11:14Mario Vendramel, finalmente

A jornalista Tatiana Es­­costeguy é a diretora do documentário “Mario Vendramel – 35 Anos no Ar”. O trabalhou ganhou o merecido espaço nas páginas da Gazeta do Povo (ler abaixo) e há possibilidade se ser exibido na ÓTV. Tomara! Vendramel merece mais. Foi um dos grandes comunicadores da televisão do Paraná e sua memória literalmente jogada no lixo. Há poucas imagens de tudo o que fez na telinha da televisão paranaense. Anos atrás o signatário produziu uma reportagem sobre ele para a revista “Capital”. O texto abria informando que muitas fitas de videotape onde estavam gravados programas dele na TV Iguaçu tinham sido cortadas e se transformado em cortinas na emissora.

http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1283234&tit=Mario-Vendramel-de-volta-a-tela#ancora

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2 ideias sobre “Mario Vendramel, finalmente

  1. A propósito...

    Falando de Mário e outros grandes nomes da radiofonia curitibana, tem esta crônica minha, publicada na série da Gazeta do Povo, na ocasi]ão dos 300 anos de Curitiba:

    ESQUENTANDO AS VÁLVULAS
    Luiz Gonzaga de Mattos*

    Com o sonoplasta fazendo o ranger da porta, surgia a voz tenebrosa do “Doutor César”. Em cada lar da Curitiba dos anos 50, ouvidos atentos à freqüência da B2, a PR-B2, Rádio Clube Paranaense. Era a hora do “Grande Teatro de Novelas Antisardina” (aquela que era o segredo da beleza feminina) e o “Doutor César”, interpretado por Mário Vendramel, era o personagem principal da rádio-novela “O Homem de Cinzento”.
    Uma época em que Curitiba dividia seu tempo entre a B2 e a Guairacá a “Voz dos Pinheirais”. Tempo dos programas de auditório. Tempo em que qualquer hora era hora para vibrar com a voz de Lurdes Filheiros, Irene Macedo, Maria do Pilar, Iara Diná ou curtir o Regional do Janguito do Rosário. Tempo em que o “Expresso das Quintas”, que tinha Mário Vendramel como chefe de trem comandava o programa, criando a atmosfera de um trem em movimento. Até mesmo passageiro clandestino aparecia: eram os artistas “de fora”, que se apresentavam no programa. Apesar do horário das três às seis da tarde, o “Expresso das Quintas” fazia lotar o auditório da B2 e provocava alvoroço na “Barão”.
    Uma época em que Sinval Martins, Maurício Távora, Ivo Ferro, Ari Fontoura e outros nomes causavam frisson no público feminino, que acompanhava seus personagens. Principalmente aqueles da novela “Só pelo amor vale a vida”.
    Quantos pratos não escaparam das mãos trêmulas das ouvintes, enternecidas com o romantismo dos nossos radiadores…
    E as paródias de Zé Pequeno? Ou as animadas apresentações de Nhô Belarmino e Nhá Gabriela, sempre “sob os auspícios da Casa Lorusso”? Um humor ingênuo e uma música alegre. Nos “picapes”, os 78 rotações de “As Mocinhas da Cidade” rodavam como sucesso do momento.
    E quem pode esquecer de o madrugador Arthur de Sousa com sua “Revista Matinal”? Ou a “Hora do Ângelus”, na Guairacá?
    Rádio de uma época em que as vozes de Aluísio Finzeto, Eros Martins, entre outros, transmitiam os noticiários e davam fidelidade à notícia.
    Tempo em que as famílias se visitavam e que o “majestoso” rádio de muitas válvulas ocupava lugar de destaque na sala de visita.
    E, agora, o som da televisão, ao fundo, traz de um programa enfadonho, a mensagem adequada: “tempo bom, não volta mais. Saudade do tempo que vai”…

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