9:27A história vista do bordel

Do jeito que veio:

O jornalista Dante Mendonça lança seu novo livro, “Maria Batalhão – Memórias Póstumas de uma Cafetina” (Editora Esplendor – 290 páginas), no dia 21 de setembro, sexta-feira das 17 às 21 horas, no Paço da Liberdade. Com a orelha assinada pelo escritor Deonísio da Silva (“deslumbrante e assombroso livro”), o cronista diário da Tribuna do Paraná abre uma a uma as gavetas da penteadeira de Maria Batalhão, onde repousam as mais íntimas recordações das gloriosas cafetinas da obra de Dalton Trevisan: Dinorá, que custeou a faculdade de muito doutorzinho; Otília, com seu bangalô de cor azul-calcinha; Alice, a fada negra que fervia no caldeirão água quentinha para as suas meninas; Uda, que às três da tarde recebia ungidos do Senhor; Ávila, a loira de novecentos quilos, parente de Jânio Quadros; quem era Madame Genet, que fez mais para imaginação dos curitibanos do que Alexandre Dumas ou Victor Hugo? Que fim levou a Francesa do Cachorrinho, que não era uma, mas eram muitas? Este curioso universo de paixões carnais, segredos e momentos picarescos da alma de nossa sociedade inominável, são a matéria-prima do ficcionista, cartunista e observador de costumes Dante Mendonça que, a rigor, recria com todos seus matizes, neste livro, a essência da vida das casas de tolerância.

Na linha do tempo de um século de prostíbulos, a cafetina faz os seus relatos um tanto inventados, um tanto exagerados, pois não há como estipular a fronteira entre a realidade e a ficção destas memórias  que se entrecruzam com episódios históricos, pitorescos e chocantes. Ao tempo em que sua própria história se confunde com a história de Curitiba, Maria Batalhão revive os hábitos e costumes daquela gente “contida” e “fria”, mas que, debaixo dos lençóis…, ah!, mudava totalmente de figura.

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2 ideias sobre “A história vista do bordel

  1. Parreiras Rodrigues

    Na qualidade de fã de bordel – viajei por centenas, certamente estarei na fila do gargarejo (epa!) para ver Dante autografar, inclusive o meu.
    Mas eu não sabia, ô do release, que a alma também tinha momentos “pica”rescos.

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