por Mané Galo, da Ilha do Chapéu, na Baía de Guaratuba

O nepotismo é tão velho na história do mundo quanto a corrupção. Existe em toda parte. A corrupção é mais ou menos como febre: se não passar dos 40 graus, dá pra aguentar. No Brasil temos essa imensa capacidade de curtir uma grande febre sem maiores problemas. Os corruptos sabem muito bem disso, tanto que continuam na sua atividade sem se incomodar com a opinião publica, a Justiça, etc. Já o nepotismo, que não é tão pernicioso como a corrupção, acompanha os governantes em todos os seus mandatos, mesmo que a imprensa grite e os eleitores se irritem. O cara assume o poder e muda como da água para o vinho. O dircusro de lizura, honestidade, respeito ao dinheiro público, este fica nos palanques. Essas discussões em torno di tema (nepotismo) poderiam dar lugar a assuntos mais importantes que estão na  páginas de alguns jornais. Por exemplo: o presidente da Câmara dos Deputados declara que não está disposto a cumprir uma determinação judicial, como se estivéssemos vivendo numa ditadura  stalinista, e não numa democracia brasileira. Um condenado pelo STF insiste em se declarar vítima da Justiça e ameaça levar seus correligionários e populares para as ruas em sinal de protesto contra a decisão da judicial. Outros conspiram contra a liberdade de imprensa. Autoridades importantes inauguram estádios de futebol, construídos com dinheiro público, enquanto gente pobre morre em corredores de hospitais. Senador manda verba de governo para time de futebol. Há muitos assuntos bons  que estão merecendo maior atenção dessas pessoas inteligentes e competentes que costumam frequentar este blog com comentários e análises do nosso cotidiano. Nepotismo é assunto velho demais e menos grave do que o desrespeito às decisões judiciais e à democracia que estão sendo feitas por líderes politicos que deveriam estar dando bons exemplos ao cidadão comum, este que fica  sem saber se respeita as leis e decisões da Justiça – ou não.