O cerco das tropas dos principais candidatos a prefeito de Curitiba ao presidente Luis Inácio Lula da Silva começou há algum tempo, mesmo quando estava na fase aguda do tratamento contra o câncer. De dentro e, principalmente, de fora do PT, numa prova de que, como mostrou o Ibope ontem, ele será importante na guerra pelo poder na capital que, todos sabem, tem desdobramento direto para outra maior, em 2014. O PSB de Luciano Ducci apela para que ele se mantenha neutro aqui – e joga com o fato de o possível candidato apoiado pelo partido dele, Lula, o ex-deputado federal Gustavo Fruet, ter sido crítico feroz do seu governo. Nessa área também atua Ratinho Junior, cujo partido, o PSC, também é da base de apoio a Dilma Rousseff. Mas as vozes mais fortes são dos  ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, que apostam todas as fichas em Fruet, são amigos do ex-presidente e acreditam que o fator político vai pesar mais do que qualquer picuinha, mesmo porque Lula dá mais peso no que vem por aí – aí pesa também sua intenção de voltar a ser presidente da República. Isso é política!