por Roberto Elias Salomão
Teatro da Reitoria lotado; um espectro político que se estende do PSTU à Prefeitura Municipal de Curitiba, dos meninos e meninas do Levante Popular da Juventude à Secretaria de Estado da Justiça; partidos políticos, entidades sindicais e populares, CUT e MST; OAB, Tortura Nunca Mais e Ministério Público; uma participação significativa dos estudantes e suas entidades; representações da Câmara Municipal de Curitiba, da Assembléia Legislativa e da Câmara Federal; e a presença da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Este foi o ato delançamento do Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça.
Como lançamento, não poderia ter sido mais expressivo. Tem, porém, importância maior o fato de que o ato abriu largas perspectivas de continuidade e ampliação do movimento. Os presidentes das comissões de direitos humanos da Câmara de Curitiba e da Assembléia prontificaram-se a abrir esse debate nas duas casas; a UFPR, na voz de seu reitor,colocou-se à disposição para abrigar o projeto do Observatório de Direito sHumanos; e ficou clara a vontade de todos os presentes de que omovimento prossiga.
Houve um evidente consenso em todas as falas, sobre a instalação imediata da Comissão Nacional da Verdade e o apoio às investigações sobre violações dos direitos humanos no Paraná. É necessário ainda ampliar o movimento, atraindo outras entidades, além das mais de 40 que já estão participando; levar o Fórum para as principais cidades do Paraná; e iniciar o trabalho de investigação, propriamente dito. Esse trabalho exigirá a colaboração de juristas, historiadores e pesquisadores.
Além disso, não se deve esquecer o caráter pedagógico que podem ter o Fórum e a discussão sobre a repressão política. Debates, palestras,exposições, exibição de filmes e peças de teatro, tudo isso cabe e deve fazer parte do movimento.
Nesta caminhada, certamente haverá mais espinhos do que rosas, até que luz dissipe as sombras do período mais trágico da história do nosso país.
Esse “Salomão das Araucárias” remanescente dos barbudos de sandália e bolsa tiracolo, esqueceu de chamar o Timóteo e o Dep. Bolsonaro !
rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrrsr !
Boa, Velho de Guerra!!
Só faltou dizer que espera que tudo se configure num espaço lúdico, com biodança, chás e fumos duvidosos…
Intelectuais, parentes de desaparecidos políticos, estudantes e a sociedade em geral participaram da instalação do Fórum. Parabéns a todos que participaram.
Destaque para o ex- Procurador-Geral de Justiça do Estado do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior, que fez um brilhante discurso e uma autocrítica sobre a subserviência do MP ao regime militar.
Velho de Guerra, por que vc não vai catar coquinho na descida?
Tô te esperando Olga …
Texto bem alinhado, né?
A tal Comissão Nacional da Verdade é para elucidar a sociedade? Dará ela, direitos iguais para que se ouça às partes? Ouvir-se-á o que dirão também os senhores militares? Existirá respeito aos convidados ao darem seus depoimentos – ou haverá como aconteceu recentemente em frente ao Clube Militar do Rio de Janeiro, agressões dos tais defensores dos direitos humanos, mas que não respeitam nem a Constituição e menos ainda os direitos individuais, como ficou demonstrado.
A instituição armada – os Três Poderes (Exército, Marinha e Aeronáutica) – não estava a serviço da Pátria, quando dos desfechos do conflito? Se o tal força não tivesse cumprido com o seu dever pátrio, qual teria sido o futuro do país?
Claro que erro houve de parte a parte. Mas a tal guerrilha estava à revelia da lei. E como a lei está acima de interesses outros, prevaleceu à soberania nacional. Esta que estamos exercitando hoje, democraticamente, e a contragosto de muitos.
Se a sociedade organizada e às lideranças de então, promoveram e aprovaram a Lei da Anistia, para ambos os lados (força militar e guerrilha), buscar caçar cabeças de culpados – como já fazem em outros países da América Latina – não é o melhor caminho.
O melhor caminho é homenagear os que tombaram no front, independente da cor de seus uniformes, e pensar na pujança do país e na qualidade de vida do seu povo. Esse sofrido povo brasileiro.
O resto é revanchismo. E esse caminho poderá ser o estopim para coisas piores no futuro próximo. Todo cuidado é pouco.
A tua argumentação Cajucy (que compartilho) infelizmente não consegue ressoar nos revanchistas de plantão, que insistem em perpetuar o estopim da discórdia. Não querem seguir o melhor caminho…
Destaque para o doutor Olympio, ex-PGJ, por não ter processado criminalmente nenhum deputado no escândalo da Assembléia ! E viva a imprensa local, vendida e hipócrita !