Ontem, na coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo, a respeito de uma foto onde aparece o carro de um deputado federal estacionado em cima de uma calçada, Jorge Antonio Barros publicou uma nota onde, no final, lembrou a seguinte história:
…Na década de 1940, no Rio, então capital da República, a Câmara tinha apenas 11 veículos. Aliás, em 1947, a Casa viveu um pequeno escândalo para padrões mensaleiros de hoje. O deputado baiano Altamirando Requião embarcou de navio para Salvador com um dos carros. Requião, que não devia ser parente do atual senador paranaense, ao ser denunciado por um colega da bancada baiana, o comunista Carlos Marighella, reagiu: “Não tenho carro particular e acho feio para um cavalheiro andar de ônibus”. Diante da insistência de Marighella, Requião teve um ataque de racismo: “Não permito que elementos de cor como Vossa Excelência se intrometam no meu discurso.”
O episódio está no livro “Marighella — O guerrilheiro que incendiou o mundo”, do coleguinha Mário Magalhães, que sai em outubro. Mas aí é outra história.
Na verdade, Altamirando Requião é, sim, parente do senador paranaense. É tio-bisavô de Roberto Requião.
http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2012/08/19/a-bancada-das-quatro-rodas-460916.asp
Agora fica mais fácil entender os rompantes do senador, tem por quem puxar. É como diz o ditado, quem sai aos seus não degenera, DNA é fogo mesmo. ACarlos