14:52“Ser banqueiro foi um acidente de percurso”

Confiram a íntegra da excelente entrevista feita pela jornalista Marli Lima, correspondente em Curitiba do jornal Valor Econômico, com o empresário José Eduardo de Andrade Vieira:

José Eduardo de Andrade Vieira não usa mais o chapéu que o tornou conhecido em Brasília, quando chegou ao Senado em 1990. O adereço que comprou nos Estados Unidos e adotou para contrapor a imagem de agricultor à de banqueiro ficou puído. Longe do poder, hoje vive na Fazenda da Capela, em Joaquim Távora, a 343 quilômetros ao norte de Curitiba, propriedade que herdou do pai, ampliou e depois passou aos filhos. No local, portas e janelas das casas dos empregados e o letreiro da entrada têm a mesma cor que foi usada na marca do Bamerindus, do qual foi presidente. “Coincidência”, afirma. “Verde é a cor da esperança”, diz.

Passados 15 anos desde que a intervenção do Banco Central no Bamerindus bloqueou seus bens, foi forçado a mudar de vida. Zé do Chapéu, como era chamado, está com 73 anos e aparência mudada. Mais magro, com diabetes, dificuldade para falar (segundo seu médico, consequência de um possível acidente vascular cerebral) e para caminhar (devido a uma cirurgia na coluna), ele não anda mais a cavalo, e passou para duas filhas a administração do jornal “Folha de Londrina”, ao qual se dedicou depois de ficar sem banco.

Agora diz que quer sossego e planeja a partilha dos bens que começaram a ser desbloqueados desde que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e o Ministério Público fecharam acordo com 296 credores remanescentes. “Terminando de receber e pagando o que devo, distribuo o que sobrar aos filhos e eles que cuidem da vida deles”, conta.

No dia 11 o BC levantou a indisponibilidade dos bens dos ex-administradores de quatro empresas que faziam parte do grupo. “Readquirimos nossa cidadania”, comenta João Vieira Filho, primo do ex-banqueiro e ex-diretor jurídico do banco. Andrade Vieira faz segredo sobre quanto receberá. “Não é muito, mas dá para viver bem”, comenta. Ele ainda terá direito a outra quantia depois da venda da massa falida do Bamerindus pelo FGC.

O processo que incluiu a intervenção e a venda para o HSBC caminha para o fim e, na opinião de Andrade Vieira, o desfecho “limpa” seu nome. “O resultado pra mim é muito bom, porque mostra que, mesmo com o absurdo que foi feito com a intervenção, o banco não estava quebrado, tinha recursos e patrimônio”. Como exemplo cita a fábrica de papel Inpacel, na qual investiu US$ 500 milhões. “Ela tinha matéria-prima em estoque que valia mais de US$ 100 milhões, um caixa de US$ 30 milhões e foi vendida por US$ 8 milhões pelo interventor”, reclama.

Andrade Vieira nasceu em Tomazina, no Norte do Paraná, e formou-se em administração de empresas. Sua ida para a presidência do banco fundado pelo pai, Avelino Vieira, não foi planejada. Aconteceu depois da morte de dois irmãos em uma queda de avião, em 1981 (outro irmão havia morrido seis meses antes). Restaram ele e quatro irmãs. “Ser banqueiro foi um acidente de percurso”, diz, depois de percorrer a fazenda em que vive ao final da entrevista ao Valor. O gosto pela política também veio do pai, que foi prefeito de Tomazina por 15 anos. Filiado ao PTB, do qual foi presidente nacional e pelo qual chegou ao Senado.

A carreira do político entremeou-se com a do banqueiro. Os contatos que fez com prefeitos e lideranças que visitou para tratar da expansão do banco ajudaram na eleição. Mas na política fez desafetos que não o apoiaram quando a instituição começou a ter problemas. “Não estou em nenhum partido agora. Desisti”, conta ele, que chegou a filiar-se ao PMN em Londrina.

