O texto da semana foi publicado hoje pelo jornalista Celso Nascimento no jornal Gazeta do Povo. Pode ser tudo. Aguarda-se a versão em brasileiro. Confiram:
No conciliábulo da última quinta, tomado de súbita cólera o lépido meretíssimo negava ser do gênero fêmea de grandíssimo roedor com apêndice traseiro calvo que habita meios fétidos. Outro, numa prédica sem lógica, deixava atônito até o mais estúpido rábula. Causídico célebre por defender auxílio supérfluo à maternal supérstite, dava-se ele ao insólito desígnio de criar óbices ao prévio trânsito de públicas e jornalísticas notícias. Um despropósito! Inábil no ofício, não citou cláusulas, alíneas, parágrafos, sílaba ou vírgula do magno código pátrio… Lívido e trêmulo, sobrava-lhe fígado, faltava-lhe cérebro. Perplexo, até mesmo o sétimo do círculo aprovou sem polêmica essa esdrúxula fórmula: advirta-se o veículo e olvide-se o gramático causador da crônica cólica hepática que aflige o prático copista, notável áulico palaciano.
Trata-se de um texto sobre ele mesmo. Genérico e ao mesmo tempo mediano. Fígado, mesmice, livido. falta somente incrementar a figura de qualquer um que lhe interessa, de tal forma que configura ele mesmo. caso de patologia.
Quando não está babando ódio o colunista Celso Ressentimento escreve em código. Deve ser o new journalism da Escola de Navarra.
Quem é o censor?
Que “idioma esquisito” é esse seu Celso Nascimento? Lí e não entendi. Fumei e não traguei. Bebí e não fiquei bebido. Então liguei pro amigo Nelson, não o Rodrigues, mas o da caserna – o Sargento que me mandou um samba:
Fui fazer o meu samba
Na mesa de um botequim
Depois de umas e outras
O samba ficou assim
Estrambonático, Palipopético
Cilalenítico, Estapafúrdico
Protopológico,Antropofágico
Presolopépipo, Atroverático
Batunitétrico,Pratofinandolo
Calotolético,Caranbolambolu
Posolométrico, Pratofilônica
Protopolágico, Canecalônica
É isso aí, é isso aí
Ninguém entendeu nada
Eu também não entendi
(Então eu vou repetir)
Na tradução livre:
Que assembléia de grandes ratos – não eram ratas de rabos sem pelos – que habitam os esgotos fétidos dos palácios araucanos? Notório advogado por defender auxílios supérfluos à sobrevivência maternal dos grandes ratos. Quem são os ratos que querem criar dificuldades ao transito das notícias jornalisticas de interesse público? Sabemos que habitam meio fétido, logo habitam o centro de Curitiba que fede esgoto que jorra nas galerias pluviais. Pode-se dizer que tem merda no cérebro. O cortesão quer que esqueçamos o crítico e que a advertência caia sobre o veículo ou jornal – seria a Gazetona?
Alguém pode arriscar outra versão? Quem são os sete?