por Ruth Bolognese

Opinião contrária

O PSDB do governador Beto Richa e o PSB do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, estão mais alinhados do que nunca. Mas Gilberto Ribeiro (PSB), deputado estadual/apresentador da Rede  RIC/Record, bem cotado na audiência com seu programa popular “Balanço Geral”, não parece rezar pela mesma cartilha. Na entrevista ao Jornal do Juvevê, ele diz: “Em função da falta de diálogo entre bancada estadual e o Executivo, o governador já virou piada.” E arremata que “enquanto Requião era chamado de truculento, Beto Richa é o Turco Lento”.

A piada do Turco Lento é velha e denominava o pai de Beto. Agora, o que espanta nas críticas de Gilberto Ribeiro, além da voz discordante, é que o dono da RIC/Record, Leonardo Petrelli é um dos melhores amigos do governador Beto Richa. Uau!

Daltônica

No serviço de proteção ao consumidor a velhinha reclama, absolutamente indignada: “O pessoal foi lá em casa e instalou um “manga larga” no computador. Eu nem sei o que é isso, para que serve. Mas que aumentou a conta da TV, já aumentou, isso sim. E eu quero tirar logo esse tal de “manga larga”. ”.

Levou um tempo para o atendente descobrir que ela falava da Banda Larga.

Adeus dona Thalita

Hoje minha amiga Duca precisa de mim. Chora a perda da mãe, dona Tallita Clary Batiston, que morreu de manhã. A Duca e a dona Tallita viveram juntas nos últimos anos, cada uma num apartamento, mas com uma porta unindo as salas para que mãe e filha pudessem transitar livremente. Os amigos e filhos acompanharam a longa doença de dona Tallita e, algumas vezes, tentaram convencer a Duca que cuidasse um pouco de si mesma, pedisse ajuda para levá-la ao médico, acompanhar nas internações, dosar-lhe os remédios. Tudo inútil. A Duca nunca cedeu um milímetro, e correu como louca para atender as imensas demandas da imprensa sobre o transporte coletivo da Capital, enquanto conversava pelo telefone com a mãe sobre uma dor ou outra que surgia de repente. Já no fim, dona Tallita vivia quase que somente sob a vida da Duca. Ou seria vice-versa? Até que anteontem teve o derrame e foi para o hospital. A Duca nos disse que a casa tinha ficado vazia,  e nem sabia como ia enfrentar o silêncio a partir de agora. Dona Tallita, como todas as mães, vão embora e nos deixam aqui, nessa planeta tão imenso, sem saber para onde caminhar. É como se, enfim, cortassem o cordão. E aí é só silêncio.

A Duca, a nossa Duca, para quem não a conhece,  é Maria do Carmo Batiston, de tradicional família de Pato Branco,  jornalista responsável pela assessoria de imprensa da URBs. E quem não conhece a Duca, que me perdoe, não sabe direito o que é um ser humano verdadeiro, integral, solidário e raro.