“Não gosto de falar de quem morreu”, diz Andrade Vieira, a respeito de segredos que guarda do tempo em que morou em Brasília. Além de senador, foi ministro da Indústria e Comércio de Itamar Franco e da Agricultura de Fernando Henrique Cardoso. Mesmo garantindo não guardar mágoas, continua a afirmar que foi traído por FHC, que não teria coibido os boatos sobre o banco que diz terem sido espalhados pelo BC. Ele não dá nomes dos tais diretores do Banco Central, mas informa que um era do Rio e outro, gaúcho. Também reclama de Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, e de Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda, que “manteve na gaveta” recursos que poderiam ter ajudado o Bamerindus. Procurados, os três não deram resposta, assim como o ex-vice-presidente Marco Maciel (DEM), citado na entrevista abaixo, e o ex-senador Jorge Bornhausen (sem partido).

O ex-banqueiro afirma que não era bem visto pelas áreas financeiras dos governos desde os anos 1980. “Em 1983 teve um congresso de bancos em Salvador. Critiquei os juros e a incompetência do governo em reduzi-los. Fui ovacionado, mas seu Ernane Galvêas, que era ministro da Fazenda, ficou bravo comigo”, lembra. Andrade Vieira ressalta que “juro alto é bom para os bancos, mas não para o país”, diz que jornalista tem “preconceito contra banqueiro” e garante ter sido “um banqueiro diferente”. “Era patriota. É óbvio que em qualquer empresa o objetivo é lucro, mas razoável, não absurdo.”

Para enfrentar o isolamento que se seguiu à intervenção, ele diz não ter recorrido a terapia. Hoje, usa um jipe na fazenda e um Omega 1992 nas viagens. “Estava preparado para um eventual insucesso”, garante. Diz não ter arrependimentos mas, vez ou outra, admite que poderia ter agido diferente. “Fui para o Senado e me elegi. Devia ter ido para o governo do Estado. Ia concorrer com o Jaime Lerner (ex-governador do Paraná) e ganhar”, afirma. “Hoje acho que ganharia a eleição para presidente”, lembra, a respeito das alianças que diz ter costurado para apoiar a eleição de FHC.

Dos amigos, permaneceram “alguns leais e sinceros”. Uma das irmãs, Maria Christina Andrade Vieira, morreu no ano passado e ele não foi ao velório – “soube da morte uma hora antes do enterro”. Na casa centenária em que vive, há fotos de filhos e, na sala, uma Bíblia aberta no salmo 91 – “Mil cairão ao teu lado, dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido”.

Andrade Vieira tem sete filhos, dois do primeiro casamento, quatro do segundo e um menino fora do casamento, que está com dez anos de idade e vive com ele na fazenda. O filho mais velho, Germano Vieira, não teve os bens bloqueados, mas cresceu no banco e foi gerente de algumas agências. “Ele é uma vítima. Tinha a ilusão de que podia ajudar o Brasil e foi enganado e roubado”, reclama. Na opinião dele, o mercado financeiro acabou nos anos 90. “Agora é tudo agiotagem.”

A seguir, trechos da entrevista ao Valor na sede de sua fazenda:

Valor: O senhor diz ter feito inimizades na área financeira. Como isso aconteceu?

José Eduardo Andrade Vieira: Quando o Itamar (Franco) assumiu a Presidência e me convidou para ser ministro (da Indústria e Comércio), me perguntou ‘pode baixar o juro?’ Falei ‘pode’. Ele chamou o presidente do Banco Central e o ministro da Fazenda e eu expliquei uma fórmula, na qual consta o item de risco dos devedores. Eles colocam esse índice muito elevado. Se baixar o índice, baixa o juro, e foi o que mostrei. O índice era 2,5% e precisa baixar para 1,5%. Ficaram bravos, quiseram discutir comigo. O juro baixou de 28% para 21% ao mês. Depois o presidente me perguntou se pode baixar mais. Falei que dava pra chegar a 10%. Ele chamou de novo o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central e no dia seguinte me convocaram para uma reunião no Rio. Cheguei e estava toda a diretoria pra me questionar.

Valor: E o Bamerindus não podia reduzir os juros?

