14:46COLUNA DA SERPENTE

por Ruth Bolognese

Começou de novo?

Dois elementos divulgados nos últimos dias, referentes ao governo Beto Richa, me escampam de compreensão: o Choque de Gestão e a Fiscalização do Pedágio.

Choque de Gestão

No primeiro elemento, o Choque de Gestão foi uma promessa de campanha do então candidato Beto Richa e firmado com todo o secretariado, no ato de posse, para transformar a administração do Paraná e, assim, dar o salto qualitativo de que tanto se precisa. Com essa renovação dos votos, feita agora, das duas, uma: ou o Choque de Gestão não produziu nenhum efeito, ou o governo Beto Richa está começando só agora.

Fiscalização do Pedágio

No segundo elemento, a fiscalização dos Pedágio, entender fica mais difícil ainda: ora, desde que a primeira maquininha das Pedageiras fez o plim plim para tirar do bolso dos paranaenses as tarifas mais altas do mundo, todos sabem que jamais se cumpriu uma, uminha só, daquelas obras de duplicação, passarelas e o escambau previstas em contrato. O governo Beto Richa vai fiscalizar o quê, meu Deus do Céu? Se os motoristas estão pagando as tarifas das Pedageiras como manda o figurino? Se estão usando moeda ou dinheiro de papel?

Sem transporte

E, vamos e venhamos, se esse tal de Choque de Gestão desse certo mesmo, as prefeituras do Paraná não estariam aí, em pé de guerra com o Transporte Escolar. Estamos em abril, o ano letivo começou em fevereiro, e o repasse de verbas do governo estadual ainda não chegou como deveria. Cadê o Choque de Gestão na Educação?

Sem segurança

Outro dado: o jovem secretário da Segurança, Reinaldo de Almeida César, informa que o número de assassinatos na grande Curitiba foi reduzido de 30 para 28 cabeças por semana nesse ano de Governo Beto Richa. No mínimo, no mínimo, deu empate técnico.

O álcool correto

O pessoal do agronegócio não engoliu direito o gole da cachaça que Dilma Rousseff levou para Barak Obama. Preferia mesmo que ela tivesse defendido o etanol brasileiro, com a mesma origem na cana-de-açúcar e infinitamente mais importante para a economia do País.

Candidatos a guru

Depois que o deputado Ratinho Jr consolidou sua posição na disputa para a prefeitura de Curitiba, tem fila de candidato a guru querendo fazer a cabeça do menino. Por enquanto, a estratégia é ouvir, ouvir e ouvir.

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7 ideias sobre “COLUNA DA SERPENTE

  1. Desabafo de um Bagrinho

    Que tal você mesmo reestatizar o BANESPA? Ou o BEMGE, BANERJ, BANEB, MERIDIONAL, BANESTADO?

    Se você tem conta em um banco privado e transfere sua conta para um banco estatal, junto com muitos outros brasileiros, o efeito é o mesmo que reestatizar aqueles bancos estaduais que foram privatizados.

    A carteira de clientes e negócios daqueles bancos estaduais que foi vendida para um banco privado, voltará para um banco estatal.

    Você pode fazer essa revolução silenciosa agora, com as próprias mãos, “sem dar um único tiro”. Basta trocar sua conta de banco, privado para público.

    Apesar de todas privatarias terem sido ruinosas para a nação, a pior privataria tucana não foi a da Vale, nem do setor elétrico, nem das teles. A pior de todas foi a dos bancos estaduais que, se era para desmantelá-los, deveriam ser incorporados aos bancos públicos sólidos (CEF, BB, BNB, BASA).

    Quando o governo tucano privatizou o BANESPA, o BEMGE, o MERIDIONAL, o BANERJ, o BANESTADO, o BANEB, o BANDEPE, etc. privatizou-se a própria moeda. Isso porque na economia moderna, é o conjunto dos bancos que “criam” o dinheiro (e tem o poder de desestabilizar a moeda, também).

    Quando os depósitos, as poupanças e os créditos sob controle estatal foram para os bancos privados, eles ficaram com a faca e queijo na mão para fazer a maior parte da política monetária. O próprio Banco Central virou um leão sem dentes, comendo na mão do chamado mercado.

    Além do país quebrado, esse foi um dos maiores fardos que Lula recebeu em 2003. Foi preciso reerguer o BB, a CEF e o BNB, para retomar o papel de protagonista que estes bancos públicos tiveram para reduzir a crise de 2008 a uma “marolinha”. E foi preciso regulamentar a portabilidade de contas e financiamentos bancários para dar poder de escolha do correntista diante do poder dos bancos.

