possuíram por toda a Idade Média de se distinguirem dos demais, a Revoluçaõ Francesa acabou com isto e a atual Democracia ocidental impede privilégios de toda ordem (ao menos em teoria) ! Portanto, cumpram as leis.
Vejo que o colega CHC tem uma visão bem positivista da História.
Finalmente descobri que vivemos em um regime sem privilégios e que a revolução francesa “acabou” com algo que não fosse ela própria e com o pescoço dos líderes que a promoveram. 😉
Mas pastor com passaporte diplomático, isso pode né?
Padreco, pastoreco e pai de santeco podem tudo, o povo óhhhhhhhhh!!!!!
A Cúria está fazendo tempestade em copo dágua. O arcebispo parte do pressuposto, falso, de que todo padre que após rezar a vai sair de carro. E se não sair, pode ou não pode tomar o vinho canônico? É óbvio que pode. Por que o arcebispo não pensou em outras alternativas, alguém aí ouviu falar em táxi? Ou carona? Não? Então tá na hora de ouvir e deixar o politicamente correto de lado, porque está parecendo que a Cúria e o arcebispo estão jogando pra torcida, e disto, tenho absoluta certeza, a Igreja não precisa. ACarlos