9:37Reinhold Stephanes e a agricultura brasileira

O deputado federal Reinhold Stephanes (PSD), ex-ministro da Agricultura, vai dar palestra hoje no encerramento do Encontro Nacional de Tecnologias de Safras (Entec), em Lucas do Rio Verde (MT). O que vai dizer:

– Em cinquenta anos, o mundo vai necessitar de o dobro da produção de alimentos. O Brasil é o melhor posicionado entre os poucos países em condições de atender a demanda. O país pode dobrar a produção em duas décadas se adotar ações estratégicas,nas áreas de fertilizantes, política agrícola, pesquisa e inovação. Não faltam tecnologia, terras disponíveis, clima, água, organização de produção e agricultores eficientes.

-Os entraves são grandes para a expansão. O setor não tem conseguido visibilidade e participação no processo decisório, predominando o aspecto urbano nas decisões de política econômica. No debate sobre os produtos agrícolas é comum prevalecer a questão dos preços para o consumidor e submergir a questão de renda do produtor. A preocupação maior sempre está na cidade, na mesa do consumidor, ou melhor, em seu bolso.

– Várias questões que afetam diretamente a agricultura têm sido decididas por outras instituições que assumem o monopólio do conhecimento. E quando se fala do processo decisório, também estão incluídos temas, como meio ambiente, minerais estratégicos para agricultura, e transportes, portos e vias navegáveis.

– Na área de infraestrutura e a logística os problemas começam propriedades com baixa capacidade de armazenagem, se agravam pelas estradas municipais sem manutenção e a inadequação de estradas estaduais, se estendendo até as deficiências portuárias. Assim, o custo brasileiro entre a produção e a chegada ao mercado do consumo (ou seja, a logística do transporte) é o dobro do praticado nos Estados Unidos e 20% superiores ao da Argentina.

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2 ideias sobre “Reinhold Stephanes e a agricultura brasileira

  1. CHC

    Dá-lhe Stephanes !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Uma coisa preocupante é a desterritorialização do Brasil pela venda de glebas enormes de terras para multinacionais, transacionais e outros países, inclusive a CHina. E a perda da soberania dos grãos.

  2. Parreiras Rodrigues

    Coberto de razão o competente Stephanes. E não disse nada a respeito de aumento de desmatamento, o que não é absolutamente necessário, bastando, para aumentar produção e produtividade no campo, o que ele recomenda já de cara no primeiro parágrafo ai em riba.
    Uma política agressiva de recuperação de áreas degradadas é o que se sugere. A área a ser reaproveitada impedirá o corte dum único talo de bambu, quanto mais o desaparecimento das matas ciliares, das proteções de encostas, como pretendem alguns.

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