por Zé da Silva

Escorpião

e o anjo pisou a cabeça dele empunhando a espada vai me furar será meu deus ou seria o diabo na carne não fiz nada disse apenas nascer e ficar perdido feito menino largado naquele portão feito de ripas e do lado de dentro tinha muitas plantas e uma mulher gorda que cheirava cebola me pegou não sei mais se sou eu ou ele para criar que sorte tenho de ir para a escola e ficar de paixão pelas professores faltou leite de mãe e o colo e o nananeném deram leite condensado naquele tempo depois comia tijolo e barro e o umbigo ia explodir fizeram uma foto que rasgou ou rasguei mais tarde continuo sem saber se ele sou eu como joguei os óculos do quatro olhos enquanto a freira batia o sino um dia um menino fez cocô nas calças dentro da sala de aula e a filha do lutador de luta livre roubou a caneta shaffer e nós formamos os beatles com cabeleiras feitas de pano preto e tinha um preto no grupo e um italiano vamos lá na casa dele estudar para comer e o medo sempre acompanhou era a morte rondando vou dar um nó nela e foi aí que furou furei a barriga do que batia em todo mundo ninguém veio o gosto feito lawrence da vila nunca vi maconha mas comunguei crismei catecismo de todo tipo que medo das mulheres como vou beijar alguém um dia quem sabe vi um cara desesperado porque achou que tinha matado a namorada e meteu tiro na cuca e a terra ficou mais vermelha no nosso campo de brincadeiras era bonito tinha um laguinho e foi ali que veio esse anjo e pisou na cabeça não confesso e que porra de anjo é esse que usa sandália de grife e fala como brasileiro acho que chegou o carnaval ele ou eu disse vamos parar de beber.