Andrade Vieira: Sozinho não podia encampar. Quem fizer isso quebra. Você não nada contra a maré porque morre afogado. As pessoas têm conta na agência perto de onde trabalham ou de casa. Ninguém tem conta do outro lado da cidade. As pessoas preferem enfrentar fila de 80, 100 pessoas, mas não andam duas quadras para um banco que não tem fila.

Valor: De que maneira o ex-presidente FHC poderia ter ajudado a evitar a intervenção?

Andrade Vieira: Levei um dia pra ele um monte de revistas mostrando que os boatos eram ditos por fulano ou beltrano, tudo do Banco Central. Um jornalista amigo dele e meu também me falou ‘não posso deixar de publicar porque é um diretor do Banco Central que está falando’. O Fernando Henrique, em vez de mandar parar, entregou pro Gustavo Loyola as revistas sem tomar providência.

Valor: E que providência poderia ter sido tomada?

Andrade Vieira: O Bamerindus tinha a receber do governo do Mato Grosso 500 e tantos milhões de reais e me foi dito que o processo de liberação de recursos estava na gaveta do Malan. O dinheiro era de empréstimo que o banco tinha feito e o FHC deu dinheiro para todos os Estados acertarem seus débitos. O Bamerindus sofreu intervenção dia 29 de março e, no dia 2 de abril, o Mato Grosso recebeu o dinheiro e pagou o HSBC. O dinheiro seria o suficiente para eliminar os boatos. O banco não tinha problemas graves. Eram todos de ordem pessoal, da diretoria do Banco Central e de algumas outras autoridades comigo, porque sempre fui muito rigoroso, austero, cobrava ética e seriedade.

Valor: Como o senhor vê os bancos de hoje?

Andrade Vieira: Conheci muitos banqueiros que eram bons e sérios. Até 1970, todos os banqueiros eram donos de banco e bancários. Depois, começou, pelos Estados Unidos, a se contratar economistas, financistas, para presidente dos bancos, e a coisa piorou muito. Antigamente, só ia pra o Banco Central ex-funcionário do Banco do Brasil. Era muito melhor, porque era gente experiente. Daí começaram a admitir concursados e economistas, nenhum bancário. Um cara que não sabe nada de banco vai ensinar o que pra um banqueiro?

Valor: E a política?

Andrade Vieira: Tanto na Câmara como no Senado tem gente boa, mas os interesses locais e individuais nem sempre são convergentes. Você não consegue pôr num partido todas as pessoas que gostaria. Política você não faz sozinho. Um certo número de políticos é bandido, e como você vai disputar com bandido?

Valor: Como foi seu relacionamento com FHC?

Andrade Vieira: Quem coordenou a candidatura do Fernando Henrique fui eu. Quem o fez candidato fui eu. Ele tinha vontade de ser, mas sabia que jamais ia conseguir o apoio do PFL. E nem tentou. Até que um dia, conversando comigo, sugeri que ele se candidatasse. Disse ‘a gente traz o apoio do PFL e você se elege’. Ele disse ‘o PFL não vai me apoiar’. Eu disse ‘isso eu consigo pra você’. E consegui. Fui atrás do PFL e mostrei que, se o FH não fosse o candidato, o candidato natural do PSDB era o Mário Covas, que queria ser presidente. Quando FH conseguiu o apoio do PFL, automaticamente excluiu o Mario Covas. Ninguém tinha bom relacionamento com Covas. Ele era um homem muito difícil, ranzinza.

Valor: Como o senhor atuou para conseguir o apoio?

Andrade Vieira: Quando coloquei Maciel e Bornhausen sentados na frente do FH e decidiu-se pelo apoio a ele pelo PFL, PSDB e PTB, não lembro se fui eu ou o Fernando Henrique que perguntou “e o baiano lá?”, Antonio Carlos Magalhães? Maciel e Bornhausen olharam-se disseram ‘não vamos falar com ele’. Fernando Henrique também tirou o corpo fora. Fui falar com ele. Marquei audiência, ele me recebeu. No primeiro momento ele se recusou terminantemente. Eu pedi pra ele refletir, contar até 10, dar um tempo e deixar pra não se manifestar de imediato. Fiz uma segunda visita, um mês depois, e ele disse que não ia apoiar. Eu disse: ‘bom, o senhor não vai apoiar, mas também não precisa ser contra. O senhor não pode ficar quieto?’ Ele concordou. Depois, lá no finalzinho, quando viu que FH ia ganhar, aderiu. Quem fez o trabalho todo fui eu.

