10:00O traque e a quebra de segredo

Enquanto o governador Beto Richa olha o novo imbroglio do governo com aquele jeito que gera crítica nos adversários, mas temor no próprio time, pois indecifrável, no gabinete de Ricardo Barros, o protagonista da denúncia do MP de Maringá, a reportagem da Gazeta do Povo que era anunciada como bomba foi considerada um “traque”. Ali considerou-se que a tal gravação, escrachada no site do jornal e que mostra conversas entre o chefe (Barros) e seu funcionário (servidor da prefeitura de Maringá), num diálogo sobre a licitação de publicidade da prefeitura de Maringá, não traz nada demais, considerando que a concorrência transcorreu normalmente até o final, o contrato foi assinado e está em vigor e que não houve contestação do MP. Para os defensores do secretário, o máximo que a conversa comprova é a interferência política de Ricardo Barros na administração do seu irmão Silvio Barros. Isso, para eles, é o de menos. Alegam que imaginar que o secretário e vice-presidente nacional do PP – que já foi prefeito de Maringá, deputado federal e líder no Congresso e na Câmara – não tenha voz ativa na administração municipal  em que o seu irmão (Silvio Barros) é o prefeito, é muita ingenuidade. A tese: quem é de Maringá sabe que Ricardo Barros se gaba dessa liderança e está atento a tudo que passa na cidade. Ou seja, é o cacique da turma que está há oito anos no poder. Para arrematar, claro, acham que a divulgação da gravação, de um processo que corria em segredo de Justiça, é munição para a eleição municipal deste ano. Isso é política!

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