9:24A dependência química e o internamento em debate na OAB do Paraná

Pela causa:

Lamentavelmente aumentam nos lares curitibanos situações de violência, morte e até mesmo suicídio causado pela dependência química. Tornam-se cada vez mais comuns histórias de famílias desestruturadas por parentes que sofrem com a dependência química. Quando um ente querido está no fundo do poço, deve a família assistir à morte lenta e degradante causada pelo vício sem poder fazer nada? Pode uma pessoa ser encaminhada para tratamento contra a sua vontade?

O advogado, professor universitário e pesquisador da UFPR, Diogo Busse, que estuda o assunto, realiza no próximo dia 23 de agosto, um encontro para discutir estas questões com o ex-ministro da Saúde e Presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Crack, Alceni Guerra, o presidente da OAB/PR, Lucio Glomb, a psicóloga e ex-coordenadora da Secretaria Estadual Anti-Drogas, Cleuza Canan, a Promotora de Justiça do Ministério Público, Fernanda Garcez, no grande auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Paraná. Fortalecidos pela ajuda de outras entidades e comunidades terapêuticas que integram o debate, serão analisadas as mais recentes soluções propostas em outros países e discussões acadêmicas que visam vencer este mal que aflige parte considerável da população curitibana. O evento vai acontecer a partir das 19h, com entrada franca.

Na ocasião serão colocados em pauta assuntos relacionados ao internamento involuntário dos dependentes e os aspectos jurídicos que envolvem esta prática. “As iminentes discussões na área da saúde têm trazido importantes resultados e, no entanto, o direito não consegue acompanhar os progressos no que se refere ao tratamento de pessoas e famílias que sofrem com a dependência química”, afirma o advogado Diogo Busse. “Percebe-se que diante de casos que envolvem a internação compulsória, há uma grande falta de informações e de fundamentos para lidar com o problema, por parte dos operadores do direito”. Esta será a primeira vez que a OAB promove um evento com esta abordagem.

Compartilhe

Uma ideia sobre “A dependência química e o internamento em debate na OAB do Paraná

  1. Piririca

    Temos um problema histórico. Não fomos colonizados. Fomos invadidos, e pela escória. Coisa que não aconteceu nos Estados Unidos. Quem ia para lá? Gente perseguida por razões políticas ou religiosas. Sabia que não ia poder voltar, então tinha que fazer um lugar gostoso para morar. E eram protestantes, precisavam saber ler, para ler a Bíblia. Nós fomos invadidos por piratas, traficantes. Gente que vinha enricar e voltar para a Europa. Tinham filhos com as índias, nasciam os mamelucos, e o governo-geral não dava cidadania. Essa gente já ficou excluída de cara. Em seguida sujamos nossa história com a escravidão. E na República? Eles terão escolas? As primeiras, religiosas, foram feitas para a elite. Religião católica, você não precisa ler, só vale a interpretação deles. Nosso analfabetismo não foi um azar, foi um projeto político que deu certo. Se cada um começasse a ler a Bíblia, ia ter uma interpretação e aquilo ameaçava o poder. Provavelmente aquilo deve ter tido boas razões na Idade Média. Só que na nossa colonização isso é um mal. O Brasil sempre procura excluir via educação. Exame de admissão, vestibular. No primeiro mundo não se exclui o fraco. Nós fazemos isso. O professor diz que a criança é preguiçosa, a expulsa. Aí, fica agressiva. Ela não agride, ela responde a uma agressão. Felizmente está mudando. O que há é uma grande conscientização, porque se está percebendo que sem educação não dá.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.