Valor: A troco de que?

Andrade Vieira: De nada. Tenho um livro aqui muito interessante que fala porque as coisas são como são e não como deveriam ser. Nesse aspecto, como todo mundo, também cometi alguns erros, fiz coisas que não deveria ter feito, mas não tenho arrependimento.

Valor: E como surgiu essa aproximação com FHC?

Andrade Vieira: No Senado eu me relacionava bem com FH. Em vários projetos nos quais ele precisava de apoio da direita, eu conseguia pra ele, e em vários projetos que eu precisava do apoio da esquerda, ele conseguia. Fui relator da Lei dos Portos que está em vigor, fiz muitas reuniões com sindicatos e sofri oposição ferrenha do Mário Covas. Ele conseguiu pra mim que o socialista, pra não dizer outra coisa, se não apoiasse, pelo menos ficasse quieto pra não criar obstáculos.

Valor: Sem o senhor, FH não teria sido presidente?

Andrade Vieira: Não teria. Tenho convicção disso. Sei o quanto me custou convencer Antonio Calos Magalhães, Bornhausen, Maciel de que seria o caminho. Ninguém gostava dele e ninguém queria ser candidato. Os que queriam não podiam ser, porque não ganhariam. Eu mesmo cheguei a aventar minha candidatura, cheguei a ter três ou quatro pontos um mês depois, mas daí o Fernando Henrique aceitou e me retirei. Coloquei três aviões a serviço da campanha dele. O candidato natural do PSDB era Covas. Com o surgimento de FH, Covas foi ser governador de São Paulo. Morreu sem saber, mas foi escanteado pela coligação.

Valor: Que outros segredos o senhor guarda?

Andrade Vieira: Quando Eliseu Rezende foi no jatinho de uma empreiteira para os Estados Unidos, o Itamar o substituiu. Me chamou e me convidou para ser ministro da Fazenda. Não aceitei (o sucessor foi FHC). Eu era banqueiro. O simples fato de ser ministro ajudaria o banco. Mas não me arrependo. Itamar era um homem sério.

Valor: FH sabe o quanto o senhor. o ajudou na campanha?

Andrade Vieira: Ele sabe que ajudei. Não sabe o quanto. Mas é um homem inteligente e deve ter boa noção. Mas essa articulação com o PFL eu nunca contei pra ninguém. Três da manhã de um certo dia, o Fernando Henrique me telefonou do Recife. Disse que estava reunido com Bornhausen e Maciel. Bornhausen queria ser vice. Falei que era preciso ser do Nordeste e que só aceitaria o Maciel.

Valor: O senhor está casado?

Andrade Vieira: Não. Vivo sozinho desde 90, quando fui pra Brasília. Ela (a ex-esposa, Tânia) não quis, ficou em Curitiba. A coisa deteriorou-se em quatro ou cinco anos. Até que ela entrou com ação e pediu o divórcio. Com a intervenção, não podia ter partilha de bens. Ficou parado esses anos todos.

Valor: Quem visita o senhor?

Andrade Vieira: Meus filhos vêm aqui aos domingos. Tenho sete filhos. Dos dois casamentos e um de dez anos, fora do casamento. Foi um acidente.

Valor: E eles fazem cobranças?

Andrade Vieira: Cobrança sempre existe. Tivemos problemas, como todo mundo, mas ninguém passou fome.

Valor: O senhor ficou com alguma coisa?

Andrade Vieira: Tudo o que eu tinha sofreu intervenção. Esta fazenda já tinha passado pros meus filhos, então não sofreu intervenção. É grande pro Paraná, pequena pro Mato Grosso. Do meu pai eram 40 alqueires. Meus irmãos morreram e fui comprando das minhas cunhadas. Ficou só minha e passei pros meus filhos, por sorte, se não tinha perdido tudo [a fazenda, segundo ele, tem 2,6 mil hectares, sendo 600 para grãos e o restante para a criação de gado].

