Mané Garrincha nasceu há 79 anos (28/10/1933)

Gênios não morrem. Driblam o tempo, os tormentos – e fica a obra para sempre. Manuel Francisco dos Santos foi mais que a alegria de um povo. Foi o próprio a zombar de adversários no campo da vida. Para rir, não de deboche, mas sim porque sempre mostrou que o impossível é possível – jogar com as pernas de um aleijado, como chegaram a dizer. Desconcertou indo sempre pelo mesmo caminho, com o mesmo drible, mas mostrou que podia mais, muito mais, na Copa de 1962, que ganhou sozinho, como só um privilegiado pode fazer. Foi embora cedo demais porque não sabia que tinha a doença, apesar de ela tê-lo matado a cada gole de “samba” ou conhaque. Ficou no altar daqueles que não podem ser comparados aos craques, porque deuses da bola. O país ficou mais triste desde que você abandonou os gramados. Saudade, Mané Garrincha.