por Célio Heitor Guimarães

O mundo dos quadrinhos está passando por uma fase no mínimo interessante. Editores, roteiristas e desenhistas têm feito das tripas coração para gerar novidades – sempre de olho nos cifrões das tiragens das revistinhas. A DC Comics, editora de Superman, Batman & cia. remodelou inteiramente o seu batalhão de super-heróis em setembro do ano passado (a novidade está chegando este mês ao Brasil, via Panini). Mas já estão anunciando que em setembro próximo zerará outra vez as suas publicações, com o propósito de revelar a origem dos personagens.

A concorrente Marvel Comics, casa de Homem-Aranha, Capitão América, Hulk, Vingadores, Homem-de-Ferro, Thor & companheiros, passou a sinalizar olançamento, nos EUA, também no mês de setembro, de uma tal “Revolution”, que ainda não se sabe bem o que será.

Mas o que tem gerado discussão no momento é a anatomia da Mulher-Gato, exibida na capa de Catwoman nº 0. É que o desenho de Guillem March usa a famosa pose “brokeback” (costas arqueadas), visando mostrar seios e bunda da heroína-vilã na mesma pose.

Debatedores não conseguem entender como o ilustrador conseguiu quebrar a espinha dorsal da moça e fazê-la perder o pescoço e uma das pernas. Outros têm tentado reproduzir graficamente, sem resultado, o esqueleto da gata a partir da pose mostrada na capa da revista.

Fariam melhor se deixassem a gostosa em paz.

Aliás, como parece que o apelo sexual instalou-se de vez nos outrora ingênuos gibizinhos, vale registrar que na Catwoman deste mês, lá em Tio Sam, a história termina com a mesma Mulher-Gato em sua nova suíte em um hotel de Gotham City, onde recebe a visita de Batman. A heroína ataca o morcegão com um beijo e, depois de certa relutância dele, a temperatura sobe entre os dois. Só não se fica sabendo se foi possível a eles desfazer-se daqueles complicados uniformes… Contudo, eis aqui, também, um flagrante das preliminares.

Para quem um dia já se deliciou com as canelinhas de Nyoka, a exploradora das selvas, é um avanço substancial…