14:14Viver Bem em Curitiba É

por Ivan Schimidt

Pegar ônibus nos horários de pico.

Curtir o Passeio Público.

Sair de casa sem levar guarda-chuva.

Topar com o Oil Man.

Ler a coluna do Nego Pessoa.

Dar preferência às calçadas para caminhar.

Frequentar a Rodoferroviária e adjacências.

Tomar café na Boca Maldita.

Pegar táxi em dia de chuva.

Fazer compras na feirinha do Largo da Ordem.

Ouvir os conjuntos de música latina ou os repentistas do Nordeste.

Comer o filé engraxado dos restaurantes do Calçadão.

Sintonizar as emissoras de rádio AM.

Ir aos jogos do Atlético no Ecoestádio.

Não mugir diante da tungada que chamam de Estar.

Fruir o odor civilizado do esgoto em algumas ruas.

Aguentar a bitributação imposta pelos guardadores de carro.

Saber que jamais um paranaense nato foi nomeado ministro do STF.

Que curitibano dão dá bom dia nem a poste.

Almoçar todo domingo e feriado em Santa Felicidade.

Comprar pães na Padaria América.

Visitar o túmulo da Maria Bueno no Cemitério Municipal.

Não perder o espetáculo natalino do HSBC.

Ter saudade da Livraria do Gignone na antiga XV de Novembro.

Marcar encontros nos fundos da catedral basílica.

Comer um mocotó ou uma buchada no Mercado Municipal.

Andar sozinho à noite em certas ruas da área central.

Saber que nosso escritor mais moderno continua sendo o Dalton Trevisan.

Não conseguir evitar os banheiros públicos do centro.

Fingir que não conhecemos o colega de trabalho de vinte anos atrás.

Ler os jornais do dia na Biblioteca Pública do Paraná.

Entrar no clima rococó do Café do Paço e do Restaurante Zea Mais.

Cuidar para não tropeçar na gama de restaurantes de comida asiática.

Descobrir onde se degusta o expresso mais bem tirado da cidade.

Tentar compreender, nas garotas, a ditadura do jeans e botas de cano alto.

Votar no professor Galdino.

Conceder indulgência plena ao bisonho cronista sem assunto.

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5 ideias sobre “Viver Bem em Curitiba É

  1. CURITIBANO ROXO

    E também as inegualáveis bombas da Confeitaria das Famílias e da Confeitaria Familiar.

  2. Junior

    Tópicos perfeitos para um Curitibano de sangue. rsrs Inclusive o meu voto no Professor Galdino. pocotó pocotó. hahaha

  3. jovem

    Prezado Ivan,

    Realmente já passou da hora de um paranaense de nascimento ser nomeado para o STF. Desafio esse, que somado a criação do TRF do PR, deveria ser, no mínimo, vencido pela Ministra Gleisi caso tenha pretensões de governar nosso PR!!!

  4. Ivan Schmidt

    Jovem, um leitor atento do blog me ligou ontem para informar que um paranaense nato, Ubaldino do Amaral (1842-1920), natural da Lapa, foi nomeado ministro do STF, em 1905. Desde então, nenhum outro.
    Aqueles que seriam os “representantes” do Paraná nos tribunais superiores (Dalazen no TST e Fischer no STJ), na verdade, não nasceram no Paraná, embora tivessem feito suas carreiras profissionais em nosso estado. Continue lendo e apontando minhas falhas eventuais. Obrigado.

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