Para quem ficou atento, durante esta primeira fase do julgamento do Mensalão o ministro Joaquim Barbosa citou o caso das contas CC5 do Banestado que foram o canal de remessa de alguns bilhões de dólares para o exterior e renderam CPIs em Brasília e no Paraná, com resultados esperados, ou seja, pífios. Na semana passada surgiu a notícia do repatriamento de pouco mais de US$ 1 milhão, comemorada como se fosse gol de título. Pfiu!, como escrevia o saudoso Paulo Francis. Se alguém aí quer saber onde anda o procurador Celso Três, que comandou a força tarefa do Ministério Público Federal no caso, sabe-se que ficou oito anos em Tubarão (SC) e depois foi transferido para Novo Hamburgo (RS). As ações empacaram e, em sua maioria, prescreveram. No primeiro ano de atividade deste blog o jornalista Pedro Franco Cruz, que trabalhou algum tempo na Procuradoria da República do Paraná, antes de nos deixar, escreveu um longo artigo onde, em resumo, colocava o dedo na ferida dessa gigantesca falcatrua: os peixes que foram presos eram doleiros, ou seja, intermediários dos donos do dinheiro que, ao que se sabe, nunca foram incomodados ou tiveram seus nomes revelados. Houve tentativas de achaque no meio da zorra. As moscas varejeiras de sempre querendo tirar uma lasca da montanha. No fim, ficou tudo como antes. Sobro um registro: o livro do jornalista e escritor paranaense Wilson Gasino chamado “Histórias sobre Corrupção e Ganância”. Hoje ele é editor-chefe do Bom Dia Rio Preto, no interior de São Paulo e, recentemente, lançou um livro sobre a Guerra do Contestado: “O Reino Místico dos Pinheirais”.  Pensando bem, os nomes combinam.