    Agora a presidenta Dilma volta à carga com o próximo passo, e usa a CEF (cujo controle é 100% estatal) para fazer uma grande derrubada na taxa de juros. Com isso, o Banco do Brasil (que é estatal, mas tem outros acionistas minoritários), acompanha para não perder mercado. O cartel dos bancos privados procuram resistir, apostando no comodismo do cliente que resiste em levantar do sofá e mudar de banco.

    A estratégia dos privados é empanturrar a TV, jornais e revistas com propagandas fantasiosas em massa para não mudarem de banco, e só baixar juros para o cliente que der um ultimato avisando que vai mudar de banco.

    Além disso, anúncios em massa fazem a alegria dos barões da mídia que, interesseiros, direcionam os noticiários e escalam os “especialistas” para dar opiniões, do jeito que os bancos privados gostam, contra a queda dos juros, atacando os bancos públicos.

    Quem tem dívidas bancárias já tem um bom motivo pessoal para mudar de banco. Afinal quem não gosta de trocar um financiamento por outro com prestação mais barata? Mas mesmo quem não tem dívidas, há a motivação política para reestatizar pelo menos uma parte do setor bancário.

    Talvez estejamos entrando na maior reforma econômica dos últimos anos, capaz de fazer outra revolução silenciosa, como a que aconteceu no governo Lula com a distribuição de renda fazendo milhões de brasileiros entrarem na classe média e proporcionando um surpreendente crescimento do mercado interno.

    Se o mercado bancário for mais estatal do que privado, impondo juros civilizados com lucros menos exorbitantes, o dinheiro, através do crédito, fica mais acessível a todos os brasileiros, produzindo outro ciclo virtuoso para continuar dinamizando a economia e gerar cada vez mais e melhores empregos.

    Para algumas pessoas pode ser chato trocar de banco, mas se ficar acomodado, pior é continuar vivendo num país sob a ditadura dos bancos privados.

    Com toda a conjuntura desfavorável (pois a composição dos poderes no Brasil são majoritariamente de forças capitalistas conservadoras), Lula fez e Dilma está fazendo a sua parte. Cabe a cada um de nós também fazermos a nossa e reestatizarmos os bancos estaduais, com a simples mudança de conta. Do contrário, não adianta ter passado 8 anos gritando “Fora Meirelles”.

  2. Zangado

    Rute, tento expressar o que me parece:

    A gestão ficou com o governador e seu batalhão de comissionados, o choque ficou para nós …

    O pedágio ficou com as pedageiras, a fiscalização ficou para nós …

    A simples renovação dos contratos de gestão é indício patente que a governança ainda não começou !

    Enquanto houver eleições A CADA DOIS ANOS – Rute – não teremos nunca governança pública, mas uma sucessiva maratona para manutenção de cargos e mandatos públicos; o resto é mero detalhe.

    Talvez você – Rute – pudesse com maior competência meditar sobre esse tema, pois desconfio que essa sistemática (eleições a cada dois anos) é uma das fórmulas da grande máquina de rapina pública estabelecidas em prol da politicagem imperante !!!

  3. choque de gestão é jogada prá torcida. ganha midia e engana, mais uma vez, os trouxas de plantão.

  4. Parreiras Rodrigues

    Falando em pedágio, quero deixar registrada minha observação de que dentro de um ano – 365 dias, caso a coisa continue do jeito que anda, grandes congestionamentos serão vistos nas rodovias Ctba-PGrossa-Mgá.

    Deu na Imprensa que jornalistas de diversas emissoras estiveram na China para conhecer a fábrica de trens que ela instalará no Brasil.

    Que não demore.

    O transportador paga hoje pela burrice de 50 anos atrás quando começou o abandono do transporte ferroviário.

    E o transporte aquaviário? Os governos nem sabem que se pode transportar pelos rios, garanto.

  5. Parreiras Rodrigues

    Lembro-me das chatas (balsas) descendo de Porto Epitácio a Guaira.

    Quantos caminhões estariam fora das estradas hoje.

    Mas, o Rio Paraná foi assoreado, que vergonha.

    Tem ponto no meio dele na região de Porto Rico que malemá passa dos dois metros de fundura.

    Mata ciliar? No máximo 10 metros e olha lá.

  6. Edmar Jr.

    Só para registrar: no último fim de semana, em Ponta Grossa, das cento e tantas ocorrências atendidas pela PM, trinta e três deixaram de ser verificads por falta de viaturas policiais.
    É um absurdo.
    A situação está insustentável. Gente de bem não se atreve mais sair à noite na cidade.
    Até quando??????

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