Valor: A fazenda está no nome de todos os filhos?

Andrade Vieira: Está no nome dos filhos do segundo casamento. No primeiro, quando me separei, fiquei sem nada, só com as dívidas.

Valor: E a segunda esposa?

Andrade Vieira: Ela só levou dinheiro agora, depois da liberação dos bens. Não eram muitos, mas tinha alguma coisa. Dá para viver tranquilo e sossegado.

Valor: O senhor falou que pretende pagar dívidas…

Andrade Vieira: Sofri ações trabalhistas do banco. Ontem chegou uma citação de ação de R$ 408 mil lá do Ceará. Tenho de me defender. Tenho aposentadoria do Senado e uma previdência privada. A aposentadoria não pode ser usada para pagar nada, mas a justiça me toma a aposentadoria pra pagar esses débitos. Na sexta-feira tiraram da minha conta R$ 2 mil para pagar essa ação de R$ 408 mil. Todo dinheiro que tiver em conta nos próximos dez anos vai pra pagar essas ações, a não ser que eu faça acordo antes.

Valor: Como está sua saúde?

Andrade Vieira: Tenho um pouco de diabetes. Cada hora aparece uma coisa. Há seis meses tenho dificuldade pra falar. O médico acha que pode ter sido um AVC. Não senti nada. De repente comecei a falar uma hora fino, outra hora grosso, outra hora a voz não sai. A voz cansada não é de falar do Bamerindus. Toda vida falei pouco.

Valor: Tem coisa que o senhor ainda não pode falar?

Andrade Vieira: Não é que não posso. Não devo. Vou criar polêmica, as pessoas vão se defender, reagir e me incomodar. Medo eu não tenho, mas não quero mais incômodo. Tem muita coisa que sei, mas não vou falar. Não tenho testemunha nem documentos. A gente recebe todo mundo. Ninguém tem estrela na testa. Eu era ministro e recebia todo mundo.

Valor: E recebeu muito bandido?

Andrade Vieira: Meu pai me dizia que, se você tem de conversar com alguém que é reconhecidamente bandido, vá num bar, não receba na sua casa e nem no escritório. Toma cerveja e vai embora o quanto antes. Tomei muita cerveja a contragosto, mas nunca recebi proposta indecorosa.

Valor: Sem o HSBC, o Bamerindus seria diferente hoje?

Andrade Vieira: Ah, seria. O Bamerindus já era maior que o Banco do Brasil em câmbio, era maior que o Itaú em quase tudo. Perdia pro Bradesco em poupança e alguma coisa. Era o segundo maior banco do Brasil, e era criativo, dinâmico. Fazia diferença.

Valor: O senhor ainda pretende mover ação contra alguém no caso Bamerindus?

Andrade Vieira: Não vou ter mais ação. Foi condição imposta goela abaixo. O acordo pode ter sido ruim pra mim, mas foi bom pra muita gente.

Valor: Se o senhor pudesse classificar seu desempenho como empresário, banqueiro ou político, no que acha que se saiu melhor?

Andrade Vieira: Considero-me, abstraída a vaidade que todos nós temos, um vencedor em tudo que me propus a fazer.

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4 ideias sobre ““Ser banqueiro foi um acidente de percurso”

  1. CELIO RIBEIRO-SENGÉS PR

    FOI UM DOS MAIORES EMPRESARIOS DO BRASIL, PARA A NOSSA REGIÃO FOI A MAIOR PERDA, JA SABIAMOS QUE O BAMERINDUS FOI ROUBADO E A INPACEL TAMBÉM. ACONTECEU O MESMO COM O BANESTADO, É O GOVERNO FEDERAL ROUBANDO O POVO DO PARANÁ. MINHA ADMIRAÇÃO O INESQUECIVEL ZÉ DO CHAPEU.

  2. jamil schelela

    Equivocada a pressao de venda do nosso BAME….infelizmente e coisa da politica mal dirigida, mas que deixa sempre grandes sequelas e prejuizos, alem do dano moral causado.

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