14:08O discurso e a prática

Do enviado especial

Ontem, na cerimônia da OAB, o que todos notaram foi a figura mais disputada do evento, o famoso advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, o mais caro de Brasília e que atende os grandes autores de delitos  financeiros, os chamados de colarinho branco. Ele, o único de roupa esporte, foi o mais assediado. Ao mesmo tempo, entre alguns advogados tradicionais e conservadores avessos ao estrelismo, se comentava nos bastidores, com juízes e procuradores presentes, que os discursos inflamados contra a corrupção na área pública, os manifestos e o remember do movimento de moralização ocorrido com manifestações nas ruas, contrastam com a atuação veemente das maiores e mais qualificadas e famosas bancas do país na defesa dos mega casos de corrupção como o caso do mensalão, onde os advogados capitaneados pelo ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos,  receberam dezenas de milhões de reais em honorários cuja origem certamente é duvidosa e questionável. Mesmo com o constitucional e sagrado direito de defesa inerente ao estado democrático, nesses casos a propalada ética profissional praticada pela imensa maioria dos que advogam na planície é vencida pelo insaciável apetite dos tubarões da profissão que habitam o Planalto e  integram o topo da cadeia alimentar do ataque ao erário, embora justifiquem suas ações sempre com absoluta maestria .

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3 ideias sobre “O discurso e a prática

  1. Apolinário Zarzuela

    A hora e a vez é a dos advogados criminalistas. Depois, dizem que o crime não (re)compensa.

  2. Parreiras Rodrigues

    Fosse eu advogado criminalista, morreria de fome. E se dependesse de convite prá defender mensaleiro, de sede.

    Sou adepto de Se o mundo ficar contra mim, fico do lado do mundo.

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